17 de set. de 2013

Review: Under The Dome, 01x13 – Curtains (SEASON FINALE)

UNDER THE DOME

ATENÇÃO: esse review contem spoilers!

Muito da boa televisão (e do bom cinema também, mas isso é outra história) tem a ver com momentum. O termo é complicado porque não tem outro que defina tão perfeitamente esse elemento: quando uma série tem um bom momentum, a narrativa ganha uma força motora e uma garra que move o espectador a se envolver nela e eleva a maioria das cenas e diálogos a um nível superior. Quando o contexto da trama é capaz de produzir essa força motora, o desenvolvimento dela parece mais natural e, claro, mais empolgante. Depois de uma temporada cheia de altos e baixos, Under The Dome limpou o para-brisa e entregou nesse “Curtains” um finale cheio desse momentum.

Isso não significa que a série deva ser absolvida de todos os seus pecados. Pelo contrário, é preciso louvar o fato de que a equipe por trás de Under The Dome foi capaz de reconhecer esses erros e aos pocuos, nessa fase final da temporada, deixá-los se resolverem sozinhos, cuidando para não cometê-los de novo. Assim, aos poucos, de maneira bem orgânica (da única forma que poderia ser), a série vai se livrando de seus vícios e apontando para um futuro de erros aprendidos. Por boa parte dos 40 minutos de “Curtains”, tudo em Under The Dome funciona muito bem: a definição e a interação entre os personagens, a lenta escalada da tensão, a resolução e o suspense de uma mitologia que, agora sim, parece realmente conectada com o centro nervoso da série.

Após os eventos da semana passada, todos os jogadores estão em movimento: a borboleta Monarca sai de seu casulo e o mini-domo aos poucos se torna preto, o que acontece também com o domo maior, fazendo Chester’s Mill ficar no escuro; Julia e Angie, por suas vezes, libertam Barbie da delegacia após o pânico generalizado tê-la deixado vazia; Junior precisa decidir se confia em seu pai ou nas acusações disparadas por Angie, Joe, Norrie, Julia e Barbie; Linda e Big Jim descobrem a conexão das pinturas da esposa falecida desse último com todo o mistério do domo. Tudo isso converge num final que tem um money shot de dar inveja a qualquer série de baixo orçamento, mas tem também um legítimo senso de suspense e apreensão. E um cliffhanger, é claro.

Sem responder demais nem avançar de menos com a trama, Under The Dome mostra mais uma vez que está cheia de gente talentosa a guiando e produzindo (isso inclui o excelente elenco, todinho em sintonia aqui – destaque devido para Alexander Koch e Rachelle LeFevre). Era só uma questão de tempo até encontrar uma voz própria que faça os espectadores voltarem, semana após semana, para acompanhar as desventuras de Chester’s Mill.

***** (4,5/5) – nota do finale
**** (4/5) – nota da temporada

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A CBS confirmou uma segunda temporada de Under The Dome!

Caio

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