21 de mai. de 2013

Review: Bates Motel, Season Finale (01x10)

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por Caio Coletti

ATENÇÃO: esse review contem spoilers!

Durante as últimas 10 semanas, este crítico que vos fala tem sido uma das poucas vozes a falar com alguma gentileza de Bates Motel. A questão, no decorrer dessa inegavelmente bagunçada primeira temporada, a mim pareceu muito mais a de uma série que precisava ainda se encontrar do que a de uma que já estava perdida desde o princípio. No último punhado de semanas, principalmente, Bates tem se tornado uma série mais divertida de se assistir do que poderia se esperar, com o lado kitsch de seu repertório dominando uma parte dos plots e subplots, e o suspense escalando em conjunto. Em “Midnight”, o season finale desse primeiro ano da trama, o fato é que nem tudo ainda está em seu devido lugar.

Retomando de onde o episódio da semana passada nos deixou, o derradeiro capítulo da temporada mostra Norma pedindo socorro ao Xerife Romero depois que Jake Abernathy lhe pediu pelo dinheiro que era devido a ele por Keith Summers. A dona do motel, que não tem o dinheiro, recebe do sempre enigmático xerife a promessa de que “ele vai lidar com isso”. Obviamente desconfiada, Norma pede a Dylan que lhe arranje uma arma e, quando chega a meia noite do dia marcado por Abernathy, comparece ao encontro. Enquanto isso, Norman está tendo uma noite terrível, com Emma explodindo em pleno baile escolar quando o garoto não consegue parar de olhar para Bradley, e o namorado dessa última lhe aplicando um belo murro na cara. Voltando para casa, ele topa com Miss Watson, sua professora, que se oferece para levá-lo para casa e curar o corte aberto pelo soco.

É preciso dizer, primeiramente, que um dos grandes motivos para a trama de Norman funcionar é Keegan Connor Tracy, que tem se provado uma coadjuvante de valor durante a temporada e, ao se tornar a primeira vítima (fora do âmbito familiar) do Bates mais novo, aplica algum significado e uma boa dose de tensão a cena. Nós não vemos Norman matá-la, o que mantem de certa forma um dos charmes de Psicose. Já do lado de Norma, para variar, quem segura as pontas é Vera Farmiga (com uma pequena ajuda de Nestor Carbonell, sempre ótimo em ser misterioso, há de se admitir). Há todo um leque de cenas que poderiam ser escolhidas como o “momento Farmiga da semana”, embora nosso preferido seja mesmo o começo do episódio, com a atriz berrando com a secretária de Romero (“are you kidding me? you don’t know my name?”).

“Midnight”, assim como Bates ultimamente tem sido, é uma coleção de momentos que se equilibram bem entre o instigante, o levemente tocante (nesse sentido, a conversa de Dylan com a mãe e bem mais sutil e eficiente do que a confissão do passado familiar sombrio da mesma para Norman), o culpadamente delicioso e o acertadíssimo de tom (destaque para o diálogo em que Norman chama Emma para o baile, palmas para Olivia Cooke como sempre). O problema é que essas partes não estão coesamente costuradas em torno de uma trama que nos envolva o bastante para que nos importemos para onde vai. Ao menos não o bastante, e ao menos não ainda.

**** (3,5/5)

Bates.Motel.S01E10

A segunda temproada de Bates Motel já está confirmada!

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