ATENÇÃO: esse review contem spoilers!
Na sua semana de estreia, Sleepy Hollow nos proporcionou uma nova e divertida abordagem da famosa lenda do Cavaleiro Sem Cabeça. Embora seja uma obra ficcional, A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça se tornou peça central no folclore não só americano, bem como em vários outros países. O que poderia preocupar alguns após o episódio de estreia era se a série conseguiria se manter no nível que propôs: uma mistura de terror, mistério e comédia. No fim, essa mistura pode ser difícil de controlar. Qualquer dúvida, no entanto, é apagada após o segundo e bem direcionado episódio, “Blood Moon”.
Quando Ichabod e Abbie descobrem que os policiais que suportavam sua história sobre o Cavaleiro Sem Cabeça misteriosamente retiraram suas declarações e veem um vídeo onde Andy se mata em sua cela, a série dá uma guinada para o mundo real. Um dos pontos interessantes que foi explorado até agora em Sleepy Hollow é justamente o não esquecimento geral da realidade. Metade das personagens ignora o fator sobrenatural, enquanto a outra metade – mais precisamente Icahbood e Abbie – lutam para assimilar as duas realidades. Uma salva de palmas para os roteiristas quando criaram Abbie: é difícil ver, hoje em dia, uma personagem que é levada ao sobrenatural, mas não esquece que o mundo ainda gira sem demônios, bruxas e cavaleiros apocalípticos.
E falando em bruxa, temos uma convidada especial nesse episódio. Katrina bem que tenta avisar para Ichabod no início, mas sem muito sucesso; o demônio sem rosto ressuscita Andy (yay!) e esse traz de volta a vida uma antiga bruxa do “coven maligno”. Enquanto ela anda pela cidade de Sleepy Hollow coletando os descendentes de quem a mandou para a fogueira e assim retornar ao seu poder total, o moço Crane e a sargento Mills tentam impedi-la em mais uma correria por vezes engraçada e cheia de química por parte dos dois.
Ainda sem uma definição exata de rumo para seu plot principal, Sleepy Hollow garante mais 45 minutos de diversão e alguns sustos – os efeitos especiais e a maquiagem são surpreendentes. Metade da força da série vem, com certeza, da atuação de Tom Mison e Nicole Beharie. Um passo em falso, no entanto, é a mania dos roteiristas em matar personagens que poderiam crescer logo no começo: Andy, no primeiro, e agora a bruxa que poderia dar o que falar. Mas Andy retornou, então quem sabe! Enquanto explora sua mitologia, Sleepy Hollow costura sua história e apresenta novos personagens – Jenny, a irmã de Abbie, promete entrar para o elenco mais regular –, firmando sua estreia e dando possibilidades de uma boa temporada.
**** (4/5)
Próximo Sleepy Hollow: 01x03 – For The Triumph of Evil… (30/09)
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