Review: Dirty Computer (álbum e filme)

Janelle Monáe cria a obra de arte do ano com um álbum visual espetacular - e que desafia descrições.

Os 15 melhores álbuns de 2017

Drake, Lorde e Goldfrapp são apenas três dos artistas que chegaram arrasando na nossa lista.

Review: Me Chame Pelo Seu Nome

Luca Guadagnino cria o filme mais sensual (e importante) do ano.

Review: Lady Bird: A Hora de Voar

Mais uma obra-prima da roteirista mais talentosa da nossa década.

Review: Liga da Justiça

É verdade: o novo filme da DC seria melhor se não tivesse uma Warner (e um Joss Whedon) no caminho.

31 de mar. de 2013

Review: Cult, 01x06 – The Good Fight

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por Caio Coletti
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ATENÇÃO: esse review contem spoilers!

Uma coisa que sempre me atiçou a curiosidade para acompanhar em séries de TV é a consistência e a competência de determinados roteiristas quando navegando em determinados universos. Em certo ponto de Lost, o nome de um (ou alguns) roteiristas no comando de um episódio já era uma indicação bem forte da qualidade que se poderia esperar do mesmo. Cult está apenas começando, mas a estreia de Megan Lynn e Wade Salomon (Saving Grace) é extremamente promissora.

“The Good Fight” é um equilíbrio perfeito entre a vontade de ser cult de Cult (sem trocadilhos), a necessidade de consolidar e dar densidade a algumas storylines que estava se tornando urgente para a série, e um estudo de personagem intenso e muito interessante. O alvo da vez é a Skye de Jessica Lucas, o que é uma escolha afortunada, uma vez que a personagem é uma das mais interessantes da série e tem uma intérprete a altura do que é exigido dela nesse episódio.

A trama lida com as consequencias da droga sintética tomada por Skye no episódio anterior, o bom “The Kiss”: ela começa a ter alucinações na manhã seguinte, e acaba caindo em uma espécie de coma. Enquanto Jeff corre atrás da Detetive Sakelik (Aisha Hinds finalmente parece ter acertado o tom de ameaça da personagem) para conseguir uma amostra da droga e ajudar no tratamento de Skye, a moça se vê presa na fazenda pseudo-utópica de Billy em seu delírio de coma. Os roteiristas jogam bem com as possibilidades dessa trama, dando material o bastante para Lucas aprofundar sua personagem.

Robert Knepper faz o trabalho brilhante de sempre em parecer extremamente creepy, e Alona Tal, que se destacou no último episódio, continua no bom ritmo na pele de uma Kelly que não age como esperamos que ela agisse. Ponto também para o bom uso (ainda que breve e sempre por demais coadjuvante) de Stacey Farber como E.J. Está chegando a hora de Cult começar a selecionar as pessoas que, ao trabalharem na série, a fazem melhor. E parece que manter Megan Lynn e Wade Solomon por perto é uma boa ideia.

***** (4,5/5)

CULT

Próximo Cult: 01x07 – Suffer The Children (05/04)

30 de mar. de 2013

Review: Doctor Who, 07x07–The Bells of Saint John

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por Andreas Lieber
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ATENÇÃO: esse review contem spoilers

Doctor Who voltou! Depois do heartbreaking mid-season finale com o adeus aos Pond e dois episódios de mistério a cerca da nova companion, Clara Oswald, o último alienígena de Gallifrey volta às telas da BBC para combater ninguém mais, ninguém menos do que o próprio wi-fi. Escondido em uma caverna do século XIII, o Doctor recebe uma estranha ligação em sua Tardis de Clara Oswald com problemas na internet. Ela, obviamente, não lembra de nada de suas aventuras passadas com o Doctor, e ele só a reconhece quando ela sussurra "Run, you clever boy. And remember.”.

Acontece que a partir daí é só downhill, ou uphill (já que o Doctor dá uma de Ethan Hunt e sobe um prédio na vertical… de moto!), e descobrimos que um alienígena não identificado está controlando uma parcela da população para que um programa que hackeia as pessoas e as jogam em um sistema online através do wi-fi consuma suas mentes, o que é justamente o que acontece com Clara. Enquanto o Doctor tenta restaurar sua mente, a nova companion acaba por se tornar um gênio da computação e é ela, dessa vez, que faz grande parte do trabalho na salvação mundial.

Em um episódio repleto de referências à temporadas e Doctors passados, como quando Clara vê um livro escrito por Amelia Williams (we miss you already, Amy!) e pergunta ao garoto em que capítulo ele está, recebendo como resposta um “Dez”, ri e diz “Eleven is the best! You’ll cry your eyes out!”, conseguimos matar a saudade do Doctor e suas aventuras loucas pela Terra. Mostrando um décimo primeiro Doctor bem mais tranquilo e menos carregado pelo afastamento/morte de seus companions anteriores, Matt Smith se despede do papel nessa temporada, embora torçamos para que Jenna-Louise Coleman continue, sua personagem (a terceira das Claras) foi tão cativante e impressionante quanto sua atuação brilhantemente charmosa.

Algumas coisas pareceram discrepantes com a personalidade do Doctor, como estacionar a Tardis em uma praça movimentada em pleno centro de Londres durante o dia e seu aparentemente rápido esquecimento dos Pond, mas isso pode ser explicado pela urgência em salvar o mundo e pela sua fascinação com essa companion que ele já conheceu em três timelines diferentes. O retorno da série mostrou que algo especial e mágico está guardado para o final, e que Matt fará uma saída triunfante. E em uma sidenote: David Tennant (10º Doctor) e Billie Piper (Rose) foram confirmados para o especial de 50 anos de Doctor Who (yay? YAY!).

4,5/5(*****)

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Próximo Doctor Who: 08x07 - The Rings of Akhaten (06/04)

Review: Glee, 04x17 – Guilty Pleasures

GLEE: L-R: Alex Newell, Becca Tobin, Jenna Ushkowitz, Heather Morris and Melissa Benoist perform in the "Guilty Pleasures" episode of GLEE airing Thursday, March 21 (9:00-10:00 PM ET/PT) on FOX. ©2013 Fox Broadcasting Co. CR: Jennifer Clasen/FOX

por Amanda Prates
(Twitter - O Que Vi Por Aí)

ATENÇÃO: esse review contem spoilers!

Qual seu guilty pleasure? Certamente muita gente vai responder Glee, após o episódio da semana passada, que seguiu os mesmos caminhos dos últimos e apresentou plots que quase beiraram a mesmice, não fosse pelas ótimas performances. Tudo começa quando Blaine, por acaso, vê Sam roubando macarrão do estoque da escola e logo imagina que sua família estaria passando fome. Mas, na verdade, o “boca de truta” estava apenas mantendo seu guilty pleasure, que é criar retratos usando macarrão. Pronto, estaria armada a desculpa perfeita para que os membros do New Directions revelassem seus prazeres culposos, por meio de música.

Com o Mr. Shue afastado por uma suposta gripe, Blaine foi quem comandou tarefa da semana no clube Glee. Cada um deveria revelar para todo o grupo seu maior guilty pleasure da música, mas é claro que em meio aos plots secundários, surgiram outras revelações que não fossem musicais. Sam foi o primeiro a escancarar seu amor embutido por Barry Manilow, com a performance muito divertida de “Copacabana”. Blaine, por sua vez, não podia ficar de fora e cantou “Against All Odds (Take A Look At Me Now)” com a intenção de reforçar que Kurt ainda é seu prazer culposo, mas que na verdade era o próprio Sam, apesar de ser o mais inocente de todos. Darren Criss, mais uma vez, mostrou porque tem sido o centro das atenções em Glee (não que isso seja bom) ao interpretar sem playback a canção de Phil Collins popularizada na voz de Mariah Carey. O moço ultrapassa brilhantemente os limites da telinha, exalando verdade e emoção em suas performances (mesmo com todas aquelas caras-e-bocas).

Enquanto Sam revelava a Blaine que ele e todo o clube sabiam que ele era seu guilty pleasure (e que seria quase uma ofensa se o rapaz não se sentisse atraído por ele), as meninas se rendiam ao amor oculto pelas Spice Girls. Wade Unique, Tina, Marley, Kitty e Brittany propunham que fugissem de sua zona de conforto e dos estereótipos que rodeiam as Spice e interpretassem “Wannabe” caracterizadas como o oposto de si mesmas. E, claro, isso rendeu a melhor versão do episódio. Ver Alex Newell comandando alguma performance é sempre um deleite para os meus olhos e ouvidos.

Depois de toda aquela polêmica envolvendo Chris Brown e Rihanna, tio Ryan não podia perder a oportunidade de cutucar as brownettes (oi?) e mais meio mundo de gente que se sente “mordida” com toda essa história. Quando Jake revela que seu prazer culposo são as músicas do Brown, as meninas do clube Glee “caem em cima” do moço e dizem que seria muito vergonhoso (e confrontador até) se ele interpretasse alguma canção do cantor. No final, ele acabou com uma performance mais dançante e quase animadora de “My Prerogative”, de Bobby Brown.

Nesse meio tempo em Ohio, Kurt também escondia um prazer culposo de suas colegas de apartamento em NY. Depois de Santana dizer a Rachel que Brody, na verdade, era um garoto de programa, além de render uma performance bem emocional de “Creep” (Radiohead) da Lea Michele e do Dean Geyer, as duas, ao tentarem pregar uma peça na “boneca de porcelana”, descobriram que Kurt dormia com um travesseiro com braços chamado Bruce. No fim disso tudo, sobrou outros Bruce’s pra todo mundo! E... o fim de Brochel seria uma nova chance para o recomeço de Finchel? Definitivamente não se pode prever nada em relação a isso, em se tratando de Ryan Murphy e companhia.

Fechando o episódio, Rachel faz a introdução de “Mamma Mia”, do Abba, para que o pessoal do New Directions fizesse mais uma performance bonitinha em grupo. Não pareceu natural como as dos episódios passados, mas seguiu fiel ao vídeo original. Mais uma vez não houve ideias que somaram algum valor aos personagens (algo que a série está extremamente carente), mas, apesar de os prazeres culposos terem sido bem inocentes (com exceção do da Kitty, por favor), tio Ryan soube bem trabalhar com um plot deliciosamente revelador e cheio de versões musicais divertidas.

E para não perder o costume, Glee entra em mais um hiatus, o último desta temporada que retornará no próximo dia 11, para os cinco últimos episódios.

“Wake Me Up Before You Go-Go”, da Wham!, interpretada pelo New Directions; veja aqui

“Copacabana”, de Barry Manilow, interpretada por Sam (Chord Overstreet); veja aqui

“Against All Odds (Take A Look At Me Now)”, de Phil Collins, interpretada por Blaine (Darren Criss); veja aqui

“Wannabe”, das Spice Girls, interpretada por Wade Unique (Alex Newell), Tina (Jenna Ushkowitz), Marley (Melissa Benoist), Kitty (Becca Tobin) e Brittany (Heather Morris); veja aqui

My Prerogative”, de Bobby Brown, interpretada por Jake (Jacob Artist); veja aqui

◘ “Creep”, do Radiohead, interpretada por Rachel (Lea Michele) e Brody (Dean Geyer); veja aqui

“Mamma Mia”, do Abba, interpretada pelo New Directions, Rachel (Lea Michele), Santana (Naya Rivera) e Kurt (Chris Colfer); veja aqui

*** (3/5)

segunda

Próximo Glee: 04x18 – Shooting Star (11/04)

Você precisa conhecer: a tv australiana no seu melhor em Please Like Me

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por Andreas Lieber
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Você já parou pra pensar se a Lena Dunham (Girls) tivesse nascido na Austrália, fosse homem e gay? Pois é, isso meio que aconteceu. Josh Thomas, 21 anos, é comediante e ator de longa data no país, tendo começado a construir sua carreira desde cedo. Aos 17 anos, ele foi o mais jovem comediante a ganhar o Melbourne International Comedy Festival de Raw Comedy, e desde então vem aparecendo em vários tv shows pelo país e fazendo stand-ups que lhe renderam fama.

Foi do material desses stand-ups e de sua própria experiência de vida que ele começou o roteiro da deliciosa Please Like Me. Com o seu jeito incrivelmente honesto de escrever, Josh nos conta a história de seu personagem, Josh (coincidências a parte? Acho que não), que ao terminar com a namorada percebe que realmente é gay. Mas como nem tudo é perfeito, para obscurecer essa fase de descobrimento, sua mãe entra em depressão e ele tem que voltar pra casa, e enquanto media a relação entre os pais divorciados e a nova namorada do pai e entre a mãe e sua tia rabugenta (embora adrável), ele se envolve com o colega de trabalho de seu melhor amigo.

A série conta com uma temporada de apenas seis episódios de meia hora cada e, no momento, não temos notícia nenhuma de uma segunda temporada. Mas não se preocupem, se não acontecer Josh fechou a primeira de modo bem satisfatório. O que tem roteiro pra um drama daqueles bem pesados se transforma em uma comédia deliciosa nas mãos de Josh Thomas. Honesta, real, divertida, Please Like Me retrata a vida como ela é para alguém que está crescendo e se descobrindo. Despida de maniqueismos e preconceitos, esse amor de série não precisa se esforçar pra mostrar essa realidade que todos nós conhecemos e mostra que a televisão australiana merece um olhar bem mais detalhado sobre o que tem pra contar,

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28 de mar. de 2013

Lana Del Rey lança vídeo novo com cover de Leornard Cohen

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por Andreas Lieber
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Lana Del Rey, que aparentemente tem um poço sem fundo de músicas não lançadas – todo dia aparece uma nova! E a gente agradece, claro! – resolveu lançar um clipe novo nessa última quarta (27) com um cover quebradiço e tocante de “Chelsea Hotel”, do lendário cantor canadense, Leonard Cohen.

No vídeo, que é bem simples como os seus primeiros, a moça aparece sentada em uma sala mal iluminada enquanto canta a música em um microfone vintage com uma sua voz grave e pesada, acompanhada de uma melodia adorável de triste, embora cheia de esperança, tendo sua imagem mesclada com imagens do famoso Chelsea Hotel.

Review: Bates Motel, 01x02–Nice Town You Picked, Norma

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por Andreas Lieber
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ATENÇÃO: esse review contem spoilers

Dando continuidade à história do jovem Norman Bates e de sua mãe que nos foi apresentada em uma das estreias mais interessantes da temporada, Bates Motel chega com o seu segundo episódio, “Nice Town You Picked, Norma”, com a difícil missão de explicar para o público como eles conseguirão fazer uma história já contada em filme se transformar em uma trama de longa duração. Se não respondida a pergunta nesse começo de série, pelo menos nota-se no enredo a preocupação dos roteiristas com esse fato que, sem dúvidas, é uma das grandes questões do público.

Enquanto Norma tenta apaziguar a situação com a polícia local quanto ao paradeiro do ex-proprietário do motel, seu filho quase que renegado, Dylan (Max Thieriot), aparece sem aviso para ficar e já começa causando confusão na relação de Norma e Norman. Por falar em Norman, este se aproxima de Emma, a moça do high school que possui fibrose cística, uma doença que a impede de respirar direito. Enquando as histórias se entrelaçam, Norman compartilha o segredo do caderninho de mangá sadomasô que ele encontrou em um dos quartos do motel com Emma, que tem uma reação bem mais usual para um adolescente do século XXI, e se joga na internet a procura de um significado.

Enquanto alguns plots se insinuam pela trama do episódio, como o pai de Bradley entrando em coma após ter sido vítima de um incêndio criminoso, Norma descobre que a ídilica White Pine Bay não é assim tão idílica, apesar de tudo. Deixando claro que as pessoas da cidade têm os seus próprios métodos para não só ganhar dinheiro, mas também resolver os problemas internos, Norman e Emma vivenciam a prova viva disso ao cairem acidentalmente em uma plantação de maconha enquanto procuravam a veracidade da história encontrada por Emma no caderninho: a cidade, e muito provavelmente o hotel, fazem parte de uma organização de venda de moças japonesas para a escravidão sexual.

Bates Motel nos entrega um episódio intrigante, que abre um amplo leque de possibilidades… os roteiristas irão se aventurar pelo ousado caminho incestuoso entre Norman e Norma? Todos nós já sabemos que o garoto possui uma obsessão com a mãe. Ou a própria cidade irá cuidar das investidas pela floresta de Norma e Emma? Todos ficamos com uma sensação de que a personagem de Olivia Cooke não vai durar muito tempo na série. Ainda parece que Bates Motel flutua entre duas décadas diferentes, e isso causa certo estranhamento, mas a mesma vai se equilibrando em bases sólidas do suspense pouco-a-pouco até decidir qual direção irá tomar.

4/5(****)

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Próximo Bates Motel: 01x03 – What’s Wrong With Norman (01/04)

Review: Suburgatory, 02x17 – Eat, Pray, Eat/02x18 – Brown Trembler

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por Caio Coletti
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ATENÇÃO: esse review contem spoilers!

No pique do último episódio, “How to Be a Baby”, uma pequena pérola que resgatou muito do que Suburgatory é feito para representar, “Eat, Pray Eat” continua empurrando a série para a fase final da sua segunda temporada no caminho que ela deveria ter seguido desde o começo. E, essa semana, temos também um resgate do caráter cartunesco que marca alguns dos melhores momentos e algumas das melhores storylines da série. Suburgatory se lembrou de tudo que tem a capacidade de ser, e não parece disposta a esquecer tão cedo.

“Eat, Pray, Eat” é um tomo de apenas uma história densa, doce e engraçada, com dois subplots leves e de poucas consequências, e esses três elementos convivem com uma harmonia que nos lembra do início da série, no ano passado. Não por acaso, esse 17º episódio da segunda temporada é escrito pelo casal Charlie Carlisle e Aimee Jones, a dupla responsavel pelo script do episódio piloto da série. São pessoas que conhecem esse núcleo de personagens, principalmente o quinteto principal formado por George, Dallas, Tessa, Dalia e Noah.

Os coadjuvantes tem pouco a fazer aqui, é verdade, mas é impressionante como isso incomoda pouco (mesmo que os Shay sigam fazendo falta) quando temos storylines tão familiares para os protagonistas. Suburgatory é (e não há problema nenhum nisso) sobre relacionamentos nessa temporada, e a trama entre George e Dallas, a mais doce e deliciosa que o casal recebe em algumas semanas, é prova disso. Mas é prova também de que é possível ser sobre relacionamento sem se esquecer de que é também sobre família. Resgatar as cenas de diálogo entre George e Tessa é apenas um dos passos que a série deu nesse sentido.

A subtrama de Tessa, por sua vez, rebate aqueles críticos que andam dizendo que Suburgatory ficou coração mole demais com as idiossincrassias dos seus personagens suburbanos: o retrato de “festa trance” de Dalia é equilibrado delicadamente entre sátira, crítica ácida e uma afeição torta. Por fim, a trama de Noah nos lembra do porque ter Alan Tudyk em uma série não tem preço. Respirem aliviados, amigos. Suburgatory está de volta.

***** (4,5/5)

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Os Shay voltaram! E, melhor ainda, Suburgatory não precisou sacrificar sua temática familiar para tê-los por perto. Não há sinal de Ryan nem de Lisa (a quantas anda o relacionamento do moço com Tessa, e o da moça com Malik?), mas Sheila e Fred fazem um retorno triunfal com a melhor storyliine de um episódio que tem outras duas premissas bobinhas que funcionam bem para a unidade. Chris Parnell e Ana Gasteyer estão brilhantes e hilários como sempre, e é bom pensar que Suburgatory está lentamente carregando sua trama maior para um final de temporada interessante.

Em “Brown Trembler”, a trama principal envolve Fred sendo initimado pela esposa a conseguir um cargo superior ao ocupado por ele em sua companhia. O vizinho de Tessa se vê obrigado a pedir ajuda à moça quando descobre que seu potencial novo chefe é um jovem de Manhattan que acha que “qualquer pessoa com mais de 30 anos é um dinossauro” (“I know what you’re thinking. Dinossaurs are awesome, right?”), pedindo a ela para versá-lo nas manhas e estilos da nova geração. Excelente oportunidade para Chris Parnell brilhar com um alargador nas orelhas e enumerando todas as “Katie” do panteão de celebridades atual.

Interessante que a roteirista Patricia Breen, já no oitavo script cedido para a série, reconheça que na dinâmica da relação dos Shay, Sheila é a “leoa” dominante e Fred deveria ser “aquele que inventa um prato para acompanhar a gazela” que a esposa traz da caça. Também esperta a jogada da moça em fazer Noah se confrontar com sua situação de pai solteiro e, principalmente, quebrado financeiramente. Alan Tudyk, que ultimamemente anda afiado, e Jeremy Sisto mostram a química de sempre e carregam uma subtrama deliciosa.

O terceiro plot envolve Dallas confrontando a filha Dalia e exigindo que ela jogue uma parte de suas tranqueiras de infância, todas guardadas no armário do quarto, fora. Oportunidade para Carly Chaikin arrancar gargalhadas com sua imitação de voz demoníaca e brincando em uma Lamborghini em miniatura. E também para Cheryl Hines mostrar porque ainda é a pessoa mais adorável da TV americana hoje em dia. Suburgatory é definitivamente cheia de seus pequenos prazeres.

***** (4,5/5)

Próximo Suburgatory: 02x19 – Decemberfold (03/04)

Passion Pit e um passeio por três amores no sensacional clipe “Cry Like a Ghost”

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por Caio Coletti
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Pra quem achou que o Passion Pit tinha fechado a conta de clipes do Gossamer com as duas versões ótimas de “Carried Away” (essa, para a versão do álbum, e essa, para o remix do DJ Tiësto), “Cry Like a Ghost” é uma surpresa ainda melhor. Não que a tradição da banda de bons clipes não o preceda, mas a nova obra visual do Passion é, simplesmente, o melhor videoclipe de 2013 até o momento.

A produção incrível e a primazia da edição são as armas da criatividade do clipe, que conta a história de uma garota relembrando (ou revivendo?) três amores diferentes. Uma versão estendida da história pode ser vista pelos cadastrados nesse site, mas o corte usado para ilustrar a (ótima) canção já é um deleite.

27 de mar. de 2013

Delta Rae e a simplicidade da boa música no clipe de “If I Loved You”

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por Caio Coletti
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O Delta Rae, uma das bandas americanas mais deliciosas surgidas nos últimos tempos, lançou hoje (27) oficialmente o clipe para o novo single, “If I Loved You”. O sabor mais country da música e dos vocais da integrante Elizabeth Hopkins receberam tratamento simples e eficiente em vídeo, com o sexteto tocando e cantando frente a um fundo preto.

É incrível perceber a força que as composições do Delta Rae, e a energia ao vivo dos integrantes, é capaz de transmitir mesmo através de um videoclipe. “If I Loved You” é mais um single brilhante para a boa sequencia da banda, que tirou do seu álbum de estreia (Carry The Fire, do ano passado) as excelentes "Bottom of The River", "Morning Comes" e "Dance in The Graveyards".

“If I Loved You” conta com a participação de Lindsey Buckingham, ex-guitarrista e líder da banda Fleetwood Mac, embora o moço não apareça no clipe.

  

Vinte anos após sua morte, Audrey Hepburn estrela comercial da norte-americana Mars

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por Andreas Lieber
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A empresa alimentícia norte-americana Mars fez tributo à uma das maiores estrelas de todos os tempos, Audrey Hepburn, de uma maneira inusitada, embora já não tão incomum hoje em dia. Recriada com a tecnologia CGI, a atriz, que foi e continua sendo grande ícone da cultura mundial, vivencia uma aventura clássica digna de um de seus filmes.

Causando grande divergência para com o público, assim como toda propaganda que utiliza-se de ícones já mortos, Audrey Hepburn aparece em uma viagem de ônibus pela Costa Amalfitana, na Itália, pela década de 50 e se delicia com as casualidades que ocorrem em seu divertido trajeto enquanto saboreia uma barra de chocolate Galaxy ao som de Moon River, tema principal de um dos mais aclamados filmes de Hepburn, Breakfast at Tiffany’s. Os filhos da atriz, Sean Ferrer e Luca Dotti, de quem os direitos autorais foram comprados, afirmaram que “Nossa mãe sempre falava do seu amor por chocolate e de como ele a deixava feliz, então nós temos certeza de que ela ficaria orgulhosa de seu trabalho como o rosto da [marca] Galaxy.”.

A trilha sonora de A Hospedeira: inéditas de Active Child, Skylar Grey e mais!

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por Caio Coletti
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Após uma série de celebradas trilhas sonoras atreladas aos filmes da saga Crepúsculo, Stephenie Meyer tem quase a obrigação de não deixar a desejar na parte musical de A Hospedeira, adaptação da novela de ficção científica que muitos consideram a melhor obra da autora. A trilha do filme teve tracklist divulgada a algumas semanas, e agora as canções inéditas começam a aparecer.

Para começar, temos o Active Child, pseudônimo do músico Pat Grossi, que incluiu o seu característico falseto angelical e a sua harpa acompanhada de ambientação eletrônica na trilha. “Evening Ceremony” é a primeira canção inédita do Child desde o lançamento do álbum de estreia, em 2011. Pat Grossi tem a mão em outra faixa da trilha, uma vez que a entrada de Ellie Goulding é “Hanging On”, versão da moça para uma canção do dito álbum de estreia.

Quem também tirou da manga uma canção inédita para a trilha do filme foi Skylar Grey, que parece que esse ano lança de verdade o álbum de estreia prometido desde 2011. A faixa é intitulada “Slowly Freaking Out”, e segue o som sombrio e arrastado que aprendeu a se esperar da maioria das canções da moça. Esperamos que o filme ajude a fazê-la vingar, e o Don’t Look Down finalmente sair.

A Hospedeira, dirigido por Andrew Niccol (Gattaca) tem Saoirse Ronan, Max Irons, William Hurt e Diane Kruger no elenco, e estreia no próximo dia 29 de Março. Já dá pra ouvir a trilha sonora todinha aqui embaixo:

Review: The New Normal, 01x20 – About a Boy Scout

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por Caio Coletti
(TwitterTumblr)

ATENÇÃO: esse review contem spoilers!

The New Normal pode ter muitos defeitos em sua execução, mas é exemplar em sua concepção. Desde o primeiro episódio, essa é uma série que não tem medo de ser quase brutalmente honesta no retrato da realidade “o inferno são os outros” que o casal de homossexuais protagonista precisa enfrentar. “About a Boy Scout”, primeiro episódio da reta final da temporada, mais uma vez mostra que The New Normal não está disposta a pintar o mundo das famílias alternativas como um paraíso de aceitação.

Esse é também um episódio em que o personagem de Bryan é visto sob uma luz diferente, de sinceridade a toda prova, e Andrew Rannells está mais adorável do que nunca. Justin Bartha, por sua vez, está excepcional nesse momento pivotal para o personagem de David: sua expressão ao se ver sozinho após uma visita inesperada perto do final do episódio é certeira e de quebrar corações. A trama principal envolve David voltando a participar do grupo de escoteiros que marcou sua adolescência, sob as suspeitas de Bryan, que vê a organização como homofóbica.

A maneira como o roteiro de Mark Kunerth e Karey Dornetto (ambos no terceiro crédito na série, mas o primeiro em colaboração) lida com esse conflito é brilhante, desenhando uma das storylines mais definidas e bem desenvolvidas da série. A subtrama da semana envolve Rocky suspeitando da ajuda incondicional que Brice parece estar dando a Goldie no empreendimento da moça para começar um negócio próprio. É interessante que a série mantenha-se nessa direão com a personagem de Georgia King, dando-lhe algo a fazer mesmo depois de dar a luz ao filho de David e Bryan.

Embora ainda não haja sinal de Ellen Barkin (we miss you!), The New Normal mostra que pode se virar muito bem com um episódio focado principalmente no casal de protagonistas, algo que não víamos a algum tempo, e que sabe mexer com a relação entre seus personagens com precisão. O episódio menos apressado da série em um bom tempo, “About a Boy Scout” tem exatamente os ingredientes que fizeram de The New Normal um achado dessa temporada.

***** (4,5/5)

Próximo The New Normal: 01x21 – Finding Name-o (02/04)

26 de mar. de 2013

As listras no outono/inverno 2013

Marc Jacobs

por Gabis Paganotto
(Twitter)

Não, não estamos na cadeia, é apenas a moda outono/inverno das “listras”.

Brincadeira, amados leitores, esse mês eu vim para falar do que vai "aquecer" nosso outono/inverno. E para não assustar tanto vocês, vamos começar com os famosos, amados, e lindos, pretinhos básicos.

O preto vem com tudo nessas próximas estações, seja no estilo rock glam, ou apenas no glam do preto básico mesmo, ele vem atacando nosso closet. Em peças como sobretudos e cardigãs, principalmente. Saint Laurent que o diga, ele preparou todo look book da sua coleção com fotos preto e brancas e looks dignos do nome que tem.

Agora, para quem quer fugir um pouco do pretinho básico (ou não tão básico assim no caso do rock glam), mas não totalmente porque não será possível, nós temos as LISTRAS.

Marc Jacobs (2)Eu particularmente já estou apaixonada pelos looks que aderem a elas, até já garanti minhas calças listradas em preto e branco. A essa moda, quem investiu tudo, foi Marc Jacobs. O estilista tem um bloco da coleção especialmente dedicado a elas, e já até aplicou-as em acessórios.

As listras que invadiram sua coleção são cem por cento preto e brancas, não há espaço para nenhum coloridinho (muito diferente do color blocking do ano passado, né?) e são em sua maioria na VERTICAL ok? Prestaram atenção? VERTICAL, horizontal é last century! Brincadeira. A horizontal até tem um espacinho nas peças, geralmente da cintura para cima, onde a vertival poderia ficar esquisita, fazendo-nos parecer girafas, sei lá.

O legal é que as listras apesar da cor básica dão um efeito legal no look, são uma boa opção de usar sem abusar, ou pior, errar. Todo mundo pode usar as listras, ainda mais na vertical: EMAGRECE, mulheres, vistam listras sem dó. Mas com bom gosto, né?

E não pense que os homens ficaram de fora não, os blasers listrados vieram com tudo para eles. Assim como as calças!

Espero que tenham gostado. Até mês que vem!

Saint Laurent

25 de mar. de 2013

Review: Parks and Recreation, 05x16 – Bailout

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por Sâmela Silva
(Twitter - Who's Thanny?)

E nesse episódio tivemos dois personagens novos, alguns recorrentes e a continuidade do mini-drama acontecendo entre Ann e Chris. E Jean-Ralphio, porque nós merecemos Jean-Ralphio a todo tempo.

Ralphio é, inclusive, uma espécie de "estopim" para uma das tramas de "Bailout", já que o moço descola um emprego para sua – terrível – irmã gêmea no Rent-A-Swag. E nós entendemos perfeitamente o quão terrível ela é, coisa que Jean não cansa de repetir. Aqui Tom aparece para ser "filho" de Chris, ideia de Ben, já que Traeger se encontra confuso com a proposta de Ann Perkins. Um ótimo artifício para, enfim, fechar as pontas soltas deste assunto. Havenford parece ter crescido bastante nos últimos tempos, apesar de continuar sendo um babaca quando quer. E seu "relacionamento" com a irmã de Jean deve proporcionar boas storylines daqui pra frente, assim como Ann e Chris, que já dá pra apostar que devem se tornar um casal em breve.

A parte maior do episódio conta com a ótima participação do sempre incrível Jason Schwartzman (da finada Bored to Death). Seu personagem é um dono de locadora prestes a falir, pois além de tudo agora ser feito digitalmente, ele faz questão de manter o nível de seu negócio o mais cult possível, contando apenas com filmes que não caem no gosto do público geral. Leslie, pobre Leslie, vem como salvadora da pátria, decidida a tornar o estabelecimento em propriedade histórica da cidade. Ron Swanson e seu amor eterno pelo governo decidem intervir, tentando colocar senso na cabeça da vereadora. Num mundo onde personagens são tão inconstantes, é sempre bom ver alguns que não mudam certos aspectos de si – o que é frequente em Parks. Ron faz de tudo para boicotar os planos da amiga, fiel aos seus ideais, que são tão fortes que o homem até decide ir a uma auditoria para ser ouvido.

Knope, porém, consegue concluir o que começou. Mas Dennis deturpa a verdadeira mensagem de um de seus conselhos, e resolve mudar sua locadora de forma drástica. Resultado: a Prefeitura de Pawnee passa a ter uma locadora de filmes adultos como propriedade histórica. Um prato cheio para a diversão de Ron, é claro.

Cheio de bons momentos, "Bailout" também contou com as breves participações de Perd Hapley, da atriz pornô mais famosa da cidade, de Jerry se mostrando sábio e arruinando tudo no momento seguinte (da mesma forma que Andy havia feito no episódio passado), de Donna, April e Ann cantando "Time After Time", das tentativas de Ann ser amiga de April e piadas mais de niche (como as envolvendo Michael Bay e principalmente a que citou Michael Fassbender, que foi até sutil e engraçadíssima). Uma delícia de se assistir, cumprindo o que prometeu e passando até rápido demais. Só nos resta esperar pelas próximas histórias, torcendo para mais cenas com o novo relacionamento de Ann e Chris e Ann e April.

Próximo Parks and Recreation: 05x17 – Partridge (04/04)

Você precisa conhecer: Misun

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por Caio Coletti
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É muito difícil encontrar duas músicas parecidas do Misun. E o espírito destemido de passear entre gêneros e referências torna o trio de Washington DC formado por um instrumentista, uma vocalista e um produtor (ninguem nunca pensou nisso antes?) uma das novas bandas mais promissoras do ano até agora. O projeto leva o primeiro nome da vocalista, a charmosíssima Misun Wojcik, e já anunciou que tem como prioridade a gravação de um álbum de estreia ainda para esse ano.

Enquanto a gravação oficial não sai, dá pra ouvir as seis faixas do último EP, o The Sea, que valeu a banda o rótulo de “aquawave”. Em alguns momentos influenciado pelo soul, em outros pelo eletrônico indie, passando inclusive por uma sonoridade à la Asteroids Galaxy Tour, o Misun é daquelas bandas que está no caminho para criar um som que é só seu.

Em entrevista ao site britânico de música indie DIY, o trio completado por William Devon e pelo produtor Nacey, o Misun contou a história de sua formação: os dois moços eram DJs em um bar de Washington em que a vocalista trabalhava como garçonete. Ao perceberem que os três trabalhavam em músicas guiadas pelas mesmas referências de gosto, os três resolveram que trabalhar juntos não seria má ideia.

Além do EP, o Misun lançou também três faixas avulsas. “Battlefields” soa como se o Asteroid Galaxy Tour tivesse sido chamado por Tarantino para fazer a trilha de Django Livre; “Darkroom” tem pegada rock; e a mais nova, “Promise Me”, pega a veia eletrônica do grupo com mais força. Três faces das muitas que o Misun ainda tem para nos mostrar.

Ah, e aproveitem que por enquanto tudo isso está disponível para download gratuito nos links aí embaixo:

24 de mar. de 2013

Review: Cult, 01x05 – The Kiss

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por Caio Coletti
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ATENÇÃO: esse review contem spoilers!

Cult não é diferente de nenhuma série no início de sua primeira temporada: tem problemas em se adaptar a própria linguagem e em saber o que o seu público quer (ainda mais em saber quem é o seu público). Uma das diferenças entre Cult e The Following, para citar um exemplo óbvio dessa mesma temporada, é que Cult genuinamente tenta desenvolver seus personagens para um propósito maior do que aquele exigido pela trama. Em uma série de televisão, muitas vezes, os personagens precisam ser maiores e melhores do que as storylines pelas quais eles passeiam a cada semana. São eles, e não as tramóias dos roteiristas, que fazem o espectador acompanhar a série em uma base regular.

“The Kiss”, quinto episódio de Cult, mostra que até agora a série tem feito um trabalho exemplar nesse terreno. A essa altura da série, arriscar um bottle episode (episódio em que os personagens se reúnem em um mesmo ambiente e, normalmente, em que grandes conflitos da trama são resolvidos ou mudam de direção) é uma jogada no mínimo ousada, e Cult o faz, se não tanto com graça e elegância, ao menos com muita eficiência. Nós estamos suficientemente familiarizados com esses personagens para nos sentirmos tão engajados no pequeno joguinho romântico de Jeff e Skye tanto quanto na procura dos dois por mais um dos “true believers”. Com apenas quatro episódios antecedendo esse, isso não é pouco.

A trama, então: Jeff descobre que Nate fez um amigo próximo durante a reabilitação (mais um fato da vida do irmão que Jeff não havia ficado sabendo). O moço, chamado Dustin, era fã de “Cult” (a série-dentro-da-série, lembrem-se) e vai comparecer a uma festa que a emissora está dando nas dependências dos estúdios para alguns fãs selecionados. Jeff entra na reunião (em que todos os convidados se vestem como os personagens principais da série, Billy e Kelly) como o acompanhante de Skye, e as coisas escalam a partir daí.

“The Kiss” tem todos os elementos de um bom episódio de série cult: a mistura da trama principal com o desenvolvimento do romance dos protagonistas, catalisado por um alucionógeno que uma colega de equipe com um parafuso a menos coloca no copo de Skye; a descoberta fundamental que leva adiante a mitologia da trama; o confinamento espaço-temporal em que as coisas parecem acontecer todas ao mesmo tempo. E Cult ainda tem um elenco de matar (destaque da noite: Alona Tal como Kelly/Marti) e uma boa ideia de onde quer chegar. Não são uns poucos desajustes que vão apagar isso.

**** (4/5)

CULT

Próximo Cult: 01x06 – The Good Fight (29/03/2013)

O verão brasileiro e a festa da Cavalera no SPFW

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por Isabela Bez
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O Brasil é conhecido mundialmente como um país animado e alegre. Nossos verões são sempre muito coloridos, e nossos invernos também, já que, comparando com países realmente frios, quase não temos inverno. Mas, devido à maneira que a moda está se manifestando ultimamente, isso está sofrendo uma modificação. Nas semanas de moda internacionais, é época de cores muito escuras e muito claras. Quando algo colorido aparece, sempre está sendo anulado por uma peça branca ou preta. A moda está mais clean e sofisticada.

No nosso país, não foi diferente. As marcas que apresentaram no SPFW manteram sua paleta de cores muito limitada, e até marcas como a Neon, que é conhecida pela sua representação energética do Brasil, tiraram um pouco o pé do acelerador. Ainda por conta do ajuste ao novo calendário da semana de moda brasileira, vários estilistas como Gloria Coelho e Reinaldo Lourenço ficaram de fora, mas é certo que a representação das cores não mudaria lá essas coisas, já que são dois estilistas um tanto minimalistas e clean.

Voltando ao caso da Neon, e também da Forum, o esperado mesmo eram looks extremamente brasileiros, como visto em suas últimas coleções, nos quais as duas adotaram um Brasil bem carioca. Mas, infelizmente, não foi o que aconteceu. A moda está deixando o exagero de lado, o que pode ser muito bom, mas não quando todos os estilistas representam a mesma mulher. A moda anda representando uma mulher “internacional”, que não tem país.

No entanto, uma marca – a menos esperada, eu diria – surpreendeu. Com a coleção Rock’n’Soul, a Cavalera fez uma celebração à música e à individualidade brasileira, num desfile que mais foi festa do que desfile. Os modelos não desfilavam, eles dançavam ao som de músicas que foram hits nos anos 70, época em que reinava a ditadura militar, e os jovens só queriam sua liberdade de expressão. Sua paleta de cores foi extremamente colorida, e até rolou uma camiseta estampada com o rosto do Mick Jagger.

Os looks foram inspirados em ícones da época, com direito a calça de boca de sino e vestidos longuíssimos. James Brown e o grupo musical Jackson 5 foram inspiração na hora de fazer sapatos modernos e estampas coloridas e tecnológicas. Do Brasil, a inspiração maior foi de artistas que lutavam contra o sistema, como Gal Costa e Maria Bethania, que abusavam da saia longa e do top cropped. Além disso, houve muito patchwork e estampas geométricas, étnicas e tropicais. Tudo isso “culpa” de Marcelo Sommer, que acabou de assumir o cargo de estilista da marca.

Pode se dizer que a moda está se desgastando e ficando sem criatividade. Principalmente a do Brasil, que ultimamente mais copia as tendências de fora do que realmente cria. Nesse SPFW, é certo afirmar que a Cavalera foi uma das únicas “que salvou”, se inspirando numa época difícil para os brasileiros, e mostrando como a arte, música e moda andaram juntas como ferramentas para representação da necessidade de expressão individual. Um desfile único, que saiu do comum e mostrou que os grandes estilistas ainda podem (e muito) inovar.

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23 de mar. de 2013

Sigur Rós anuncia álbum novo e lança single, Brennisteinn

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por Andreas Lieber
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Os islandeses do Sigur Rós anunciaram nessa sexta (22), em meados do aniversário de um ano do lançamento do sexto álbum de estúdio da banda, Valtari, que um novo projeto está a caminho: o antitético Kveikur tem data de lançamento prevista para 17 de junho e promete um som muito mais pesado e agressivo. Junto com o anúncio do novo álbum veio também o primeiro single, “Brennisteinn” e um EP de mesmo nome contendo três faixas.

Cumprindo a promessa, nessa primeira amostra que temos do Kveikur, a banda de post-rock encabeçada pelos falsetes de Jónsi Birgisson, nos entrega um som mais denso, com um início marcado pelo synth e riffs, mostrando uma melodia acentuadamente quebrada que lembra em muito os momentos de ápice em “Mutual Core”, da também islandesa Björk. Conhecida por seu som etéreo e melodias em Vonlenska, língua criada pela banda, o Sigur Rós inaugura uma nova fase em sua música, muito mais agressiva e pungente. E claro que a gente adorou! No vídeo de “Brennisteinn” nós temos um cataclisma verde amarelado em contraste com cenas em preto e branco da banda e de personagens dignos de filme de terror para guiar a frenética melodia… os islandeses sabem o que fazem!

Top 5: Preciosidades escondidas em álbuns de 2013 (edição #1)

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Os primeiros três meses do ano são indiscutivelmente da britânica de 40 anos que lançou no início de Março seu quarto disco de estúdio, intitulado Girl Who Got Away. A carreira bissexta de Dido (os quatro álbuns vieram num espaço de 14 anos) apenas valorizou o impacto de sua nova obra no mundo pop. Como disse um crítico do Digital Spy: “Dido (ainda) pode ser tão durona quanto qualquer outra”.

E por isso é com ela que começamos essa nossa primeira edição de um top 5 que pretendemos tornar recorrente n’O Anagrama. Como todo álbum tem aquela pérola escondida que (ninguém entende porque) não se torna single, a gente resolveu listar para você aquelas que valem a pena garimpar nos álbuns de 2013. Sempre que a gente reunir cinco dessas, a gente posta aqui.

1ª posição – “Girl Who Got Away” (Dido, Girl Who Got Away)

A gente sabe que é faixa-título, mas isso não impede “Girl Who Got Away” de ser uma pérola escondida no álbum homônimo da britânica. Em meio ao single “No Freedom”, ao promocional “Let Us Move On” e ao já escolhido sucessor “End of Night”, a canção é uma que merece ser ouvida e apreciada pela delicadeza do arranjo eletrônico e pela beleza da letra definidora do espírito do álbum. Não sejamos bobos de deixar Dido ser “a garota que escapou” dos nossos ouvidos dessa vez.

Do mesmo álbum, atenção para: "Blackbird", "Go Dreaming", "Happy New Year"

2ª posição – “Strawberry Bubblegum” (Justin Timberlake, The 20/20 Experience)

O hype em torno de Justin Timberlake e de seu retorno a música foi tão grande que, mesmo com canções pop que serias consideradas “invendáveis” se apresentadas por qualquer outro artista (clima retrô, inovações R&B, duração quase sempre entre 7 e 8 minutos), o The 20/20 Experience ainda se tornou um dos grandes eventos musicais do semestre. A mágica funcionou e o disco deve passar fácil a marca de 1 milhão de cópias vendidas. “Strawberry Bubblegum” tem melodia hipnotizante e clima bossa nova.

Do mesmo álbum, atenção para: "Spaceship Coupe"

3ª posição – “Migraine” (twenty one pilots, Vessel)

Entre as diversas pérolas produzidas pela primeira investida em uma grande gravadora do duo twenty one pilots (tudo em minúsculas mesmo), “Migraine” representa o casamento entre o pop tradicional do século XXI, com as trucagens eletrônicas e filtros de voz, e o hip hop que é a marca de uma parte das canções dos moços. É uma mistura feliz como quase todas as empreendidas por eles no excelente (e incansavelmente surpreendente) álbum Vessel, lançado em Janeiro desse ano.

Do mesmo álbum, atenção para: "House of Gold", "Car Radio"

4ª posição – “Be a Man” (Megan Hilty, It Happens All The Time)

Uma das bem-vindas surpresas do semestre até agora, o álbum de estreia da estrela de Smash, Megan Hilty, agrada principalmente pela maturidade das composições inéditas. “Be a Man” é uma pérola tocante de piano e voz levada brilhantemente pela voz da moça, casando com o clima de pop acústico do restante do álbum e nos dando mais uma boa razão para amar Megan, que cada vez mais mostra-se o “pacote completo”.

Do mesmo álbum, atenção para: "It Happens All The Time", "Dare You to Move"

5ª posição – “Laura Palmer” (Bastille, Bad Blood)

O álbum de estreia eternamente adiado (que finalmente saiu) do Bastille trouxe várias pequenas pérolas, mas quase nada que se compare ao refrão épico e a referência a Twin Peaks dessa “Laura Palmer”. O estilo versátil da banda, com a percussão forte combinada com os sintetizadores e uma ocasional intervenção de piano, arranja um meio termo entre rock de arena e folk-rock à la Mumford & Sons, com a pitada sempre presente de soundtrack de uma banda que não deixa as referências cinematográficas por nada.

Do mesmo álbum, atenção para: "Things We Lost in The Fire"

22 de mar. de 2013

Duas visões sobre a estreia da prequel de Psicose em forma de série, “Bates Motel”

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por Caio Coletti
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ATENÇÃO: esse review contem spoilers!

Os melhores momentos de Bates Motel acontecem quando o espectador se esquece de um detalhe fundamental escolhido pelo estreante Anthony Cipriano, criador da série, para moldar sua trama: apesar de ser uma prequel de Psicose, cujo lançamento original aconteceu em 1960, Bates Motel se passa em um contexto bem século XXI. Talvez seja a vontade de ser meio Twilight e meio Seven, mas quando a Norma de Vera Farmiga está calmamente cortando a carne para o jantar e um celular toca ao seu lado, na pia, um pouco do interesse do espectador se perde.

O leitor indignado pode começar a me acusar de ser obcecado por detalhes que não fazem a diferença no layout geral da série, mas eu vou ter que discordar. Se Bates Motel se passasse nos anos 50, como deveria, veríamos uma sociedade diferente, uma ambientação diferente (principalmente na porção da série que retrata Norman na high school) e um tipo de pensamento e desenvolvimento de personagem diferente. Há um choque interessante em constatar o relacionamento à beira do doentio de Norman com a mãe num contexto do século XXI, mas por outro lado seria interessante ver o moço frequentando uma escola apenas para meninos na década de 50.

A verdade é que Norman é um assassino com uma psique formada nos moldes de outra época. Um garoto de 17 anos no século XXI não se chocaria e fascinaria com um caderninho de desenhos sadomasô rabiscado por um possível psicopata da forma que um garoto de 17 anos faria nos anos 1950. A mentalidade da época era muito mais restritiva, e esse era o cerne da formação de Norman na sua encarnação original na pele de Anthony Perkins: na segurança e na inocência de sua época, ele subvertia o familiar e frustrava as expectativas do suburbano. Colocado no contexto atual, o Norman de Freddie Highmore, por mais que o ator se esforce brilhantemente, é apenas mais um elemento de caos.

Apesar desse nem tão pequeno pesar, Bates Motel não é uma série da qual se deva fugir. Principalmente porque tem uma quantidade notável de pessoas talentosas envolvidas: Highmore e Vera Farmiga (especialmente ela, magnífica nesse episódio-piloto) fazem a série brilhar nos momentos que dividem a cena, retratando a relação de Norman e Norma com delicadeza e sinceridade ao mesmo tempo tocantes e chocantes; a direção, pelo menos aqui, é puro instinto e excelência nas mãos de Tucker Gates, o responsável por até as cenas do high school não parecerem tão ruins; e não há nada de mal na participação de Nestor Carbonell, que deixaria os fãs de Lost felizes se se tornasse personagem recorrente. Nós estaremos assistindo semana que vem.

**** (3,5/5)

por Andreas Lieber
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O que lhe vem a mente quando alguém fala “psicose” ou “psicótico” ou qualquer outra derivação do gênero? Impossível pensar em outra coisa: o clássico de Hitchcock, Psycho, com certeza brota em sua cabeça imediatamente e ainda vem acompanhado de faca, banheira e da macabra música de Bernard Herrmann. Em 1960, quando o filme chegou às telas de cinema depois de uma incrível luta da parte do Sr. Hitchcock (que é retratada, inclusive, no filme Hitchcock, de 2012), ele logo dividiu opiniões e se tornou um dos maiores clássicos da história do cinema. Ao matar a mocinha (que não era lá tão mocinha) no meio da história, ao apresentar um personagem com distúrbio mental que se transvestia e acrescentar os famosos plot twists durante todo o filme, Hitchcock inaugurou uma nova fase cinematográfica na história.

Hoje, no entanto, 53 anos depois, estamos bem mais acostumados aos plot twits, distúrbios, diferenças sexuais e comportamentais da raça humana de modo que, para algo nos prender e causar o tumulto mental que Psicose causou em 1960, precisa de grande esforço. É o caso de Bates Motel, nova aposta da A&E. Narrando os eventos que antecedem a trama do filme, a série conta a história de Norma Bates que, após perder o marido, compra um motel na beira da estrada de uma cidadezinha no White Pine Bay e leva o filho adolescente, Norman, junto com ela para recomeçarem após a perda.

Introduzindo vários elementos importantes do filme nesse primeiro episódio, a série narra em seu começo a mudança dos Bates para White Pine Bay e retrata logo em seu princípio a intricada relação entre Norma e Norman, que, por um lado gira em torno do extremo sentimento de possessão da mãe para com o filho, e do outro, da adoração de Norman por Norma, embora neste não falte os momentos de explosão, como bem lembrados do filme. O clime de tensão cresce e se perpetua no episódio quando o ex propietário do hotel e da casa aparece reclamando seu direito sob o lugar e atinge o seu ápice quando o mesmo ataca e estupra Norma, levando à clássica cena do assassinato à facadas do atacante quando Norman chega para salvá-la, embora nada de banheiras dessa vez. Recobrando outro aspecto importante do filme, os Bates tem um encontro com a polícia logo após o assassinato, mas passam impunes (ou aparentemente impunes) para desovarem o corpo na baía próxima.

Contando com um pilot promissor e uma das estreias interessantes da temporada, o maior trunfo de Bates Motel está ainda na escolha do cast. Contando a atuação sempre brilhante de Vera Farmiga, que encarna a dualidade psicótica de Norma Bates tão brilhantemente como poucas atrizes poderiam, contracena com Freddie Highmore, que cresceu desde August Rush e nos entrega uma perfomance digna do adolescente aparentemente calmo, mas que esconde os primeiros vestígios da psicose que o assolará quando adulto. A série incomoda nesse primeiro momento, no entanto, na indefinição temporal; esperávamos algo na década de 40/50, mas no começo do “First You Dream, Then You Die”, parece que fomos transportados para os anos 70 e, de repente, em um loop para o futuro, Norman aparece usando um iPhone. Outra característica meio dúbia nesse início de série foram as cenas de Norman na escola vivendo o papel de “o novato da casa afastada”, dando ao episódio um agridoce tom de lista dos best sellers em YA do The New York Times.

Bates Motel impressiona com seu pilot, mas fica claro que os roteiristas precisam ter cuidado redobrado ao contar essa história, evitando cair nas mesmas “armadilhas” que tantas outras séries cairam no decorrer de temporadas futuras: a desassociação dos personagens para o público e a investida de plots que muitas vezes se tornam enfadonhos. Considerando que essa é uma história já contada e que todos nós sabemos esse final, esse cuidado deve ser maior ainda. Não obstante, Bates Motel provou que pode, sim, impressionar e ficar na memória cultural como Psicose ficou.

**** (3,5/5)

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Próximo Bates Motel: 01x02 – Nice Town You Picked Norma (25/03)

21 de mar. de 2013

Review: The Americans, 01x08 – Mutually Assured Destruction

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por Caio Coletti
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ATENÇAO: esse review contem spoilers!

Semana após semana, The Americans mostra-se a melhor coisa na televisão americana na atualidade. Com o retorno do criador da série, Joe Weisberg, ao roteiro direto do episódio, “Mutually Assured Destruction” tem como missão nos lembrar de quem são esses personagens que conhecemos há oite semanas atrás, e exatamente porque as relações entre eles são tão complicadas. Depois do excelente “Duty and Honor”, que tocou no tema e na evolução da série de forma única, esse oitavo episódio da temporada devolve-nos a terreno familiar. E, no caso de The Americans, isso significa uma peça fora do comum de boa televisão.

É de quebrar corações a forma como o roteiro de Weisberg expõe o quão quebrada é a relação entre Elizabeth e Phillip e, não satisfeito com isso, o criador da série faz questão de montar um episódio que nos mostra a disfuncionalidade não só nesse, mas em muitos outros relacionamentos da série. Tome o exemplo do Agente Beeman e de sua informante e agora amante Nina: quando o chefe de Beeman lhes dá um lugar seguro para se encontrarem (obviamente sabendo, mas não querendo explicitar, o envolvimento romântico dos dois), este poderia ser o momento em que The Americans jogaria em terreno seguro e usaria o adultério do personagem como um escape para o seu casamento arruinado. No entanto, Weisberg injeta na relação Beeman-Nina a tensão definidora de que, em última instância, ele está usando-a (mesmo que, no processo, tenha começado a sentir de verdade por ela).

A porção de Beeman e Nina, ao menos dessa vez, é a parte menos empolgante do episódio. A tensão maior acontece entre Phillip e Elizabeth: tanto na trama da espionagem, em que eles tem que localizar um assassino contratado pela própria KGB (o comando soviético mudou de ideia sobre a missão dispensada ao moço), quanto no front familiar, com Elizabeth descobrindo através de Claudia (Margo Martindale está brilhante nessa série, se eu não pude explicitar isso antes) que Phillip mentiu para ela sobre ter se envolvido com a ex-namorada dos tempos soviéticos, que ele reencontrou em uma missão no episódio passado. Weisberg trata os Jennings com o mesmo processo com que trata Beeman e Nina: subverte o que parece estar muito bem e coloca as peças nos lugares certos.

Assistir a dois relacionamentos caírem em pedaços simplesmente por causa da verdade de suas naturezas é devastador. E é também uma peça brilhante de narrativa.

***** (4,5/5)

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Próximo The Americans: 01x10 – Safe House (03/04)

Review: The New Normal, 01x19 – Blood, Sweat & Fears

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por Caio Coletti
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ATENÇAO: esse review contem spoilers!

Quando uma série é capaz de condensar seus personagens em torno de um tema comum com relevância especial para pelo menos um deles, esta série está jogando num campo tão seguro quanto inescapavelmente interessante. A serialização temática só funciona, no entanto, quando o espectador está familiarizado o bastante com os personagens e o roteiro não sente a necessidade de mudá-los ao bel prazer da trama. Em “Blood, Sweat & Fears”, The New Normal comete alguns erros pelo caminho, mas chega ao final sendo tão absolutamente verdadeira a sua estrutura que essa união temática entre as subtramas é um bem-vindo bônus à mistura.

E nós estamos familiarizados com esses personagens o bastante para saber que eles estão sendo quem eles são: depois de levar uma bronca de David durante um exame de ultrassom de Goldie, Bryan resolve se tornar mais envolvido com o processo de nascimento do bebê. Ele cadastra o marido e a moça em um curso sobre métodos alternativos de parto, mas descobre que não é capaz de presenciar o ato quando desmaia durante um vídeo na aula do curso. Enquanto isso, Rocky está tendo problemas em lidar com sua recém-adotada filha, Nikki, e com o trabalho, e quando Shania se oferece para ser babá, a nova mamãe surta. Por fim, Goldie pede para Brice lhe arranjar um novo lugar para montar sua loja de roupas (uma subtrama que The New Normal parecia ter esquecido).

A boa condução da série é notável especialmente nesse resgate de um elemento de trama esquecido há alguns episódios, e sempre muito bem vindo. Por outro lado, The New Normal continua sendo consistentemente engraçado, com Nene Leakes interpretando três personagens diferentes nessa semana e a introdução do hilário médico de David e Bryan, que aparece em duas cenas rápidas no começo e no meio do episódio. Embora um pouco messy como sempre, essa é uma série que sabe o que está acontecendo com os seus personagens e como lidar com eles. E a narração em off de Goldie no final é simbólica.

The New Normal chega perto do final de sua primeira temporada com alguma consistência e uma determinação enorme de não se repetir nem cair nas armadilhas fáceis que uma série com o seu tema e o seu tom poderia cair. Por enquanto, está funcionando.

**** (3,5/5)

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Próximo The New Normal: 01x20 – About a Boy Scout (26/03)

Misha B bate cabelo rumo ao estrelato no novo clipe, “Here’s To Everything”

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por Caio Coletti
(TwitterTumblr)

Desde que saiu do X Factor UK nas semifinais, na edição de 2011 do programa, Misha B conseguiu impressionar o bastante o público com os dois primeiros singles de uma carreira que se mostrava promissora. "Home Run" e a belíssima "Do You Think of Me" prepararam o terreno, mas parece que é “Here’s to Evertyhing”, lançado hoje (21), que tem a missão de elevar o nome da moça antes do lançamento do primeiro álbum, ainda sem nome, data ou capa definidos.

No novo clipe, com cara de super-produção, Misha entoa a canção alto-astral que liberou para o público há pouco menos de um mês, e faz jus ao star power de sua voz com uma pose de diva e energia exemplar. Que a ideia de bater cabelo rumo ao estrelato dê certo, porque Misha é uma adição certamente bem-vinda ao nosso panteão de popstars.

20 de mar. de 2013

John Green bate o martelo: A Culpa É das Estrelas vai virar filme

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por Andreas Lieber
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A Culpa é das Estrelas (The Fault in Our Stars) é o quarto romance solo do renomado autor norte-americano John Green, de Looking for Alaska. Considerado por muitos leitores, e críticos, o melhor trabalho de Green, nessa trama digna de um nome à la Shakespeare, conhecemos a jovem Hazel, vítima de câncer terminal, e somos confrontados com a realidade da vida e sua constante proximidade com a morte. Ao conhecer Augustos Waters em seu grupo de apoio às vítimas adolescentes de câncer, Hazel embarca em uma jornada que, além de romântica, abarca questões filosóficas da natureza humana e dá ao leitor uma outra visão sobre o que é ter câncer e sobre como alguns infinitos são maiores do que outros.

Com os direitos autorais comprados pela Fox 2000 e a direção a cargo do novato Josh Boone (Stuck in Love), The Fault in our Stars será adaptado para o cinema por Scott Neustadter e Michael H. Weber (ambos escritores do aclamado romance hipster (500) Days of Summer) e ainda não possui data certa para os inícios de filmagem. Green publicou em seu Twitter ontem, 19, que a protagonista Hazel será vivida por Shailene Woodley (The Descendants), porém esse é o máximo do cast que temos até agora.

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Shailene Woodley, que ganhou reconhecimento ao interpretar Amy Juergens em The Secret Life of the American Teenager

“I believe the universe wants to be noticed. I think the universe is inprobably biased toward the consciousness, that it rewards intelligence in part because the universe enjoys its elegance being observed. And who am I, living in the middle of history, to tell the universe that it – or my observation of it – is temporary?”
― John Green, The Fault in Our Stars

Justin Timberlake e a história de amor em oito minutos do clipe de “Mirrors”

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por Gabryel Previtale

O nosso queridinho e sexy Justin Timberlake lançou nesta terça-feira (19), sem nenhuma divulgação, seu mais recente clipe, da música “Mirrors”, do novo álbum The 20/20 Experience. O vídeo contou com uma superprodução, muito charmoso e bem trabalhado, em seus 8 minutos de duração, Justin não poupou esforços para este trabalho já que para muitos “Mirrors” é a melhor canção do novo CD. No clipe o cantor reproduz uma bela historia de amor baseada nos seus avós, um amor que transcende as épocas e sobrevive a tudo, passando pelos anos 50/60 até os atuais. A sacada de “Mirrors” seria um casal que se completa e se conhece tão bem que ambos seriam os reflexos um do outro, como em um espelho. Timberlake aparece só nos últimos minutos em uma sala cheia de espelhos fazendo seus passinhos característicos que adoramos. Algumas pessoas acharam o vídeo denso e entediante por não se tratar de uma historia do cantor ou pelo grande espaço de tempo usado, mas vale a pena ainda mais pela música onde Justin resgata o pop com R&B que dá o tom das antigas músicas de sucesso do artista e pela produção cinematográfica inspirada para realização do clipe.

Vale lembrar que Justin subirá aos palcos do Rock In Rio no dia 15 de setembro e os ingressos começaram a ser vendidos a partir de abril, na faixa de 260 reais (inteira).

18 de mar. de 2013

Review: Pretty Little Liars, 03x23 – I’m Your Puppet

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por Gabis Paganotto
(Twitter)

ATENÇÃO: esse review contem spoilers!

Oi gente, voltei pra falar do penúltimo episódio da terceira temporada de Pretty Litte Liars.

Esse episódio é o de número 23, galera, e as coisas começam a esquentar demais nele.

Ele já começa bem faiscante, com uma conversa entre Spencer e as três melhores amigas, onde elas discutem sobre o comportamento de Spence, e essa obsessão que ela criou por ficar em Radley mais um tempo. As amigas tem certeza que Spencer está procurando algo lá, algo que pode ser perigoso demais.

Spencer percebe uma tensão entre Ed, o enfermeiro, e Wren, seu "amigo" psicólogo. Então Spence questiona Ed sobre os cartões de visita que vazaram e que continham seu nome. Ele respode que o responsável por isso não foi ele, e que a menina deveria questionar Wren sobre o assunto.

Spencer recebe de Ed um tabuleiro que ele dizia ser o jogo favorito de Mona, e a menina percebe que aquilo é mais que um tabuleiro, que ali contém um mapa, para Spence mais tarde descobre, as roupas de enfermeira e os cartões que Mona usava para fugir de Radley.

Porém a menina é flagrada por Wren. Aproveitando o momento Spencer o interroga sobre o acidente com os cartões, e ele diz que tudo ocorreu porque ele permitiu uma visita a Mona quando na verdade ela não poderia ver ninguém. Spencer pergunta quem a visitou, e Wren, para a surpresa da 'pequena sabida', diz que as visitas eram de Cece Drake. Que Cece o convenceu pois Alison também havia feito coisas horriveis para ela, que por causa da Alison Cece havia sido expulsa da faculdade, e que sua história poderia servir de exemplo para Mona.

Spencer ainda recebe uma visita da mãe, que revela a menina que em uma noite que Ali havia dormido em sua casa, Veronica a flagrou entrando na casa as três da manhã, e que Ali estava com o rosto machucado e muito assustada.

Hannah, Emily e Aria estão decididas a mostrar para Spencer que o corpo que os guardas encontraram na floresta não era de Tobby, e então vão ao necrotério para tirar uma foto do corpo. Aria, que esta vigiando a porta, visualiza pelo espelho a "Red Coat" descendo do elevador. Notando que sua presença havia sido percebida, a figura misteriosa entra novamente no elevador e desaparece antes que Aria consiga alcança-la .

Emily encontra o corpo achado na floresta, porém quando abre o saco o rosto se encontra debaixo de uma máscara horripilante posta ali provávelmente por A-.

As meninas deixam o necrotério sem as fotos.

Emily faz um apelo a mãe, se caso encontrem algo a mais ela lhe informaria, e a sua mãe promete que assim que souber de algo, Em também saberá.

Aria se propõe a buscar o filho de Ezra, Malcom, no judô. Porém chegando lá Aria recebe um favor de A-, que já buscou o menino para ela, deixando apenas uma pista de que estaria no circo. Aria sai em desespero atrás de Malcom, e com sorte consegue recuperá-lo antes que Ezra precise saber do incidente.

A mãe de Emily diz a filha que encontraram outro corpo na floresta, próximo ao local onde Spencer disse ter visto o corpo de Tobby, e que as característica do corpo batem com a do ex amigo da filha, mas que ainda não há confirmações. Emily fica arrasada e conta para suas amigas que logo se preocupam com Spencer.

Spencer encontra em seu quarto um uniforme de A-.

Será que Spencer vai entrar para o A- Team?! Semana que vem conto pra vocês! Beijos!

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