Ryan Gosling e o diretor Nicolas Winding Refn no tapete vermelho de Cannes
por Caio Coletti
A dupla queridinha do público indie, Ryan Gosling e Nicolas Winding Refn, dividiu Cannes na exibição de Only God Forgives, novo e violento épico criminal dirigido por Refn e estrelado por Gosling. Vaias e aplausos foram ouvidos na mesma medida após a estreia do filme, que também tem Kristin Scott Thomas no elenco e se passa em Bangkok, cidade com a qual o diretor declarou ter uma relação especial: “Para mim, Bangkok tem a mesma loucura de Los Angeles. Só consegui visualizar o filme depois de passear pela cidade à noite. Eu queria me colocar numa posição diferente dos meus outros filmes”, disse ele. Refn também admite que para ele, “a arte é um ato de violência, tem a ver com penetração”.
A trama de Only God Forgives segue Julian, personagem de Gosling, um traficante que luta para prosperar em Bangkok e vê sua vida ficar ainda mais complicada quando sua mãe (Kristin Scott) o convence a vingar a morte recente do irmão. O destaque do filme, para a crítica, é a atuação de Kristin Scott, que encarna um tipo mais vulgar e violento do que está acostumada. A própria admite que esse é um projeto pouco usual para a sua carreira: “Filmes violentos não fazem minha cabeça, eu não consigo assistí-los. Mas fiquei empolgada em viver uma mulher diferente da elite inglesa. Crystal se torna cada vez mais desprezível. Levei oito dias para conseguir dizer a palavra ‘cunt’ em cena”, disse.
Oscar Isaac em cena de Inside Llewyn Davis
Curtinhas de Cannes:
◘ De acordo com o ranking diário da conceituada revista Screen, que faz a média das notas de nove críticos internacionais para os filmes de Cannes, Inside Llewyn Davis é o mais cotado da competição oficial pela Palma de Ouro até agora, com média de 3,3/5. A Touch of Sin, do chinês Jia Zhangke, tem 3/5; Le Passé e Behind The Candelabra dividem a terceira posição, com média de 2,8/5.
◘ O cinema italiano apareceu não só com A Grande Beleza em Cannes esse ano, mas com dois outros filmes que também retratam uma Itália contemporânea que provoca insatisfação. Un Chateau en Italie é uma co-produção ítalo-francesa dirigida por Valeria Bruni Tedeschi sobre a decadência de uma família aristocrática, e Miele tem a estreia da atriz Valeria Golino na direção contando a história de uma mulher que ajuda pacientes terminais a cometerem suicídio. Un Cheateau está na disputa pela Palma, enquanto Miele é exibido na mostra Un Certain Regard.
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