por Andreas Lieber
ATENÇÃO: esse review contem spoilers!
Quando a gente vai suspeitando que Da Vinci’s Demons já havia atingido a cota de histórias um tanto quanto não verossímeis – uma descoberta das terras do Oeste e possível feat. com Cabral, aliança entre Medici e a União Ibérica, representada por Fernando de Aragão e Isabel de Castela – a série nos mostra que não, está longe de. Em “The Devil”, sexto episódio de Da Vinci’s Demons, nós somos apresentados a um parente bem próximo do próprio diabo, como o pintam: Vlad III, o Impalador da Valáquia. Pois é, isso, mesmo, a origem do Conde Drácula em carne e osso (mas sem alma, nada de alma pro Vlad).
Se de um lado temos Lorenzo fazendo alianças com o Conde de Urbino para proteger Florença, do outro vemos Lucrezia em Roma contando isso pessoalmente ao Papa, que se enfurece e, proporcionando uma das cenas mais engraçadas e clássicas da série até agora, esmurra Riario diversas vezes enquanto grita: “Kiss this ring!”. Embora de importância estratégia para a série, esses plots são subjugados por Da Vinci indo para a Valáquia atrás do cartógrafo responsável pelo mapa que o levará ao Book of Leaves. Ao chegar lá, quem mais ele encontra se não o próprio Vlad III, famoso por seu sadismo e fervoroso guerreiro contra o Império Otomano.
A partir desse momento, é como se entrássemos em um mundo diferente, um castelo medieval do vampiro mais famoso da história em um estranho crossover com o gênio Leonardo. Desde a aparência sinistra e demoniaca de Vlad (uma ótima, ótima, atuação de Paul Rhys), passando pelo clima de mistério e opressão do castelo, com seus esqueletos, ossos e recantos obscuros, “The Devil” vai se construindo em cima de histórias como a do anfitrião sinistro, que afirma ter vendido a alma à Lucifer, e de, talvez, a engenhoca mais inteligente da série até agora: um globo de lanças à la Jogos Mortais que prende em seu interior o próprio homem que Da Vinci procura.
Como toda boa história de vampiro (opa, pera!), temos os mocinhos em caminhadas sinistras pelo castelo e uma aparição ainda mais sinistra de Vlad, que mostra que altura, estacas, fogo e uma cruz não são capazes de matá-lo. Mesmo. Bem sucedido em salvar o cartógrafo de sua prisão, mas incapaz de mantê-lo vivo, Leonardo descobre nas cenas finais (em um cenário meio “estamos a caminho de Mordor”) que sua mãe ainda está viva e é a portadora do Book of Leaves. Em diálogos perdidos pelo episódio, como “It’s not where, but when” e “You have already made the decision, you make it every time”, o roteiro de Da Vinci’s Demons nos aponta para uma provável direção em que viagem no tempo será uma possibilidade.
Em outras notícias, vemos em “The Devil” mais uma vez o quão esperta Clarice pode ser e uma ótima prova de como um bom roteiro salva um personagem, vide Giuliano. E falando em Giuliano… será que um ship estpa se formando entre ele e Vanessa? Para fechar um importante episódio quanto a notícias sussurradas, temos um Riario extrapolando na vontade própria e ordenando a morte de Lucrezia escondido do Papa. O único problema é que ela não parece uma moça que se deixa enganar facilmente, como já vimos.
5/5(*****)
Próximo Da Vinci’s Demons: 01x07 – The Hierophant (24/05)
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