por Andreas Lieber
(Tumblr)
ATENÇÃO: esse review contem spoilers!
Essa semana Doctor Who nos entregou mais um episódio com a perfeita mescla entre o horror e o sci-fi com o delicioso “The Crimson Horror”. Lembrando em muito o estilo de roteiro do incrível “Hide”, nessa semana temos de volta ao show a presença de Madame Vastra (Neve McIntosh), Jenny (Catrin Stewart) e Stax (Dan Starkey) em mais uma aventura Vitoriana. Escrito por Mark Gatiss – já roteirista da série e também ator na companheira de Doctor Who na BBC, Sherlock –, o décimo primeiro episódio da série foi desenvolvido especialmente para as atrizes Diana Riggs e Rachael Stirling representarem seus papeis verdadeiros de mãe e filha na série.
Sendo uma narrativa primariamente do ponto de visto da Gangue do Scooby – Vastra, Jenny e Stax –, “The Crimson Horror” nos leva a Sweetville, condomínio governado e criado pela Sra. Gillyflower (Riggs) e seu parceiro silencioso e nunca visto, Sr. Sweets; enquanto ela prega cidade afora que o apocalipse está perto, ele fica escondido em casa devido a timidez. Atraindo jovens de boa aparência para seu covil, os dois pretendem congelá-los na beleza da juventude e criar um novo Eden, perfeito em seu tempo estático.
Quando Jenny se candidata à Sweetville para investigar o porquê da imagem do Doctor estar congelada na retina de um homem encontrado morto e completamente vermelho, ela se depara com o próprio Doctor, se desfazendo de um processo de endurecimento corporal e vermelho dos pés a cabeça, mantido preso por Ada (Stirling), a filha cega e mal-amada da Sra. Gillyflower.
Acordando de seu torpor e revivendo Clara também, o Doctor se reúne à Gangue do Scooby para, pois é, salvar o mundo! Ao descobrir que o misterioso Sr. Sweets é, na verdade, um parasita simbiótico que vive na Sra. Gillyflower e que ela própria é a responsável pela cegueira de Ada (ao testar suas experiências na filha), ficamos sabendo que esse veveno usado já andou pela Terra há milhares de anos. Madame Vastra, remanescente dos Silurian, raça que já dominou o planeta em épocas remotas, reconhece o líquido vermelho como algo que sua raça foi vítima.
Incrivelmente dirigido por Saul Metzstein, “The Crimson Horror” nos captura e transporta imediatamente para o mundo cheio de fumaça dos trabalhadores da era Vitoriana e, juntamente com o roteiro, mistura esse horror sci-fi clássico com uma pitada de punk estilístico que se mostram, atenção para as cenas, quando uma mão saí da portinhola tentando agarrar Ada e também quando finalmente vemos o parasita se alimentando da Sra. Gillyflower. Com excelentes atuações, Riggs e Stirling retratam uma relação arruinada entre mãe e filha e, com um salve para o roteiro, Stirling consagra a cena em que se revolta com xingamentos dignos do sésculo XIX: “You hag! You perfidious hag! You virago! You harpy!”.
Mais uma vez levantando a questão de quem Clara realmente é, vale lembrar que Vastra e Cia. estava presente no especial de Natal em que Clara era uma governanta, o episódio promete ser gancho para futuras explicações, já que Clara retorna ao presente e encontra sua “família” a espera com fotos dela em diversas situações com o Doctor, em diversas épocas. Uma delas a Clara governanta Vitorniana, que levanta a questão na mente da verdadeira: “Eu nunca fui nessa época, eu nunca vesti isso. Quem é essa?”. Moffat já abriu o bico e disse que no season finale não teríamos apenas a verdade sobre Clara, mas também o próprio nome do Doctor! Seria possível?Após 50 anos?
5/5(*****)
Próximo Doctor Who: 07x13 – Nightmare in Silver (11/03)
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