Review: Dirty Computer (álbum e filme)

Janelle Monáe cria a obra de arte do ano com um álbum visual espetacular - e que desafia descrições.

Os 15 melhores álbuns de 2017

Drake, Lorde e Goldfrapp são apenas três dos artistas que chegaram arrasando na nossa lista.

Review: Me Chame Pelo Seu Nome

Luca Guadagnino cria o filme mais sensual (e importante) do ano.

Review: Lady Bird: A Hora de Voar

Mais uma obra-prima da roteirista mais talentosa da nossa década.

Review: Liga da Justiça

É verdade: o novo filme da DC seria melhor se não tivesse uma Warner (e um Joss Whedon) no caminho.

31 de mar. de 2012

Do pó viestes, ao pó retornarás.

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por iJunior
(TwitterTumblr)

Atualmente a onda de ceticismo tem alcançado cada vez mais pessoas em todo o mundo, em especial os jovens, e em um momento em que alguns alegam ser a “era da razão”, a morte da religião/fé ou o fim de uma espiritualidade que pode nem ter tido seu momento em nossa história.

Ser cético, obviamente, é não acreditar no que não pode ser provado, mas se pararmos para nos questionar; até onde o ceticismo pode nos levar? Ou não levar.

Um cético vai muito além de um agnosticismo ou ateísmo, o ceticismo pode levar uma pessoa a desacreditar em muito do que a entorna, pelo simples fato da inexistência de provas concretas sobre tal. Mas por um lado, se olhar algumas coisas que nos acercam e que não existem, podemos mostrar a tais pessoas “descrentes” que nem tudo pode ser provado.

Você já parou pra pensar sobre a inexistência do frio e da escuridão? O frio seria a ausência de calor, e a escuridão a ausência de luz, mas que mesmo “inexistentes” existem, pelo menos sempre existiram, em qualquer sociedade ou cultura?

O ceticismo pode destruir uma mágica de vida. Desacreditar em um ser superior onipresente pode até ser compreendido, mas pensar que existimos apenas por existir e que somos apenas matéria viva é um tanto intrigante. Através de uma visão cética, nosso corpo é apenas matéria ambulante, nossa mente e nosso corpo nunca foram guiados por uma alma ou espírito, nossos pensamentos são apenas ondas elétricas percorrendo metros de células cerebrais, pelo simples propósito da existência ao acaso. Criada, ao acaso. Não é estranho no momento dessa leitura você se imaginar como uma maquina? Uma maquina, digamos, “orgânica”, sem inicio proposital e sem fim lógico, que viveria uma vida inteira em busca de algo que perderia, assemelhado a criaturas microscópicas que vivem com o único fundamento de procriar e manter sua espécie?

Ser humano deveria ser muito além disso. Se morrer é o fim, a morte nunca seria algo ruim. Qual problema teria a morte ou o arrependimento se tudo se excluísse no segundo do falecimento? Por que até um cético pensa mais de duas vezes antes de se matar? Talvez nós prezamos a vida por questões morais, ou talvez não. Talvez algo ainda fale por nós, no fundo de um tal de subconsciente ou qual que seja a denominação que se da a esse centro vital humano.

Acreditar que alguma ideia tenha surgido do nada, em diversos povos, de diversas regiões, mesmo que de formas diferentes seja mentira é algo que deve ser muito repensado, pois de alguma forma existiria alguma ligação entre todas elas, ao qual o ceticismo excluiria.

O mito nem sempre deve ser tratado como o impossível, desde quando nos tornamos tão absurdamente racionais? Quando deixamos um folclore morrer simplesmente por serem histórias, essas as quais nunca seriam provadas por você morador de uma cidade, que se acha no direito de julgar sua avó por contar histórias antigas de vivência em zonas rurais? Se nunca tivéssemos visto um peixe (ou qualquer criatura aquática) um dia, e o descobríssemos do nada, acreditaríamos que seria possível a vida dentro d’água? Sim, acreditaríamos, mas até então seria mentira.

Em minha opinião o ceticismo é a forma mais irracional de se considerar racional, deixar de acreditar em algo pelo simples fato de ser invisível aos nossos olhos não prova que não exista. Atualmente existem tantas teorias que nos surpreendem todos os dias, falando sobre assuntos como as cores de uma lâmpada que aos nossos olhos é branca, mas possuí tons que não captamos com nossa visão, sobre a existência da “massa escura” que preenche o espaço, entre outros exemplos, é um grande tapa da na cara do ser humano ignorante e incapaz de crer.

A vida é muito mais bela que concreto e barro sobrepostos, a mágica do mundo começa dentro de nós mesmos, e nos resta não apenas abrir os olhos para tentar enxerga-las, e sim a cabeça, aprendendo assim a sentir.

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iJunior escreve no dia 1º e, sobre arte, no dia 17.

O novo Anagrama. De novo.

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O Anagrama mudou. A partir de amanhã, 1º de Abril (e não é mentira! – ok, péssima piada), o blog vai assumir uma cara um pouco mais informativa, sem jogar para escanteio a opinião, que sempre foi a assinatura do que é postado por aqui. A intenção é se tornar mais do que um espaço para jogar textos e pensamentos sobre os assuntos que o blog almeja cobrir (ainda que, é claro, O Anagrama não vá se tornar um ser “impensante”).

Informação, em tempos pós-modernos (ou pós-tudo, como nominou algum autor cujo nome me foge a memória), tem que ser quase instantânea sem perder a qualidade e a colocação de quem a transmite. Esse é o novo objetivo d’O Anagrama: acompanhar o que há de mais novo surgindo em música, cinema, arte, cultura, comportamento, política, literatura, moda e o que mais saltar aos olhos deste que vos fala e da incrível equipe que eu tenho o orgulho de reunir aqui.

A partir do mês que vem, eles todos terão data marcada para aparecer por aqui. Entre vários dos velhos conhecidos de quem acompanha o blog, tem também gente nova escrevendo para O Anagrama. Para leitores novos (torcendo para que sejam muitos), então, vamos apresentar todo mundo:

◘ O mês abre (todo dia 1) com o iJunior e sua coluna que antes figurava na Semana de Opinião do blog. Para quem não conhece o estilo dele, dá uma olhada nesse texto (meu preferido pessoal). Sempre insights muito podersosos e reflexivos. Ele ainda volta no dia 17 com textos dedicados as artes (confiram o incrível trabalho dele em design digital).

Aliás, é crédito dele também o design novo do blog, esse banner lin-do que está aí em cima. Palmas, por favor.

Dia 3 aparece por aqui o Marcelo Antunes para adicionar uma  pitada de cotidiano, humor e cultura ao blog. Um dos parceiros de longuíssima data d’O Anagrama, dá para ter uma ideia do que ele vai trazer pro blog, agora como colunista, lendo o seu Diz Que Fui Por Aí.

◘ Estreando no dia 5, a Bruna Correia vai assinar uma coluna que mistura reflexão, crítica social e a sempre bem-vinda habilidade de contar histórias. Tão instigante quanto sugerem os texto dela no Disparidade, blog que mantem.

◘ A estreia da Raíssa Garcia vai ser no dia 7. Estudante de Jornalismo e apaixonada pela profissão, excelente gosto musical e muita coisa a dizer. Dêem uma olhada no Jornalista de Primeira Viagem para sentir o gostinho.

◘ O GuiAndroid assina dois textos por mês: dia 11 ele continua com sua coluna de moda, e dia 27 é a vez de ele entregar um artigo sobre TV e cinema. Uma passada no Gui Android Fashion World confirma o bom gosto do Gui no primeiro campo, e essa crítica publicada aqui mesmo no blog atesta que ele domina também o mundo cinematográfico.

Dia 13 é a vez da Bete Watanabe misturar fotografia, moda, música e cultura indie, dando dicas de coisas legais que estão acontecendo nesse mundo de hypes relativos e inusitados com o qual estamos lidando atualmente. Olha o portfólio recém-criado dela. E, claro o Tumblr.

◘ A coluna da Gabis Paganotto, já parte indissociável da identidade d’O Anagrama, aparece no dia 15. Se o leitor ainda não conhece a Gabis, dá uma olhada nesse artigo assinado por ela sobre o estilo da hypadíssima Marina & The Diamonds.

◘ A Bebé Ribeiro completa a faceta fashion d’O Anagrama aparecendo por aqui no dia 19 com seu estilo único de escrever sobre moda. Indicadíssimo ler esse artigo dela sobre o estilo da musa do pop com pitadas de R&B Pixie Lott e, claro, o blog da moça, o My Petit Closet.

Dia 23 é a vez do Luís Adriano Lima dar continuidade a coluna de literatura que ele começou por aqui com esse artigo. Ele é autor do Literatura e Cinema, blog mais do que recomendado para cinéfilos e devoradores de livros.

◘ E o mês fecha (todo dia 29) com a opinião sempre forte e bem colocada do Fabio Christofoli. Outro parceiro de longa data do blog, ele escreve também o brilhante blog Clube do Camaleão.

No meio dessas colunas, O Anagrama vai procurar sempre ser uma fonte precisa e eficiente de informação, curiosidade e opinião. O caminho da intenção mudou, mas a ideia continua a mesma: decifrar aos poucos, ainda que não totalmente, os campos indecifráveis da nossa vida.

Sejam, sempre, muito bem-vindos.
Caio Coletti

9 de mar. de 2012

AV #1 – A suja, a pintura viva e outras coisinhas mais.

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por Caio Coletti

Primeiro, os esclarecimentos. Esse post marca a estreia, aqui n’O Anagrana, de uma nova sessão, batizada de AV. Trata-se de uma  coluna para suprir a sede de atualidade e novidade que hoje impera nos apreciadores de música do mundo todo. AV representa, claro, Audio-Visual. A ideia é, em todas as semanas de música do blog, trazer para vocês o que há de mais fino das novidades musicais, e isso incluí, é claro, os video-clipes, hoje extensão indispensável do repertório de todo artista. Mas também não deixar de mostrar as novidades em termos de novas canções liberadas pelo pessoal mais talentoso que se vê por aí. Enfim, aproveitem.

Pra começar bem, ninguém melhor do que o Florence + The Machine, provavelmente o nome que mais se tem falado no mundo pop ultimamente, e que lançou single e clipe novos nessa última semana. O faro impecável para escolher as músicas de trabalho ainda é o mesmo, e Never Let Me Go, o clipe (não lançado no YouTube, disponível apenas em alguns canais como o Bing.com e logo “copiado” para o Twitvid) é um belíssimo trabalho visual para completar uma canção que, por si só, já é uma das mais fortes e brilhantes dos últimos tempos. Florence aparece morena, vestida em trapos, encontrando-se com um amante em uma pista de hóquei abandonada, e parece performar uma externação de todas as sujeiras e angustias do próprio corpo, materializadas em água suja e viscosa, enquanto canta belamente que “os braços do oceano” a entregam (ou será ela que se entrega a eles?). Mais um trabalho estelar para acrescentar ao currículo da inglesa.

A escolha da artista pop neo-zelandesa Kimbra para a nova música de trabalho pode ter sido um pouco mais arriscada, mas ela também faz um trabalho interessante em “The Build Up”. Curto e simples, o clipe carrega um conceito interessante, jogando com a beleza plástica da cantora para torná-la em uma “pintura viva”. E é de fato instigante, combinado com a personalidade e o natural calor performático que Kimbra sempre apresentou (quem não a conhece, por favor assista Settle Down, Cameo Lover e especialmente Good Intent - o clipe e a primorosa rendição ao vivo), vê-la como a inquietação e a voz profunda por trás de uma figura aprisionada em formas e cores. E não somos assim todos nós, afinal? Kimbra é uma artista ascendente que, com toda a certeza, tem ainda muito a nos dizer.

Quem também deu sinal de vida essa semana (para a alegria de todo mundo com um bom ouvido) foi Norah Jones. E a deliciosa exploração musical da cantora, compositora, pianista e produtora continua depois de experimentar com instrumentais e composições mais voltadas para o soft-rock em seu último trabalho de estúdio, o primoroso The Fall. Dessa vez, ela se reúne com um dos grandes produtores do nosso século, Danger Mouse, responsável tanto pelo indie rock do The Black Keys quanto pelo electronic-soul recheado de referências do Gnarls Barkley. O resultado da mistura já rende uma canção deliciosa em “Happy Pills”, o primeiro single do álbum … Little Broken Hearts, marcado para lançamento em 1º de Maio próximo. Álbum que, aliás, promete ser um dos melhores do ano.

Há um motivo pelo qual Kris Allen ganhou o American Idol, e ainda que os fãs de Adam Lambert (o 2º colocado da competição, ele próprio amigo pessoal de Allen até hoje) proclamem com alguma razão a superioridade vocal de seu ídolo, é um crime dispensar o cantor de 26 anos sem ao menos dá-lo uma chance. “The Vision of Love” é o primeiro single do vindouro segundo álbum de Allen, e é também uma canção pop rock redondinha, feita nos moldes de quem entende do riscado. O estilo de composição remete a Ryan Tedder, mas o falsete de Allen é bem mais acertado. Ainda sem data anunciada, esse segundo álbum pode ser a definição para Kris, o momento em que ficaremos sabendo se ele vai para o grupo do limbo dos ex-Idol (alguém aí ainda se lembra de Lee DeWyze, por exemplo?) ou para o lado do colega de competição Lambert e de nomes como Kelly Clarkson e Jordin Sparks, que usaram bem a plataforma do programa. Eu já estou na torcida.

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Notas de rodapé:

- Ainda não dá pra formar opinião concreta, mas é bom ficar de olho em Neon Hitch, que lançou esses dias “F U Betta”, o clipe para o seu primeiro single. A voz não parece ruim, e para quem anda com saudades da Ke$ha, realmente é uma escolha válida.

- De olho também no The Golden Filter, duo de música eletrônica nova-iorquino, que tem feito dos singles e clipes do seu último álbum, intitulado Syndromes, uma viagem cinematográfica e até um pouco assustadora. A da vez é “Kill Me”, apoiada em uma das melhores peças de música que o grupo já produziu.

- Não que dê para entender, mas é sempre bom saber da última da Björk. O Biophilia acaba de produzir seu terceiro videoclipe, para “Hollow”, e o mote dos fenômenos naturais, aparentemente, agora viaja para dentro do próprio organismo humano.

5 de mar. de 2012

05 EPs que deixam gostinho de “quero mais”.

listas musica

por Caio Coletti

A Wikipédia americana define o termo “EP” (extended play) como “uma gravação musical que contém mais que um single, mas é curta demais para se classificar como um álbum ou LP (long play)”. Antes populares especialmente entre bandas indie e punk, os EPs hoje estão consolidados como uma excelente forma de novos artistas conseguirem público para uma estréia em álbum com repercussão, de alguma forma, mais garantida. Os cinco EPs listados aqui datam dos últimos 12 meses, e preparam terreno para a chegada (algumas já com data marcada, outras não) de bandas e artistas que ainda vão dar o que falar. Ou, no mínimo, vão produzir muita boa música. De uma forma ou de outra, vale a pena conferir.

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5ª posição – Bangarang (Skrillex)

Uma verdade sobre música: talento quebra preconceitos. Se você anda meio irritado com a onda do dubstep, que tem invadido o terreno da cultura pop, do Born This Way de Lady Gaga ao Talk That Talk de Rihanna, passando pelo sucesso absurdo do LMFAO, dê uma chance a Skrillex antes de odiar o gênero. Nascido Sonny John Moore, o americano de 23 anos faz eletrônica com o selo de qualidade de quem realmente entende de música e sabe que ela pode sim surgir de qualquer lugar. O som de Skrillex é denso, pesado, cheio de reviravoltas de ritmo e muito fragmentado, mas também é capaz, de alguma forma, de seduzir o ouvido mais destreinado a apreciar as pequenas belezas que até o dusbtep pode oferecer. “Summit”, parceria com Ellie Goulding, é a prova cabal.

Essencial ouvir: Breakn' a SweatSummit

Quando vai ter mais? São só rumores, mas o primeiro álbum do DJ pode se chamar Voltage, e ser lançado ainda esse ano (sem data exata definida).

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4ª posição – Nights Like This (Icona Pop)

Duas moças da Europa Oriental cantando música pop pode acender uma luz de alerta naqueles que ainda tem saudades do t.A.T.u., mas a história com o Icona Pop é outra. Caroline Hjelt e Aino Jawo são as suecas da vez, ou ao menos deveriam ser. Nights Like This, o primeiro EP da dupla de cantoras, multiinstrumentistas e compositoras, é recheado de potencial único, com as melodias vibrando num estilo que se volta para o indie sem perder de vista o eletrônico, batidas grandiosas e vocais hora sussurrados, ora berrados em conjunto. A orientação meio tropical do grupo é surpreendente vindo da música sueca, e há algo na identidade visual dos clipes de “Nights Like This” e, especialmente, no de “Manners”, que eleva as garotas a um nível diferente como artistas.

Essencial ouvir: Nights Like ThisMannersLovers to Friends

Quando vai ter mais? A pouquíssima informação que se tem sobre a dupla, infelizmente, não inclui a data de lançamento de um álbum de estreia.

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3ª posição – As If! (Sky Ferreira)

Robyn não é o bastante para você? O vibrante Head First do Goldfrapp já enjoou? Com saudades da era Blackout da Britney? (vamos confessar, a única que realmente prestou). Seus problemas acabaram! Sky Ferreira é a solução. A americana de descendência portuguesa, brasileira e nativo-americana, amiga de Michael Jackson na infância e que se diz influenciar tanto por Spice Girls e Blondie quanto por Serge Gainsbourg e Alice Cooper faz um som que é puro deleite e pastiche pop, mas nada que ultrapasse os limites do bom gosto estilístico (musical e visualmente falando). No EP de estréia, a moça consagrada como modelo entrega balanço característico em “Sex Rules”, garra vingativa em “99 Tears” e “Traces”, e pura genialidade em “108”.

Essencial ouvir: 10899 TearsSex Rules

Quando vai ter mais? Wild Heart, o álbum, não tem data de estréia, mas a moça disse no seu Tumblr que o primeiro single sai ainda esse mês.

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2ª posição – Buried Sessions of Skylar Grey + Invisible + Dance Without You (Skylar Grey)

Talvez você não saiba, mas conhece a voz de Skylar Grey. Ainda ruiva e sob o nome de batismo, Holly Brook cantou no hit único do Fort Minor, “Where’d You Go”. Já em encarnação morena e endiabrada, Skylar deu as caras em “I Need a Doctor”, o retorno de Dr. Dre, no hit “Words I Never Said”, de Lupe Fiasco, e ainda permaneceu atrás das cortinas, como compositora, na canção-evento “Love The Way You Lie”, gravada por Rihanna e Eminem (a versão demo com sua voz, aliás, é de se aplaudir). O nome mudou, mas a música nem tanto: Skylar parece manter o cerne de sua música na sensibilidade densa do álbum que lançou como Brook, intitulado Like Blood Like Honey. Claro, se a gente puder ouvir logo algo novo, vai ser mais fácil confirmar.

Essencial ouvir: InvisibleDance Without YouLike Blood Like Honey

Quando vai ter mais? A gravadora promete o lançamento de Invinsible, o álbum de estréia, desde o ano passado. Já pode começar a ter medo que vire um daqueles projetos “um dia sai”?

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1ª posição – The Drummer + DJ, Ease My Mind + The Fox (Niki & The Dove)

Representante número 2 do novo synthpop sueco nessa lista, o Niki & The Dove é realmente uma pequena jóia a ser apreciada. Quem toma a frente do projeto é a dupla Malin Dahlström (vocais) e Gustaf Karlöf (teclados), e o som é algo como se o iamamiwhoami resolvesse fazer uma parceria com o Goldfrapp, tudo embalado por vocais de fazer inveja a islandesa Björk. Mistura exótica, mas que funciona na apoteótica “DJ Ease My Mind”, na libertadora “The Fox”, dona de percussão e sequencia de sintetizadores absolutamente marcante, e na série de canções de vibe mais indie pop do principal EP da banda, o The Drummer. Destaque também para o belíssimo clipe de animação atrelado a “The Fox”. Trabalho de se babar em cima, sem exageros.

Essencial ouvir: DJ Ease My MindThe Fox

Quando vai ter mais? O álbum de estréia, intitulado Instinct, está marcado para 14 de Maio.

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“…I’ve grown a handsome tall tree, mother/ And I want to bear a fruit for you/ And I’ve carried your fears and your hopes, father/ It’s so heavy on my back, oh you should know/ Catch some sleep…

I wanna find the eagle’s nest/ Oh take me with you/ And I’ve been waiting a lifetime for this/ And I’m ready/ It doesn’t leave me, I’ve been up all night/ They call me crazy/ But I wanna see what the sky looks like/ From your view”

(Niki & The Dove em “The Fox”)

1 de mar. de 2012

Oscar 2012 – Moda: os erros e os acertos do tapete vermelho.

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por Bebé Ribeiro

Luz, câmera, AÇÃO. Ao invés dos sets de filmagem, os holofotes agora estão voltados ao tapete vermelho. E não há quem resista a fazer comentários sobre os modelitos que as estrelas usam para brilhar na grande noite do Oscar. Algumas erram feio de doer até enzimas, já outras sambaram de salto alto na cara da sociedade de tão lindas e bem produzidas.

por Gabis Paganotto

O red carpet sempre tem lá seus momentos de glória e deslizes. Mas em 2012 devo admitir que ele foi belíssimo. A maioria dos artistas, premiados e convidados optaram por looks mais simples, de cortes mais retos, mas que em harmonia com as cores e os tecidos certos davam um caimento e um ar elegante e sofisticado aos looks, principalmente os femininos.

por GuiAndroid

Bem, vou ser simples e direto, pelas seguintes razões: o Oscar desse ano não me agradou a não ser pela vitória da Meryl Streep como melhor atriz, e por não ter muito espaço nesse artigo, então vamos lá. O red carpet da cerimônia desse ano não foi de nos fazer chorar de emoção como no ano passado com a Anne Hathaway desfilando com o vestido vermelho Valentino ao lado do próprio Valentino! Mas, graças a Deus os looks deste ano foram completamente sóbrios em relação as bizarrices que normalmente cruzam o carpete.

Os acertos

Destaque para Glenn Close, que usou um vestido jovial, mas que deixou ela,uma mulher já um tanto quanto madura,não com aquela impressão muitas vezes (por ausência de palavra melhor) escrota de senhora querendo ser mocinha, mas de uma mulher que tem experiência e ainda sabe ser sexy. (Gabis Paganotto)

Milla Jovovich não economizou glamour e sofisticação sustentando um Elie Saab branco todo bordado e moldado ao corpo. O detalhe no ombro, a cor, o modelo, "a modelo" contribuíram para que fosse sucesso TOTAL aos olhares, sem contar o batom vermelho e o cabelo com leves ondas, achei divine! (Bebé Ribeiro)

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E o Oscar de mais bem vestida vai para nossa eterna Easy A, Emma Stone: com um belíssimo vestido de Alta Costura do estilista Giambattista Valli, o contraste da sua pele com a cor do vestido que parecia uma extensão do próprio tapete, fizeram de Emma um dos destaques da noite. (GuiAndroid)

Já Jessica Chastain estava deslumbrante com um look Alexander McQueen preto e todo detalhado em dourado. Achei fantástico o vestido, por ter um ar de princesa, mas ao mesmo tempo ser misterioso, meio gótico e até sexy! O cabelo metade preso metade solto com leve topete e o make bem clean foram muito bem escolhidos, fazendo com que toda a atenção fosse ao vestido e consequentemente, à atriz. (Bebé Ribeiro)

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E o segundo Oscar de mais bem vestida do red carpet vai para: Li Bingbing com seu vestido sereia Georges Chakra. Apostando no minimalismo e na riqueza dos detalhes a atriz conseguiu a minha atenção e admiração, e não é a primeira vez que Li se veste tão bem, pois ela também já “divou” em outros red carpets várias outras vezes, sempre sendo comparada a uma princesa oriental. (GuiAndroid)

Os erros

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Lógico que nem tudo é glamour , sempre temos os deslizes. E como em todos os anos os artistas cometem lá suas gafes. Uma que observo todos os anos, e que nesse não foi diferente, é a mania que os artistas tem de quererem lançar estilistas um tanto quanto excêntricos demais para a ocasião. Esse ano as gafes maiores ficaram por conta de Judy Greer com um Monique Lhuillier, e pasmem, Rooney Mara que vestia um Givenchy (sempre rola esses deslizes). (Gabis Paganotto)

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O Oscar esse ano por acaso teve “Planeta Sustentável” como tema? Porque pelo jeito a Anne Sophie Bion improvisou um saco de lixo pra fazer seu vestido. O tecido amassado, o mau acabamento na parte do busto (parece que ta grampeado, urgh) e nem a clutch dá pra salvar, tudo de extremo mau gosto. Deus, coloca a mão num ser desses e abençoa. Outra que merece um puxão de orelha e um tapinha fashion (tapinha nada, TAPÃO ) é Busy Phillips. Querida, é O-S-C-A-R! O que é esse vestido que pode ser encontrado em qualquer loja “moda fashion”? Tudo bem que não é um saco de lixo preto grampeado, mas vamos combinar que essa cortina da Bisa ta uó com esse maxi brinco azul e esse sapato Pink Tchuchuca da balada. Manda pra fogueira ou então pra um personal stylist dygno JÁ! (Bebé Ribeiro)

Oscar 4

Agora a parte que nós mais gostamos, ou não, depende do seu senso de humor. O Oscar para as mais mal-vestidas da noite, e quem leva o primeiro por ter vestido o pior modelito da noite é... Nada mais, nada menos do que a minha adorada Meryl Streep, que, embrulhada como um bombom Ferrero Rocher, vestiu um Lanvin de estrutura bastante desvantajosa. Mas o que o gosto por moda de Meryl não diz, seu maravilhoso trabalho de atriz compensa todos os seus clássicos desastres de vestuário. E a segunda a ganhar o prêmio de mais mal vestida da noite é Viola Davis de The Help, mais uma atriz que pode ser salva por suas maravilhosas cenas. Vestindo um Vera Wang verde esmeralda, Viola erra no tom e no modelo que juntamente com seu penteado criam um look totalmente fora de cogitação, quase um desastre total. (GuiAndroid)

Conclusão

E esse foi o Oscar 2012 na moda, pela equipe do Anagrama.

por Bebé Ribeiro

Há outros crimes fashion cometidos esse ano no Oscar, mas pelo que percebi este ano não foram tão intensos assim, tinha gente em outras premiações (leia-se Grammy) pior! Enfim, esses foram os meus palpites. Espero que o próximo Oscar traga mais beldades se vestindo muy bien, MAS também quero mais bizarrices e momentos horripilantes, please!

por Gabis Paganotto

Enfim, com altos e baixos (pouquíssimos esse ano) o Oscar e seu red carpet embelezaram sem dúvida nenhuma mais uma vez as telas das televisões domiciliares e os belíssimos corpos dos artistas. Beijos!

por GuiAndroid

E, eu jamais esqueceria de um pequeno destaque a linda Angelina Jolie que por mais que o vestido não a favorecesse muito com uma fenda um tanto exagerada merece um Oscar em homenagem a sua perfeita maquiagem, que a tornaram um destaque não por conta do vestido mas por conta de sua própria beleza natural.

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“Descalça ou assim que acordo, eu me sinto linda. Eu nem sempre me senti assim, mas agora me sinto. Quando alguém te ama, e quando você faz alguém feliz, quando sua presença parece fazer alguém feliz, você de repente se sente como a pessoa mais linda do mundo” (Angelina Jolie)