Jerry Lewis diverte fotógrafos na coletiva de Max Rose
por Caio Coletti
Jerry Lewis está de volta aos cinemas depois de 18 anos de afastamento. O responsável por tirar da aposentadoria a lenda vida da comédia é o diretor e roteirista estreante Daniel Noah, que o guia em Max Rose, comédia dramática sobre um pianista de jazz que, após a morte da esposa, resolve embarcar em uma exploração do seu próprio passado. Octogenário, Lewis é dono de uma carreira extaordinária que data do final dos anos 40, fez fama com comédias co-estreladas por Dean Martin e depois, sozinho, provou ser capaz de criar clássicos como O Professor Aloprado e Boeing Boeing, ao qual deve sua única indicação do Globo de Ouro, em 1966.
Sempre pronto para fazer rir, mesmo que seu novo filme seja mais dramático do que cômico, Jerry fez Cannes quebrar protocolo (a entrevista coletiva do ator ocorreu antes da estreia do filme) e provocou risadas com as respostas aos repórteres. Ele chamou Max Rose de “o melhor roteiro que recebi nos últimos 40 anos”, e rebateu com classe quando pediram-no para comentar sobre o novo humor americano: “Não existe humor americano. Humor é humor, riso é riso. Se você faz um humor engraçado, as pessoas vão rir. Se você esticar muito a corda ou se esforçar demais, as pessoas não vão rir”.
Cena de Salvo, vencedor da Semana da Crítica em Cannes
Com o fechamento do Festival se aproximando no domingo, os primeiros prêmios de mostras paralelas em Cannes vão sendo divulgados. E o primeiro laureado é o italiano Salvo, romance dos estreantes em longa-metragem Fabio Grassadonia e Antonio Piazza, que levou o prêmio da Semana da Crítica, mostra paralela organizada pelo Sindicado de Críticos de Cinema da França. Salvo conta uma história de amor vista de dentro da máfia siciliana, protagonizada por Saleh Bakri (A Banda) e a estreante Sara Serraiocco. O primeiro curta-metragem premiado no Festival foi o russo Come and Play, da diretora Daria Belova.
Da esquerda para a direita: Jeremy Renner, o diretor James Gray e Marion Cotillard na coletiva de The Immigrant
Com quatro de seus cinco títulos na direção tendo concorrido a Palma de Ouro, James Gray é um habitué em Cannes, talvez o diretor americano mais celebrado da riviera francesa. Seu novo The Immigrant, que chega cinco anos depois de Amantes, é um thriller épico passado nos anos 20, sobre uma imigrante polonesa (Marion Cotillard) que desembarca nos EUA com a ajuda de Bruno (Joaquin Phoenix, que não apareceu para divulgar o filme em Cannes), chefão de um negócio de exploração sexual de mulheres que não hesita em colocar a recém-chegada no esquema. O conflito surge quando tanto Bruno quanto Orlando (Jeremy Renner), seu irmão mágico, se apaixonam pela moça.
Na ausência de Phoenix, os dois astros e o diretor entreteram a imprensa na coletiva realizada após a recepção calorosa (mas nem tanto) do filme na primeira exibição.Marion contou que entrou no projeto sabendo muito pouco de polonês: “É uma língua bem complicada de aprender. Eu tinha 20 páginas de roteiro em polonês e apenas duas palavras que eu entendia”, disse ela. Já o diretor Gray contou como escolheu a estrela francesa para o papel: “Estávamos jantando e Marion jogou um pão na minha cara quando eu disse que não gostava de certo ator. A expressão no rosto dela era incrivel”, brincou.
Mads Mikkelsen posa para os fotógrafos em Cannes
“Um ano depois, é muito gratificante estar em Cannes, deveria virar uma tradição”. O ator dinamarquês Mads Mikkelsen, que saiu de Cannes 2012 vitorioso do premio de Melhor Ator, por sua performance em A Caça, está de volta a riviera frances com outro projeto na corrida pela Palma de Ouro: o épico Michael Kohlhaas, em que o atual Dr. Hannibal Lecter intepreta um vendedor de cavalos do século XVI que, injustiçado por um homem poderoso, monta um exército e planeja sua vingança. Baseado em uma novela de Heinrich von Kleist, o diretor Arnaud des Pallières conta, além de Mads, com David Kross (O Leitor), Bruno Ganz (A Queda), Dennis Lavant (Holy Motors) e Sergi Lopéz (O Labirinto do Fauno) no elenco.
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