por Sâmela Silva
(@onlyinception)
ATENÇÃO: esse review contem spoilers!
Justo na reta final de seu quinto ano, Parks and Recreation foi uma contradição em termos: o episódio mais fraco da temporada seguido por um dos melhores. Enquanto o primeiro se apoiou em Ben sendo estraga-prazeres e o grande respeito que Leslie tem por Ron, o segundo tratou de decisões e o que elas acarretam.
“Swing Vote” envolve Ron Swanson e sua tentativa de cortar fundos de alguns projetos de governo, incluindo o parque de mini-golfe de Pawnee. Ultrajada com Ron, Leslie corre atrás das pessoas que podem ir contra ou a favor dos cortes, tudo para descobrir que o voto de minerva seria de Jamm. A trama não é a mais original, mas os roteiristas mostraram saber aproveitar as "mesmices" para construir algo novo. Infelizmente não foi o caso aqui. Nem Chris e seu extremo otimismo serviram como alívio cômico, Ron não teve bom aproveitamento. Uma pena, realmente.
O episódio tratou de mostrar que às vezes é necessário mudar seus conceitos, mas nem sempre. O primeiro caso se referiu à Leslie e Ron, o segundo à Andy. Ao encontrar sua banda tocando sem ele, Dwyer decide desistir da música. Pareceu bem sério, na verdade, quando ele apareceu de terno e atitude de "homem crescido". Porém ele nunca vai deixar de ser Andy, então bacana foi sua reconciliação com o Mouse Rat/Rat Mouse.
E a última parte da trama foi Tom louco para terminar com a insuportável Mona-Lisa. Sem saber o que fazer, ele corre pedindo por auxílio à sua ex-namorada Ann Perkins e a implora para terminar o namoro por ele. O relacinamento dos dois sendo bom mesmo depois do términio há um bom tempo atrás é algo louvável. Todavia, Tom às vezes parece estar regredindo com seu comportamento. Talvez seja só uma impressão e algo de uma vez só, já que Mona-Lisa é assustadora, mas a pergunta ficou no ar.
“Are You Better Off?”, porém, foi uma season finale com o que Parks sabe fazer de melhor: caos. O título remete à pergunta que Leslie faz ao povo de Pawnee, querendo saber se eles estão melhores do que eram há um ano. Mas tudo o que Knope havia feito durante seu primeiro ano se virou contra ela, mostrando o quão influenciável e estúpido é o povo da cidade. Mesmo com uma campanha para tirá-la da Câmara, Leslie fez paz com suas decisões, erradas e certas, e mostrou ter pulso firme. O que torna as coisas ainda mais tristes, já que Leslie é um personagem fictício que seria extremamente útil para o mundo real.
Quando Andy encontra um teste de gravidez positivo na cabana de Ron, Bert Macklin volta à ação para descobrir a dona dele. Desde o começo do episódio somos levados a crer que é April, já que a moça agia misteriosa, e até o término pareceu uma ideia aceitável que Dwyer e Ludgate, mesmo sendo jovens, tivessem um filho juntos. Depois de ótimas cenas de “investigação”, nos últimos segundos descobrimos que era de Diane. Sim, Ron Swanson está prestes a ser pai. As possibilidades disso são tão infinitas!
Infelizmente Mona-Lisa ainda não sumiu, mas Donna, Ron e Jerry tiveram bons momentos. Tivemos o retorno de Jean-Ralphio e do personagem de Jason Schwartzman, novos desafios para April e Tom sendo recompensado por seu trabalho duro. Quem diria que tantas coisas aconteceriam no que pareceu tão pouco tempo?
Apesar de a quarta temporada continuar imbatível, Parks conseguiu fazer seu quinto ano valer a pena. Não tão obra-prima, é verdade, mas ainda uma delícia a ser assistida e com grandes desenvolvimentos de personagens. A grande questão que fica é: como vai ser esse bebê Swanson e o que fará o homem que mais odeia mudanças diante desta grande reviravolta? Até a sexta temporada, pessoal!
A sexta temporada de Parks and Recreation já está confirmada!
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