25 de set. de 2013

Nós fomos: John Mayer – Born and Raised World Tour 2013 (Arenha Anhembi/São Paulo, SP)

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É comum ouvir que qualquer artista que coloca os pés no Brasil pela primeira vez se apaixona não só pelo país, como principalmente pelo público daqui. Exemplos não faltam: Will.I.Am é um apaixonado assumido, assim como Laura Pausini, Shakira e, mais recentemente, Jessie J. Com quinze anos de carreira e uma legião de fãs respeitável para um artista que não e´confessamente pop, John Mayer pareceu mais do que disposto a entrar nesse clube depois de alguns minutos do show na Arenha Anhembi ontem (19), primeira apresentação do moço por aqui, que este que vos fala viu de bem perto, a poucos metros do palco.

Testemunho de primeira mão, então: o homem é mesmo incrível. Na guitarra, cantando, e com o público, mesmo que este último jogo já estivesse ganho assim que ele entrou ao som de “No Such Thing”, música do primeiro lançamento de Mayer, Inside Wants Out, de 1999. A abertura teve a participação do grupo de percussão Meninos do Morumbi, e mesmo datando de 14 anos atrás ganhou coro afinadíssimo do público. O mesmo se repetiu em todas as músicas, mesmo nas do último álbum, Paradise Valley, que tem só um mês de lançamento.

“Wildfire” fez a platéria dançar (na medida do possível, se me permitem dizer), e a viagem pela carreira de Mayer continuou: teve “Half of My Heart”, do Battle Studies de 2009, “I Don’t Trust Myself (With Loving You)”, do Continuum de 2006, e sessão acústica liderada pelo hit absoluto “Your Body Is a Wonderland”, do Room for Squares de 2001. O delicioso cover de “Free Fallin’”, originalmente de Tom Petty, deveria fechar a sessão voz-e-violão, mas o público pediu e John não resistiu a tocar “Stop This Train”, também do Continuum.

Já encantado com a recepção do público, o moço se surpreendeu mais ainda ao tocar “Dear Marie”, do álbum novo, e não ver a animação diminuir. Pelo contrário, a platéia puxou coro de um gancho sem letra da música e gritou alto quando Mayer emendou um de seus solos de guitarra mais inspirados da noite (e isso não é uma competição fácil!). Depois dessa recepção calorosa, o moço se rendeu: “As vezes você se preocupa depois de 10, 15 anos, se as pessoas ainda se importam com o que você faz. Se alguém ainda quer te ouvir. É lindo ver o quanto vocês amam e se importam com cada canção que eu escrevo”. Mais tarde, ele emendou: “Está decidido: eu vou voltar para cá todos os anos para o resto da minha vida”.

Esperamos que a promessa seja cumprida, porque no equilíbrio entre canções novas e antigas, o que mostrou que John é muito confortável com seu repertório, o que brilhou na Arenha Anhembi na noite de ontem foi mesmo a conexão do artista com seu público. Poucas coisas são mais bonitas de ver, e uma delas com certeza é o solo maravilhoso no final de “Gravity”, que fechou a noite com chave de ouro. Em uma palavra: épico.

Caio

por Fernanda Martins
(COLABORADORA CONVIDADA)

Quem não se impressionou com a abertura do show de John Mayer que atire o primeiro solo de guitarra. “No Such Thing” foi a música escolhida para abrir o que estava prestes a ser uma apresentação incrível – quase pleonasmo para John.

O cantor norte- americano soube usar muito bem o seu repertório e selecionou as melhores músicas, de fato, para serem tocadas. Gostos pessoais à parte, a mistura da “velha” geração de fãs com a nova foi o toque mais do que especial para uma noite tão esperada.

Confesso que sou fã assídua e que “Heartbreak Warfare” fez falta, porém os solos de guitarra e a mistura das músicas novas com as mais antigas abafaram qualquer música que o publico tenha esperado que tocasse. Para uma fã da velha geração, não poderia deixar passar o momento ímpar que foi escutar “Daughters” e “Your Body is a Wonderland”, e ainda assim se emocionar com a introdução de “Slow Dancing in a Burning Room” – quem não?

O show de John Mayer foi imensuravelmente incrível. Além de cantor de alta potência – o que é perceptível, também mostrou que é músico, a cima de tudo. Solos de guitarras prenderam a atenção do publico do início ao fim em praticamente todas as músicas. John selecionou um acervo de música de sucesso. Nada mais esperado para um cantor como ele.

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