Review: Dirty Computer (álbum e filme)

Janelle Monáe cria a obra de arte do ano com um álbum visual espetacular - e que desafia descrições.

Os 15 melhores álbuns de 2017

Drake, Lorde e Goldfrapp são apenas três dos artistas que chegaram arrasando na nossa lista.

Review: Me Chame Pelo Seu Nome

Luca Guadagnino cria o filme mais sensual (e importante) do ano.

Review: Lady Bird: A Hora de Voar

Mais uma obra-prima da roteirista mais talentosa da nossa década.

Review: Liga da Justiça

É verdade: o novo filme da DC seria melhor se não tivesse uma Warner (e um Joss Whedon) no caminho.

24 de abr. de 2011

05 bandas “indie”

especial musik (nunk excl);jpglista musik I primeira

Hoje em dia, ser indie é ser pop. Ou quase. Ao mesmo tempo que os anos 1990 revelaram o cinema independente ao mundo (em grande parte por culpa de Quentin Tarantino e Steven Soderbergh), a década que antecedeu nosso século também marcou a ascenção do underground musical para o status de mainstream do mercado. Primeiro, é claro, foi o rock. O Nirvana não era exatamente o tipo de banda que se esperava fazer sucesso mundial, mas fez. Smashing Pumpkins, Pixies, Blur… Quanto menos a música parecia fazer sentido numa parada de sucesso, mais ela parecia ficar por lá. Até que virou hábito, é claro. Hoje temos o The Killers, o Strokes, o Kooks, que não são mais considerados indie nem mesmo quando estão surgindo. Mas com o pop é outra história. Foi só nos anos 2000 que mexer com a cultura pop sem soar convencionalmente pop deixou de ser um tabu. O resultado? Bom, cinco deles estão aí embaixo, para o desfrute do leitor. Bom proveito!

indie 05 

5º lugar – One EskimO

Sim, eles são uma banda de desenho animado. Mas não embarque na onda dos únicos ingleses da nossa lista esperando o escapismo pop do Gorillaz. Na ativa desde 2004, o quarteto de músicas bem soft lançou o álbum de estréia somente em 2009, ganhando visibilidade no ano passado ao se apresentarem no programa de Ellen DeGeneres na TV americana. Visibilidade em termos, ao menos o bastante para tornar a linda “Kandi” e seu clipe “fofo” em sensação indie do momento. O álbum de estreia auto-intitulado prova que eles estão aí para ficar, e a série animada que se atrela a cada uma das canções, contando uma história, é uma delícia de se acompanhar.

Indie de coração: “You have been my queen for longer than you know/ My love for you has been/ Every step I take/ Everyday I live/ Everything I see” (Kandi)

indie 04

  4º lugar – Hockey

Eles foram comparados aos Strokes, ao Arctic Monkeys, ao LCD Soundsystem. Mas, hoje em dia, quem não é? Ouvir o primeiro álbum dos americanos de Oregon, intitulado Mind Chaos, é tirar a prova de que o Hockey é uma banda com personalidade própria e até mais intrincada no espírito indie do que os atos aos quais foram equiparados. O single “Too Fake” não subiu nas paradas, mas fez barulho entre os especialistas, que em 2009, ano do lançamento do álbum de estreia, elegeram os rapazes do Hockey entre os “50 artistas emergentes” do ano. Desde então, a banda perdeu um integrante e não deu nem pista de um novo álbum. É esperar para ver.

 Indie de coração: “Look out!/ I’m just too fake for the world/ I know it’s just a game to me/ I’m just too fake, you see?/ I wish I didn’t have to be” (Too Fake)

3º lugar – OK GO

O nome pode não ser familiar, mas esse vídeo é. Em meados de 2006, o  clipe simples, engenhoso e bem-ensaiado de “Here it Goes Again”, o segundo single do segundo álbum da banda indie-rock de Chicago, Oh No, virou mania global. E deu uma boa impulsionada nas vendas do grupo, ainda que poucas canções fossem tão acessíveis quanto a que embalou a dança das esteiras. De uma forma ou de outra, a banda é um one-hit wonder que continua produzindo música indie, e em abundância. Ainda que irregular, o último álbum, Of The Blue Color of The Sky saiu no ano passado. E dele foi tirada "This Too Shall Pass", dona de mais um clipe divertidíssimo dos roqueiros.

Indie de coração: “You can’t stop these kids from dancin’/ Why would you want to? (…) Let it go, this too shall pass” (This Too Shall Pass)

indie 03

2º lugar – She & Him

Ela é provavelmente a mulher mais adorável do showbusiness moderno. Ele é cantor, produtor, intrumentista e compositor, um dos nomes mais proeminentes do folk em atividade. M. Ward e Zooey Deschanel são uma dupla e tanto nos dois “Volumes” do She & Him, o projeto indie mais comentado do momento. Repletos de canções de clima antiquado que casam perfeitamente com a voz doce e cristalina de Zooey, mais as letras adoravelmente romântico-melancólicas, o Volume One e o Volume Two do She & Him são álbuns deliciosos de se ouvir, a encarnação indie perfeita da contradição característica do pop de hoje, entre o moderno e o analógico.

Indie de coração: “Oh, you treat me badly/ I love you madly/ You really got a hold on me” (You Really Got a Hold on Me)

postal

1º lugar – The Postal Service

Vocalista e guitarrista da igualmente indie Death Cab for Cutie, Ben Gibbard proveu os vocais para canções do artista de música eletrônica Dntel, pseudônimo de Jimmy Scott Tamborello, em 2001. Era o destino agindo a favor da música. E foi preciso só um álbum, o Give Up de 2003, para o projeto conjunto dos dois, o Postal Service, se tornar a grande sensação indie do nosso século e fazer a cabeça dos jovens ianques com temas românticos e combinação perfeita entre a alma calorosa do indie e o som artificial da eletrônica. O single “Such Great Heights” foi agraciado com uma dezena de covers e, recentemente, listado entre as canções emblemáticas do nosso século.

Indie de coração: “I want so badly to believe that there’s truth, that love is real/ And I want life in every word to the extent that it’s absurd” (Clark Gable)

indie 06indie 07

Ooh, I’ll be the one who’ll break my heart/ I’ll be the one to hope come/ I love you more/ I love you more/ I don’t know what I knew before/ But now I know I want to win the war

(Feist em “I Feel It All”)

I’ll watch the night turn light blue/ But it’s not the same without you/ Because it takes two to whisper quietly/ The silence isn’t so bad/ ‘Till I look at my hands and feel sad/ ‘Cause the spaces between my fingers are right where yours fit perfectly”

(Owl City em “Vanilla Twilight”)

22 de abr. de 2011

Simplesmente Complicado (It’s Complicated, 2009)

critica (nunk excl)ITC_31_5_Promo_4C_4F

O rótulo mais comum que se dá ao tipo de comédia romântica que a americana Nancy Meyers costuma fazer é “adulta”. Desde que Alguém Tem que Ceder colocou os veteranos Jack Nicholson e Diane Keaton num triângulo amoroso completado pela jovem Amanda Peet, Meyers foi aclamada como uma escritora e diretora que produzia filmes engraçados, mas “maduros e realistas”, que “abordavam temas incomuns ao gênero” com “elegância de diretor experiente e detalhista”. A trama de idas e vindas de O Amor Não Tira Férias, ainda que nem tão bem-sucedida, só veio para confirmar boa parte dessa definição. Acontece que, caso você não tenha percebido, caro leitor, é meu dever lhe informar que todo tipo de rótulo é, essencialmente, burro (ainda que ferramenta de trabalho vital para esse escriba que vos fala), e a razão para isso é simples: apesar de Meyers provar que tem uma produção de “maturidade” acima da média para seu gênero nesse divertido Simplesmente Complicado, não é preciso, de forma alguma, ter mais de 30 anos para gostar do cinema supostamente “adulto” da diretora. Basta estar, só um pouquinho, disposto a pensar.

E o público adolescente de hoje tem provado que não gosta de fazer isso em uma sala de cinema. Com comédia babacas aportando a cada mês nos cinemas Brasil e mundo afora, é difícil conseguir achar um lugar onde Simplesmente Complicado se encaixa. Só para começar, é uma comédia romântica que arranha nas duas horas, não teme em tomar seu tempo para desenvolver a trama (e, ainda assim, é extremamente recompensadora para aqueles com um pouco de paciência), e ainda tem a coragem de não terminar como um conto de fadas. O motivo? Não seria honesto com a trama. Jane Adler (Meryl Streep) não é uma princesa púdica, e seu ex-marido Jake (Alec Baldwin), também não faz o tipo galante comum. Aliás, ao contrário: são pessoas de verdade, a matriarca dedicada (que deixou a própria vida para trás) e o canalha adorável (que casou-se com uma mulher mais jovem), assim como Adam (Steve Martin), o arquiteto encantador e educado que surge para Jane ao mesmo tempo em que esta engata um “affair” com o ex-cônjuge.

A situação rende momentos para lá de engraçados, que exploram um elenco fora de série liderado por três nomes de peso. Seria injusto com sua primazia dizer que não cabem mais comentários a Meryl Streep. Os pequenos gestos, as expressões faciais e a linguagem corporal que ela compõe para Jane é o que mantem o filme fresco e coeso na mente do espectador. Sua atuação é de um oportunismo cômico evidente nos momentos engraçados, e de uma sinceridade comovente quando precisa mostrar a personagem pelo que ela é. Baldwin, no entanto, não fica atrás, criando uma química maravilhosa com a parceira de cena e se tornando responsável pelo charme gaiato, pela leveza constante que permeia o filme de Meyers. Como tudo na composição da diretora, ele é elemento fundamental para a junção de partes do filme. Martin, por sua vez, é seu elemento-surpresa, arquivando uma atuação compenetrada, sincera e doce, que nunca resvala na caricatura e, quando precisa enveredar por caminhos cômicos, preenche a tela com intensidade fascinante. Do elenco ainda dá para destacar um engraçadíssimo John Krasinski, mostrando-se dono de timing cômico excepcional e ficando responsável por alguns dos momentos mais hilários do filme.

Todos são elementos fundamentais na composição do produto que nos aparece na tela. É difícil imaginar Simplesmente Complicado sem o elenco que tem, sem a ambientação leve e elegante que Meyers impõe, sem as sacadas de roteiro espertíssimas, os momentos emocionais dosados na hora certa, as gags que nunca caem no clichê e a interação trabalhada com cuidado entre personagens encantadores, que ficam com o espectador por um bom tempo. Meyers e seu detalhismo perto da obsessão passam longe de tirar do filme sua leveza e seu divertimento, apenas acresentando uma densidade quase inédita no gênero ao cenário e ao mundo pelo qual os personagens desfilam com suave elegância. A câmera, a cenografia, a fotografia, nada entra na frente dos atores ou da trama. Simplesmente Complicado é um filme conduzido com a inteligência que tem faltado em quase todos os gêneros da produção americana. Uma dosagem nunca fria, nunca distante, mas certeiramente planejada de elementos que ajudam a contar uma história. Simples, não?

Ao menos é o que Meyers deixa transparecer. Com ela, produzir filmes soa como uma tarefa fácil, que se reflete na tela com um planejamento enérgico e divertido. Filmes como Simplesmente Complicado fazem do cinema um ato tão natural quanto respirar. E ainda te fazem querer, de verdade, estar em um set de filmagens. Definitivamente, não há idades para esse encantamento.

Nota: 8,5

(L to R) Gabby (ZOE KAZAN), Jane (MERYL STREEP), Adam (STEVE MARTIN), Lauren (CAITLIN FITZGERALD) and Luke (HUNTER PARRISH) in the new film from writer/director/producer Nancy Meyers, ?It?s Complicated?, a comedy about love, divorce and everything in between. complicado 3

Simplesmente Complicado (It’s Complicated, EUA, 2009)

Uma produção da Universal Pictures/Relativity Media…

Dirigido e escrito por Nancy Meyers…

Estrelando Meryl Streep, Steve Martin, Alec Baldwin, John Krasinski, Lake Bell…

120 minutos

18 de abr. de 2011

JOGO RÁPIDO: Minhas Mães e Meu Pai + Direito de Amar

critica (nunk excl)jogo minhas maes

Minhas Mães e Meu Pai (The Kids Are Alright, EUA, 2010)

Uma produção da Focus Features/Gilbert Films/Antidote Films…

Dirigido por Lisa Cholodenko…

Escrito por Lisa Cholodenko…

Estrelando Julianne Moore, Annette Bening, Mark Ruffalo, Mia Masikowska, Josh Hutcherson, Yaya DaCosta, Eddie Hassell…

106 minutos

Eu não sou o seu típico crítico de cinema. Não gosto de avaliar filmes apenas com um ponto de vista objetivo e técnico, não gosto de ficar procurando peças a serem pregadas e hipocrisias na mensagem de cada filme. Porque, antes de crítico, sou espectador. E, como espectador, o que eu quero é sentir os arrepios na espinha de um filme romântico, é viver o sorriso bobo de um final feliz ou as lágrimas profusas de uma tragédia. Avaliar filmes friamente é como viver sem a emoção de um amor que seja, só porque sabemos que ele pode nos iludir no fim das contas: não tem graça. E porque eu estou falando isso, aqui? Porque Minhas Mães e Meu Pai pode ter a velha mensagem do “o amor vence qualquer barreira”, batida num contexto ligeiramente realista que lembra um filtro de realidade comédia romântica (mesmo que deixe muito mais realidade passar por ele), mas é um filme executado perfeitamente, que esquenta corações, abre mentes e impressiona os olhos mais treinados, senão por mais, ao menos pela atuação do quarteto principal.

Julianne Moore é puro instinto e irresistível grosseria como Jules, que forma par com a cínica e pragmática Nic de Annette Bening, em uma atuação concentrada que emociona e se faz digna da nomeação para o Oscar, em um casal de lésbicas que criou dois filhos concebidos por inseminação artificial. Josh Hutcerson é o garoto Laser, e prova estar passando por aquela fase de maturação dos atores-mirins promissores. Apesar de um caminho ainda a percorrer, Hutcherson tem talento o bastante para chegar lá. Mia Masikowska, por outro lado, é pura doçura, concentração e beleza como Joni, talvez a personagem mais complexa, interessante e adorável de todo o filme. Fecha o quarteto Mark Ruffalo, com seu jeito eficientemente minimalista de sempre, que traz a discórida a harmoniosa família como Paul, o “pai” dos dois adolescentes, com o qual Laser e Joni entram em contato. O roteiro não é o mais sólido do mundo, mas a direção é delicada e o filme é capaz de provocar aquele arrepio meio libertador, de preconceitos e barreiras emocionais.

Nota: 8,0

jogo minhas maes 3

Direito de Amar (A Single Man, EUA, 2009)

Uma produção da Artina Films/Depht of Field/Fade to Black Productions…

Dirigido por Tom Ford…

Escrito por Tom Ford, David Scearce, baseados na novela de Christopher Isherwood…

Estrelando Colin Firth, Julianne Moore, Nicholas Hoult, Matthew Goode…

99 minutos

Vamos tirar uma coisa do caminho? Direito de Amar é o filme de estreia, em direção e roteiro, do medalhão da moda americana Tom Ford. Então, não coloque o filme para rodar esperando nada, visualmente, além de elegância a toda prova, bom-gosto exemplar na forma de lidar com o figurino e uma ambientação por vezes tão asséptica que chega a ser um exagero. Não negando os méritos incríveis de ambientação e adaptação que Ford tem para com a novela de Christopher Isherwood sobre um professor gay na Los Angeles de 1960 que acaba de perder o companheiro de anos a fio, tendo que lidar com a melhor amiga fracassada que sempre teve uma queda por ele e com o aluno insinuante que parece, digamos assim, interessado. O roteiro de Ford e do também estreante David Scearce lida com tudo isso de forma muito particular, episódica e delicada, usando bem dos méritos da novela, inclusive das narrações no começo e no final, para criar um filme que é mais que uma boa adaptação.

Mas é impossível negar, ao mesmo tempo, que Direito de Amar não seria nada sem Colin Firth. Seu protagonista é um turbilhão de emoções a todo o momento, e é incrível observar como Firth lida com isso a sua maneira particular de atuar, com extrema discrição, excelência e detalhismo. Ao mesmo tempo, essa contenção absurda de Firth, que fez tanto bem ao personagem, poderia ser um ponto contra para o filme, se aliada a frieza da direção e fotografia (ambas belíssimas, porém mais distantes do que deveriam do espectador). Isso, claro, se não houvesse Julianne Moore para equilibrar a equação, em uma atuação que inclusive supera sua festejada aparição em Minhas Mães e Meu Pai, um ano depois. Aqui, Moore é calorosa, decadente, sedutora, encantadora e complexa, tudo ao mesmo tempo e em alguns poucos frames, conseguindo manter-se no nível de Colin o tempo todo, e ao mesmo tempo completando-o intensamente. É a química de um casal que era para ser, mas não foi, da história, se transferindo para as atuações. E é o detalhezinho mais encantador, e mais humano de toda a equação limpíssima (limpa demais) de Direito de Amar.

Nota: 7,0

jogo minhas maes 2 jogo minhas maes 4

Umas poucas vezes na minha vida eu tive momentos de pura clareza, quando por uns breves segundos o silêncio supera o barulho e eu posso sentir ao invés de pensar, e as coisas parecem tão perfeitas e o mundo parece tão novo. Eu nunca consigo fazer esses momentos durar. Eu me seguro a eles, mas como todo o resto, eles simplesmente desaparecem. Eu vivi minha vida nesses momentos. Eles me trazem de volta ao presente, e eu percebo que tudo está exatamente como deveria estar.”

(George – Colin Firth – em “Direito de Amar”)

13 de abr. de 2011

Wild Fashion #2 – Exagero chique

variedades (nunc excl)gabi

Hey fashion babys, como vão vocês?

Eu estou aqui pela segunda vez, lembrando que amei os comentários de vocês na minha coluna de estreia, hein? Continuem assim.

Bom, hoje vou começar a falar um pouquinho sobre as tendências que vão ARRASAR  no inverno, e olha que estou sendo modesta quando digo que vão apenas arrasar! Hahaha!

O inverno de 2011 promete ser cheio de velhas-novas, sim.  Sabe aquelas botas que, na verdade, lembram coturnos que foram muito usadas nos anos 1999/2000? Então podem começar a limpá-las e colocar no sol, porque elas estarão SUPER IN nesse inverno.

As cores nude, e os tons de marrom (SAGRADOS em todo bom e clássico inverno) também voltam com tudo, dando uma leveza e ar de “romantismo” a esse inverno. O glamour fica por conta das estampas ( que é o foco de hoje ).

O inverno geralmente é caracterizado por cores bem leves e monocromáticas, mas em 2011 isso vai mudar. Esse ano está carregadissimo de uma estampa que na minha opinião é a mais mimada e relembrada no “túnel da moda”, a famosa ONCINHA.

Nesse inverno ela vem com TUDO e em TUDO. Hahaha. Desde nos acessórios que mesclam muito bem com os tons de marrom e nude tão tipicos do inverno, até nos casacos mais carregados que explodem de GLAMOUR.

As coleções de todos os estilistas desse ano estão carregadas na oncinha, em qualquer peça que seja, e isso inclui os sapatos, que não deixam NADA a desejar.

Geralmente as peças de oncinha são encontradas em grande grifes, mas esse ano as grandes lojas de departamento também apostaram na “alta costura”. Renner, Riachuelo e C&A estão com peças MARAVILHOSAS, vale a pena conferir . Afinal, a gente consegue andar na moda a preços mais acessiveis, né?

Mas pra garantir um armário de ARRASAR nesse inverno, não pense em dispensar a oncinha.  Ela será a responsável por todo charme desse inverno 2011.

Então é isso fashion babys, beijos pintadiinhos pra vocês e até mês que vem .

boascompras15casaco-onca

Rawr! [educados(as) respondem nos comentários]

8 de abr. de 2011

Lucas, Meu Irmão, por Vinícius “V” Cortez

Conto (nunk excl) lucas v 1

Uma vez ele acordou de um pesadelo chorando, nunca vou esquecer. Eu estava do lado dele. A aula parou, todos assistiram ele catar uma lágrima que tinha descido até a ponta do queixo. A sala inteira ficou calada depois que ele correu para fora e deixou a porta do corredor entreaberta.

Essa foi a primeira lembrança que chegou quando nos contaram o que tinha acontecido. Foi a primeira, e foi a mais forte, como se vê ando com ela até agora. Não consigo esquecer o olhar da professora, o olhar de Você, só você sabe o que aconteceu; você deixou acontecer, é sua culpa, sua e de ninguém mais. Tudo culpa sua.

A professora gostava do Lucas, mais do que de mim, apesar das notas baixas dele. Acho que, quando a notícia chegou na escola, ela começou a me odiar. Em segredo e com força. Mas ela não era uma mulher cruel. Como minha mãe também não era. Mas às vezes eu confundia o jeito como as duas me olhavam. Um dia eu chamei a professora de mãe sem querer, e todos riram. Menos ela. Nem ela nem minha mãe sorriram para mim de novo, mesmo quando sorriam. Deve ser difícil ver na sua frente alguém com o mesmo rosto de uma pessoa que já morreu.

Como quando eu me olho no espelho e vejo o Lucas em mim, e recordo pela milésima vez aquele dia estúpido, eu saindo pela porta da casa do meu pai, mais cedo do que de costume, porque queria estudar. Sempre concluo que, se eu tivesse sido mais como o Lucas era e não tivesse ido estudar, ele não teria ficado sozinho naquele salão de pedra gelado e ainda estaria aqui com a gente. Se. Só se.

Essa sempre foi a coisa mais dolorida sobre o meu irmão: poder imaginar com detalhes ele sentado no chão, ninguém olhando para ele, só as paredes ao redor, caladas, e o rosto dele, o rosto dele que era igual ao meu, que era exatamente igual ao meu, tremendo de medo e de coragem ao mesmo tempo. Como se eu conseguisse me sentir lá, como se, por acaso, minha mãe tivesse se confundido e tivesse dito ‘Vem, Lucas, vem comigo, o João hoje vai ficar com seu pai’. E eu que tivesse ficado sozinho. Seria tudo diferente. Mais foi o Lucas que ficou. Sentado sozinho no salão, tão longe de casa. As pessoas iam procurar por ele e só iam encontrar depois de ouvir o tiro. Um tiro só.

Eu e o Lucas nunca fomos tão gêmeos como quando ligaram lá para casa, porque eu entendi exatamente o que tinha acontecido. Minha mãe apertou os olhos e tirou uma mecha de cabelo da testa, exatamente como fazia quando chorava no final de um filme triste. Depois colocou o telefone no gancho e além de gêmeo eu me senti a pessoa mais sozinha do mundo, porque ela apanhou as chaves do carro da tigela na cômoda e me disse para ir com ela, mas num instante, num instante só, entre o gesto de Venha e o girar da maçaneta da sala, ela me olhou sentado no chão e percebi que ela ia me odiar pra sempre.

No caminho para o hospital, eu me lembro que chovia. E no reflexo baço dos vidros o rosto da minha mãe era tudo o que eu via, suas sobrancelhas apertando um traço de angústia que não sairia dali no dia seguinte, nem no outro dia seguinte, nem dali a um mês, nem nunca. Sem falar nada, me preparava a todo momento para escutar um Veja só o que você fez. E me escondia na minha memória abarrotada de todas as coisas que o Lucas dizia, mas que afinal eram, como fui pensar depois, sinais, talvez pedidos de socorro. Talvez estejam todos certos. Talvez gêmeo tenha mesmo que saber das coisas.

Só eu podia repetir as frases que ele dizia quando assistíamos TV juntos e que eu sempre achava que vinham direto da pilha de quadrinhos que ele vivia lendo. Me veio uma à cabeça, agora: “Sorte ou morte”, ele disse uma vez, enquanto na tela um vilão girava o tambor de um revólver, “Ninguém perde duas vezes no jogo do Rei”. Que idiota, eu pensei na hora. Que idiota, penso agora.

Ninguém senão eu podia repetir uma frase dessas, porque só eu escutei, como só eu consigo imaginar e ao mesmo tempo ser o Lucas sozinho no salão de pedra. Olhando no espelho eu consigo imaginar ele afastando o cabelo com o cano frio .32 do meu pai. Na época ele usava o cabelo comprido, emaranhado, acho que pra ficar diferente de mim. Mas ele já era diferente de mim. Ele sempre foi diferente de mim.

Eu demorei dez anos a mais para encontrar o revólver do meu pai.

lucas v 2 lucas v 3

https://vcortez.wordpress.com

“Lost ‘till you’re found/ Swim ‘till you drown/ Know that we all fall down/ Love ‘till you hate/ Jump ‘till you break/ Know that we all fall down”

(OneRepublic – All Fall Down)

4 de abr. de 2011

Esperança, por Caio Coletti

reflexão (nunk excruir)esperança 1

Não me peça para explicar. Mas certos dias são simplesmente a epítome do que pode acontecer de certo na nossa vida. Certos dias são luminosos, e iluminam as pessoas que escolhem vivê-lo da forma como sabem. Certos dias brilham entre os outros, com a intensidade de uma pedra preciosa entre grãos de areia. Em certos dias, a rotina é o bastante para me fazer abrir o mais largo dos sorrisos, nenhum problema de complicações eternas, nenhuma conta gigantesca, é capaz de me derrubar. Em certos dias, eu posso ser tudo, estar com todos, amar ao mundo todo, sem decepcionar a ninguém e sem me preocupar com nada.

De novo, não me pergunte por quê. Alguma luz, alguma dádiva, algum momento em que Deus olhou aqui para baixo e viu algo de certo, resolvendo conceder-nos um dia mais iluminado do que qualquer outro antes dele. Resolveu nos presentear com novas possibilidades, mas também gerar a dádiva de nos deixar em paz com tudo o que já está estabelecido na nossa vida. Resolveu nos dar o equilíbrio para viver na corda bamba, olhar para baixo e sorrir, porque sabemos que, ao menos hoje, não corremos perigo de cair. Hoje a bandeira é branca. Hoje é junção de ideais. Hoje é dia de sermos todos um, como se vivêssemos, de fato, em nossa própria utopia.

E quem é capaz de me contrariar? Posso estar vendo em lentes amarelas, luminosas, ou posso simplesmente estar vendo bem pela primeira vez na minha vida. Só sei que amo. De forma mais intensa do que jamais pude imaginar, e amo coisas e pessoas as quais nunca pensei me apegar. Só sei que cada Sol é uma surpresa, e cada dia é uma vida inteira. Pois se minha vida for um pedacinho, um mero pedacinho, do que foi hoje, posso descansar em paz, orgulhoso de mim mesmo. Porque hoje fui tudo o que posso, quero, e preciso ser. E da melhor forma que sei ser. Não é o bastante?

Talvez amanhã não seja. Mas hoje é. E posso aproveitar cada segundo como se fosse o último, e entender que o que vejo aqui, agora e, ainda mais importante, dentro de mim, é eterno, ao mesmo tempo que é fugaz. Uma oposição que é um milagre apenas por funcionar. Quer somos nós para não ter esperança? Tudo podemos. Exatamente como somos.

esperança 2esperança 3

Mas há algum tipo de coisa maior que todos podemos apreciar, e soa para mim que você não se importa de chamá-la de Deus. Mas quando você perdoa, você ama. E quando você ama, a luz de Deus brilha através de você”

(Ron Franz – Hal Holbrook, em “Na Natureza Selvagem”)

1 de abr. de 2011

Entrevista Especial – Evlin Marcondes

especial musik (nunk excl);jpgevlin 2

Esqueça os preconceitos por um momento. Apesar de muita gente chiar para o apresentador, para o programa ou para qualquer coisa (cada um com sua opinião, devido respeito a ela dado), nos últimos tempos o Programa Raul Gil, levado ao ar pelo SBT aos sábados, tem revelado novos artistas notáveis e promissores no seu quadro Jovens Talentos, cujo horário varia entre as 16h e as 17h, estendendo-se quase sempre por uma hora e meia ou mais. Acontece que, num Brasil onde a única outra proposta similar (o Ídolos da Rede Record) prende seus pupilos ao repertório nacional e a uma certa corrente temática, além de deixar a decisão nas mãos do público nem sempre bem informado, o Jovens Talentos começa acertando ao não restringir os candidatos, dando-lhes a oportunidade de mostrar, além do potencial vocal, seu estilo, gosto musical e vigor artístico. E, claro, as decisões são todas gerenciadas pelo júri composto de músicos de verdade.

Uma das grandes (e, se você me perguntar, “a grande”) revelações do quadro foi Evlin Marcondes, a mato-grossense de Alta Floresta, 19 anos, elegância sem igual e voz maravilhosa. Cursante de Jornalismo na UFMT, ela chegou ao programa em 22 de Janeiro, e conquistou os jurados com a presença carismática e uma bela interpretação de “Will You Be There”, do seu ídolo Michael Jackson. Desde então, passaram por suas mãos músicas de Christina Aguilera (“You Lost Me”), Miley Cyrus (“The Climb”), e outra do rei do pop, “Man In The Mirror”, que fechou sua escalada de quatro programas para a semifinal. Agora é esperar que Evlin abrilhante uma fase final já faiscante. Por enquanto, fiquemos com a enorme honra de ter ela por aqui, n’O Anagrama.

Em suas próprias palavras, uma das minhas musas, Evlin Tainara Neves Marcondes.

Parte Um: As Letras…

Uma palavra: Consideração.

Uma música: Há de Ser – Jorge Vercillo.        Um filme: “Pearl Harbor” (Pearl Harbor, 2001).

Um livro: A Cidade do Sol, de Khaled Hosseini.

Um exemplo de vida: Meu pai.                             Um exemplo de técnica vocal: Mariah Carey.

Um exemplo de vida dedicada a arte: Michael Jackson.

Dia ou noite? Noite.                Inverno ou verão? Verão.                        Pop ou rock? Rock.

Twitter ou Orkut? Twitter.

Uma citação: “Vive em vão aquele que não ajuda ninguém”.

Ouvindo agora: Coldplay – Don’t Panic.

Parte Dois: O Anagrama…

Tirando o clichê da frente: em que momento da vida decidiu perseguir a carreira de cantora? Algum artista/álbum/música a insipirou mais definitivamente a isso?

Quando eu tinha uns 12 anos e fui descobrindo mais meu gosto musical, muitos artistas me inspiraram, mas a primeira mesmo foi a Alanis Morissette.

Antes de ser chamada para o Programa Raul Gil, que tipo de coisa você fazia para divulgar-se? Qual é o papel da Internet, hoje em dia, nesse processo?

Olha, eu meio que não me divulgava. Morava em uma cidade minúscula e lá eu participava de um grupo de teatro e sempre me apresentava cantando. Na Internet eu tinha 2 vídeos, no máximo! Acredito que tudo o que conta na Internet são os números. É a quantidade de pessoas que acessam os vídeos e vão repassando… isso pode ser vantajoso ou não, porque a maioria das pessoas que têm tempo para ficar em casa vendo e mandando vídeos são pré-adolescentes, e pré-adolescentes não estão nem aí pra quem tem talento ou pode ser um artista de verdade, na maior parte das vezes eles gostam de muita porcaria, como as que temos hoje fazendo sucesso! Tem muita gente de talento que sai da Internet, mas a maioria é modinha, daqui a 10 anos ninguém vai se lembrar deles.

Você é fã do Michael Jackson. Acha que algum(a) artista pop da atualidade tem o talento e a capacidade de preencher ao menos parte da ausência do rei do pop depois de sua morte?

Os artistas pop atualmente parecem-se com ratinhos de laboratório, todos iguais, robotizados, seguindo a mesma linha, vestindo as mesmas roupas, usando excesso de auto-tune no estúdio, usando roupinhas curtas, composições vazias! Nessa área raramente existe O ARTISTA, aquele que tem a liberdade de escrever o que quer, que tem o controle, que faz as coisas do seu jeito. É como se os cantores pensassem: “se a produção achar que vende está bom, o importante é aparecer e ‘estar na mídia’”, e a música boa vai ficando de lado. Padronizaram o pop de um jeito que ficou ridículo! O Michael não era nem pop, era multi-musical, ele era tão bom que tudo o que fazia ficava popular, por isso o título de “Rei do Pop”. Mas ele era produtor, diretor, figurinista, compositor, coreógrafo e um monte de outras coisas ao mesmo tempo. Isso sim é artista de verdade pra mim, e pra alguém chegar a fazer ao menos metade do que ele fazia, quem sabe em outra vida?

Pra quê gostaria de ter mais tempo? E o que passa tempo demais fazendo?

Eu gostaria de ter mais tempo para ler, assistir mais filmes e séries, ir mais à praia, ver e dar atenção a mais amigos, desenhar, escrever… são algumas das coisas que mais gosto de fazer, mas quando se tem obrigações o tempo fica curto demais para tudo. É aí que a rotinha fica chata.

Como você compara música nacional e internacional? E qual escuta mais?

As gravadoras dos EUA, por exemplo, são mil vezes maiores e mais potentes que as daqui, investem muito em seus artistas, mas padronizam muito, como eu disse anteriormente. Já a música nacional, usando com exemplo a MPB, que é bem característica do nosso país, é mais simples, não tem tanta tecnologia e nem arranjos tão legais como as músicas internacionais, são trabalhos “artesanais”, que eu valorizo e acho muito bonito! Sou equilibrada, ouço tanto internacional quanto nacional, pois tenho meus artistas preferidos em ambos os lados.

Sobre o Jovens Talentos: Como é o ambiente entre competidores, jurados e a produção do programa? Há liberdade total para a escolha das músicas? Quando a semifinal começa a ir ao ar? Pode adiantar alguma coisa da sua apresentação?

O ambiente lá é muito agradável, tanto que às vezes a gente até esquece que está em uma competição, porque acontece muito essa coisa da aproximação, da amizade, de torcer um pelo outro. Eu mesma, como gosto de muitos estilos diferentes do meu, sou fã de colegas meus lá que competem comigo, e eu torço por eles da mesma forma que torço por mim. No mais, somos bem tratados pela produção, jurados e o próprio Raul Gil, que tem contato direto com a gente e sempre foi muito amável. Temos a liberdade na escolha da música. A semifinal começa provavelmente em Abril. Sobre minha apresentação, eu estou tentando melhorar ao máximo possível e vou continuar cantando as coisas que eu gosto.

Acha que os artistas em geral, especialmente os da música pop, são mal-compreendidos? De que forma isso acontece e de que forma deveríamos nos condicionar para que não acontecesse?

Todo artista está sujeito a muitas críticas construtivas e também a aquelas que são só para avacalhar mesmo. Muitas pessoas que assistem os candidatos do Raul, por exemplo, acham que já nos conhecem e têm o direito de falar qualquer coisa, e aí nos fóruns e na Internet afora eles ofendem, falam mal da nossa aparência, julgam qualquer errinho, xingam, falam que não somos capazes… Mas é tanta ignorância que não dá nem para ser levada em conta, porque ninguém agrada todo mundo, sempre vai ter um idiota pra querer te derrubar, seja por inveja ou por implicância. Se todo mundo fosse depender de opinião pública ninguém fazia sucesso, porque pessoas ignorantes sempre vão existir! O que tá faltando entender é que artistas não são robôs, eles não são perfeitos e têm o direito de errar uma letra, de cair, de improvisar, sim! Isso acontece com todos os profissionais, pois antes de ser artistas são humanos!

Como se define, como artista, e que imagem/mensagem pretende passar para os seus fãs na carreira (com certeza longa e promissora) que tem pela frente?

Não me importo com fama, nem com o que é comercial, esses termos me soam muito hipócritas. O que realmente importa e estão deixando de lado, é a música boa, o conteúdo. Quero que me admirem como artista de verdade, não como “aquela que aparece mais”. Porque se formos ver, tem artistas maravilhosos, como o Djavan, o Jorge Vercillo e o Celso Fonseca  que quase nem aparecem na mídia, e nem por isso o “rock colorido” que aparece toda hora tem mais qualidade. Óbvio que não! Também quero deixar bem claro que eu sempre vou defender minhas opiniões, e não simplesmente calá-las como a maioria faz só para agradar a todo mundo, porque quem gosta da gente, gosta do jeito que somos, e não de uma coisa que não é verdadeira! Sou totalmente a favor da verdade, da humanidade, e da liberdade.

No mais só tenho a agradecer a todas as pessoas que têm me mandado recados, que curtiram meu trabalho e estão torcendo por mim. Sou muito grata e de uma certa forma apaixonada por essas pessoas, porque são parte da inspiração que tenho. Vocês, fãs (e ao mesmo tempo amigos), têm me dado uma força fora de série, e sem falar que a quantidade jamais vai importar para mim. Eu posso ter 10 fãs, e pra esses eu vou procurar dar o máximo de atenção que eu puder. Eu amo vocês, inclusive o senhor Caio Coletti, que está incluidíssimo. Vocês são demais!

Complete: “faço música porque…”

Faço música porque é amor, e ao mesmo tempo a minha fuga de qualquer tristeza ou mágoa!

ev 1evlin 3

There’s always gonna be another mountain/ I’m always gonna want to make it move/ Always gonna be an uphill battle/ Sometimes I’m gonna have to loose/ Ain’t about how fast I get there/ Ain’t about what’s waiting on the other side…

It’s the climb!”

(Evlin Marcondes em “The Climb” – música original de Miley Cyrus)