18 de mai. de 2013

Review: Doctor Who, Season Finale – The Name of the Doctor

DOCTOR WHO SERIES 7B EPISODE 5

por Andreas Lieber

ATENÇÃO: esse review contem spoilers!

Depois de muito tempo, muita especulação, teorias e spoilers – vale lembrar que o blu-ray da sétima temporada foi entregue para alguns americanos antes do tempo – o season finale da sétima temporada de Doctor Who chegou! E não é estamos desapontados, não, o que estamos mesmo é confusos. E longe de mim falar que foi um episódio ruim, foi absolutamente incrível ao rumo a que a série se propôs nessas últimas semanas. O problema é que, vendo esse finale, é impossível não lembrar de outros, em temporadas passadas, como o tristissimo “Doomsday”, da segunda, e a dupla finale da quarta temporada, “The Stolen Earth” e “Jorney’s End”, que fizeram os fãs arrancarem os cabelos e pularem das cadeiras de 5 em 5 segundos.

Em “The Name of the Doctor”, descobrimos que o grande vilão do finale é ninguém menos, ninguém mais do que a Great Intelligence, aquele mesmo alien que sussurrava “Don’t talk to them, they’re silly!” através do boneco de neve do especial de Natal do ano passado. Retornando no corpo do Dr. Simeon (Richard E. Grant), essa entidade planeja sua vingança contra o Doctor ao sussurrar nos ouvidos de Madame Vastra que o maior segredo do Doctor foi revelado. Mas engana-se quem acha que é seu nome (ufa! Até mesmo porque esse segredo já não é mais segredo há anos por motivos de: River Song! Hello, sweetie!), não, o segredo final do Doctor se chama Trenzalore, a tumba do Doctor. Seu túmulo.

No final da sexta temporada, os Silence e Dorium Maldover disseram que Trenzalore seria o lugar em que “the Eleventh would fell”, e, verdade, ele caiu. No centro de uma TARDIS moribunda está a linha temporal do Doctor, todas as suas lembraças, todas as suas encarnações, tudo o que ele é e será. Em belas luzes brancas que cospem voltas e floreios, a Great Intelligence pretende encontrar o descanço eterno e, assim, destruir tudo o que o Doctor é em seu mais íntimo ser; mudar todas as suas memórias, alterar todas as suas vitórias e azedar todas as suas amizades.

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Feito isso, sobra um Doctor frio e perdido, uma Jenny morta (pela segunda vez no episódio), um Strax honrando sua raça ao tentar matar Madame Vastra e um mundo em que constelações e planetas somem com o piscar dos olhos. Mas, acima de tudo isso, sobra Clara, the impossible girl, com sua resposta. Vendo, desde o começo do episódio ninguém menos que a própria Dra. River Song, Clara descobre sobre a esposa falecida do Doctor, que aparece nesse episódio apenas como um holograma de sua memória no mundo biblioteca – lembrando que vimos a morte de River ainda na quarta temporada, no “Forest of the Dead”.

Estávamos com saudades da maravilhosa Alex Kingston interpretando a não menos maravilhosa River Song, mas não sei como me sinto – como nos sentimos, como fãs – ao vê-la apenas como um memória e com um discurso final que pode indicar que nunca mais a veremos na série. Ou não, nunca se sabe nada quando o assunto é Steven Moffat. Com isso, vemos a nossa explicação, assim como Clara a vê, do porquê ela nasceu para salvar o Doctor: naquele momento, ela, e ninguém mais, entra também na própria linha temporal do Doctor, restaurando as memórias, vitórias e amizades do último Gallifreyan. A própria Clara, nossa Clara, do presente, se ramificou como a governanta vitoriana e como a astronauta futurista presa no asilo dos Daleks para salvar seu Doctor.

Com isso, Jenny e Strax revivem, River esvai-se (goodbye, Sweetie!) e Clara fica presa no âmago do Doctor, vendo suas antigas personas em um mundo esfumaçado e embaçado, até que o próprio Eleventh entra para salvá-la. Mas há mais alguém lá, alguém que será, e não que já foi. Enquanto o episódio termina com Matt Smith segurando sua companion Jenna-Louise desmaiada, vemos a sombra virar-se na forma de John Hurt (nomeado ao Oscar por Elephant Man) e uma legenda aparecer ao lado: “Introducing: John Hurt as The Doctor”. No que isso vai dar, no entanto, só descobriremos no especial de 50 anos da série, em Novembro. So much for a finale!

5/5(****)

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Próximo Doctor Who: Especial de 50 anos da série (sem nome ainda), 23/11

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