por Andreas Lieber
(Tumblr)
ATENÇÃO: esse review contem spoilers!
Vicious é um lembrete vivo de que a comédia atual não precisa, necessariamente, se enveredar em caminhos mais “escrachados”, como o álcool e o sexo a cada segundo de todos os seus episódios, para ser de fato engraçada. O clássico é bom, as vezes. O clássico ainda pode ser engraçado. Embora criticada por seu roteiro, considerado preguiçoso por alguns, é justamente esse um dos pontos mais fortes de Vicious, com seu gosto de sitcom dos anos 90 misturado a um cafona-chic dos anos 70.
Nesse segundo episódio, Freddie e Stuart continuam a se bicar sem parar, um dos charmes da série, enquanto Violet e Penelope tentam ajudar Ash a reconquistar a namorada. Nesse ínterim, Freddie convida a todos para um screening de Doctor Who, onde ele vai ser reconhecido como um dos “10 melhores vilões de todos os tempos” – Ian McKellen deu voz a “Great Intelligence” no último especial de Natal da série. Nos entregando também a primeira saída do elenco do apartamento do casal, temos Freddie e Stuart procurando um novo sobretudo para o screening e uma adorável confusão da parte de Freddie, ao pensar que seu companheiro o estava traindo.
Mais uma vez, somos lembrados das magnificas atuações de Ian, Derek e Francis, que dão vida a três velhos amigos que já se conhecem há tempo demais. Um ótimo destaque também a Marcia Warren, que continua a arrancar as gargalhadas mais espontâneas com sua desmemoriada Penelope e até para Iwan Rheon, cujo timing para comédia ainda é um pouco off – ele está melhor como o provavelmente segundo mais odiado personagem da série, Ramsay, em Game of Thrones, e como o rei da awkwardness, Simon, em Misfits.
Mais uma vez, Vicious nos lembra e dá a certeza de duas coisas: o United Kingdom tem, provavelmente, uns 50 atores que circulam entre os projetos de todas as emissoras dos países e eles, sem dúvida, em algum momento, passaram ou passarão por Doctor Who.
4/5(****)
Próximo de Vicious: 01x03 (13/05)
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