por Caio Coletti
Que Ke$ha é desbocada o bastante para tirar sarro de si mesma a gente já sabe, mas “Crazy Kids” é o tipo de videoclipe que leva as coisas alguns quilômetros além de qualquer limite pré-estabelecido de bizarrice. No melhor sentido, é claro, Ke$ha segue empurrando as fronteiras do pastiche pop, faz rap com versos como “I’m fresher than that Gucci” (alô, Kreyshawn! Recado pra você!), consegue tornar will.i.am suportável de novo e ainda tem tempo de se mostrar uma das melhores compositoras melódicas pop da atualidade.
Com clima de subúrbio, misturando pitbulls, look gangsta, pinball e até um homem tatuado ao lado de um burro dentro de um banheiro (pois é), “Crazy Kids” é o auge da estética cigana/fashion/decadente do Warrior. O álbum pode ter sido um fracasso de vendas, mas é um triunfo na missão de brincar com o kitsch e o trash para compor uma das obras pop mais envolventes dos últimos tempos. Quem sai perdendo, se não comprar a ideia, é o público.
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