1ª posição – Electra Heart (Marina & The Diamonds)
“Electra Heart talvez seja, pra muitos, a grande surpresa de 2012, e eu boto fé que nenhum material lançado durante o restante do ano será tão surpreendente quanto. O album é bem diferente do primeiro album de Marina, o The Family Jewels. A cantora britânica teve grande destaque nos ultimos anos, destaque esse que já vem sendo notado desde os seus primeiros trabalhos, porém agora, com o Electra Heart que trás uma pegada bem mais pop que seu primeiro (intitulado como indie por muita gente) que foi capaz de ganhar uma fanbase enorme em pouco tempo. E não é por pouco, o album realmente é contagiante e unico, já acompanhado da voz ímpar dela e de uma musicalidade intocável. Dificil mesmo é não se apaixonar por cada faixa e ouvi-las em repeat diversas vezes. Destaco “Teen Idle”, que pra mim é a musica mais conceitual do album, não apenas rica em sua letra mas também impressionante em melodia, que na primeira audição já te faz cantar "super super super suicidal" como se fizesse parte do coral que acompanha o refrão. Eu não diria que vale a pena ouvi-lo e sim que seria um enorme diperdicio, se não burrice, recusar um material tão impressionante como o do Electra Heart.”
Destaque: “Teen Idle”
(por @iJuunior)
Madonna que nos perdoe (ela tem um lugarzinho um pouco mais embaixo dessa lista), mas o acontecimento pop do ano até agora se chama Marina & The Diamonds. A tendência do dubstep não fica de fora com a power ballad do ano, "Lies”, a faixa de abertura “Bubblegum Bitch” é de energia punk rara no cenário pop, e a dupla “Teen Idle” e “Fear & Loathing” é simplesmente hipnotizante. A cantora galesa fez do seu Electra Heart, no entanto, não apenas uma enorme e reluzente pérola de alquimia musical, mas também a obra conceitual mais brilhante, intensa e honesta em muito tempo. Um conto da relação de amor e ódio com a celebridade, e de uma vida construída essencialmente de conflitos inesgotáveis. Como a de todos nós, aliás.
2ª posição – Born to Die (Lana Del Rey)
“O Born To Die é para muitos o album do ano mesmo que este ainda nem tenha acabado, mas com certeza não há quem discorde de que ele marcou época. Dizer que ele é ímpar é pouco, Lana consegue unir sensualidade, tristeza, poder e tudo o que você quiser em um unico album. Claro que pra muitos ela não é nenhuma novidade, Lizzy já estava aí, mas seu album trouxe as demos agora superproduzidas e a voz unica que parece não caber dentro de uma diva. Lana agrada diversas pessoas com gostos musicais diferentes, sua forma de fazer musicas com uma pegada pop-rap e ao mesmo tempo em algumas nada disso é fantástica. Destaco “Radio”, que causou grande surpresa na primeira audição pra muita gente, não sei se por ser inédita mas realmente é uma das melhores musicas do album, seja no instrumental ou no vocal.”
Destaque: "Radio"
(por @iJuunior)
O século XXI é oficialmente o dos hypes e tendências passageiras. Mas, de quando em quando, como sempre, surge um artista que, para além da expectativa que é criada sobre ele, faz algo realmente inédito e único na cena musical. Lizzie Grant é uma dessas artistas. Misturando hip hop ("Blue Jeans", "Off to The Races"), blues ("Million Dollar Man"), arte pop ("Born To Die", "National Anthem") e uma imagem construída com destreza incomparável, com o pseudônimo Lana Del Rey ela se firmou não só como a nova artista do ano, mas como uma marca indelével na história da música pop nesse século. E talvez seja polêmico afirmar isso, com a chuva de críticas que tem descido sobre a autenticidade de seu empreendimento musical, mas é impossível negar a originalidade de todo o seu direcionamento artístico.
3ª posição – Wrecking Ball (Bruce Springsteen)
“Três anos após o lançamento de Working On a Dream, The Boss está de volta como “bola de demolição” em seu 17º álbum. Mais crítico do que em seus trabalhos anteriores e misturando ainda mais o country e o folk ao rock’n’roll, Bruce Springsteen expressa suas frustrações e sonhos, atacando a ordem vigente e os poderosos engravatados que “nada fazem pelos que nada tem”. A empolgante e extremamente patriota “We Take Care of Our Own”, abre perfeitamente o disco exprimindo ironicamente a postura do governo em relação às diferentes classes. “Rocky Ground” é, talvez, a faixa mais bem elaborada do Wrecking Ball. Combinada a uma leve batida de rap e a um trecho em coral, bem como a uma levada mais soul, traz em sua bela e melancólica letra as súplicas por uma terra mais possível de se viver. Sua voz grave e rouca dá um toque especial a este álbum de 11 faixas, que conta com a participação de nomes como Tom Morello, Michelle Moore e Matt Chamberlain, e encerrado com a faixa “We Are Alive”, mais branda em termos de ritmo e tão cheia de esperanças quanto as demais.”
Destaque: "Rocky Ground"
(por @DonaChica_ca)
Celebrado quase unanimamente pela crítica como um trabalho para rivalizar com o melhor de sua discografia, Wrecking Ball é Bruce Springsteen em seu estado bruto. O sintetizador anos 80 aparece em "Shackled and Drawn", o cantor mostra energia invejável do alto de seus 63 anos em faixas como "Wrecking Ball" e "We Take Care of Our Own" e o álbum ainda tem tempo para ser uma das obras mais sensíveis ao atual momento do público americano. Quatro anos depois da crise de 2008, cujas consequencias ainda não deixaram se ser sentidas, Sprinsgteen mostra que ainda entende como nunca os anseios de seu público natal. A belíssima "This Depression" e o fechamento com "We Are Alive" mostram que The Boss ainda não está pronto para deixar a chefia.
4ª posição – MDNA (Madonna)
“Após um hiato de cerca de quatro anos sem lançar algo, Madonna ressurge com o seu mais novo álbum: o MDNA. Apesar de conter faixas com ritmos reciclados – como ‘Turn Up The Radio’ – o novo trabalho de Madonna possui a sua essência, ou como colocado subliminarmente no título, o seu DNA em cada música. Partindo de um ritmo mais eletropop relembrando o Confessions on a Dance Floor, o álbum passa por composições semelhantes às do polêmico American Life e instrumentais etéreos como os vistos em Ray of Light carregando consigo características da longa discografia da cantora, fazendo do MDNA uma peça que sintetiza o nome da eterna rainha do pop no cenário musical.”
Destaque: "Love Spent"
(por @itspokerazzi)
Lançado com a aura de álbum mais esperado do ano, o MDNA, décima segunda aventura de estúdio da carreira de Madonna, chegou com a missão de escapar da sombra de seu antecessor, o desastroso Hard Candy. Para isso, a rainha do pop trouxe de volta o produtor do Ray of Light, William Orbit, e complementou as faixas com intervenções de gente capaz de dar a ela ar contemporâneo, como Martin Solveig e Benny Benassi. Aqui, ela tem controle de tudo o que se passa, e é possível ouvir sua conexão com peças como a cinematográfica "Gang Bang", a estratoférica "Turn Up The Radio" e a amarga "Falling Free", que fecha o álbum com uma Madonna cujo tom de soprano nunca foi tão comovente e autêntico. Ah, e tente achar uma canção que te faça dançar mais que "Girl Gone Wild" em 2012. Rainha que é rainha, nunca perde a majestade.
5ª posição – … Little Broken Hearts (Norah Jones)
“Norah Jones mostra como é contra a mesmice nas mudanças significantes em cada trabalho. Em Little Broken Hearts, ela traz um pouco de jazz-pop, country, blues e até do folk. Algumas músicas como "Say Goodbye" e "She's 22", mais melancólicas, tratam sobre decepções amorosas e tem batidas mais lentas e envolventes. Em"Happy Pills", primeiro single, Jones mostra um lado atraente porém ríspido e intenso, sem contar a pegada de soul que sintetiza as novidades do álbum. A música "Little Broken Hearts", tem uma interpretação mais doce e batidas constantes. Já "Good Morning", que abre o álbum, lembra uma canção de ninar com base de guitarra no começo e arranjos de violino no final da música. Destaque para "Out on the Road" que traz um lado mais selvagem. A batida dela é agradável, muito boa de ouvir e nos relembra dos melhores momentos da carreira de Norah.”
Destaque: "Out on The Road"
(por @itsraessa)
A combinação dos talentos de Norah Jones, aqui em seu quinto álbum de estúdio, e do produtor Danger Mouse, o responsável pelo som gospel-eletrônico-western-pop-ambiente do Gnarls Barkley, rendeu um dos break-up albums mais atmosféricos, evolventes, versáteis e maduros dos últimos tempos. Esqueça o 21 se o que você quer não é só ficar eternamente se lamentando. A voz de Norah, com seu fraseado delicado de sempre, nos leva tanto pela melancolia ("Travellin' On" e seu belíssimo violoncelo) quanto pela felicidade da liberdade ("Say Goodbye"), e finalmente em direção ao desapego ("Happy Pills", talvez a canção pop mais “redondinha” do ano). No caminho ainda ficamos com a já lendária murder ballad "Miriam" e com a linda faixa de abertura, "Good Morning".
6ª posição – Trespassing (Adam Lambert)
“Adam Lambert finalmente atingiu seu tão sonhado estrelato com seu novo album Trespassing, lançado no começo deste ano. O cantor do For Your Entertainment saiu de sua área de conforto e atacou a indústria com vocais estratosféricos e batidas intensas e contínuas, Adam também explorou parcerias como a de Bruno Mars na música “Never Close Our Eyes”, música no estilo de “The Other Side”. Os singles do album até então foram “Better Than I Know Myself” que se encaixa na segunda parte mais lenta e apaixonada do album, e “Never Closer Our Eyes”, onde no clipe Adam é submisso e controlado e quer se libertar de uma prisão. Destaca-se “Pop That Lock”, sobre aceitar novas chances e fazer o que você quer e se libertar.”
Destaque: "Pop That Lock"
(por @GuiAndroid)
Adam Lambert libertou o popstar que sempre existiu em seu incontestável carisma e segurança que transparece em cada nota de seus vocais incomparáveis no cenário pop, e Trespassing é o primeiro e delicioso álbum desse Adam mais confortável e seguro de para onde quer seguir. A faixa-título já começa emprestando a linha de baixo de “Another One Bites The Dust”, pela qual Adam já se declarou fascinado, e construindo uma canção de tons otimistas e energia pulsante. A alta voltagem continua com a ótima "Shady", em parceria com Sam Sparro, e a sexy "Kickin' In", a melhor produção de Pharrell Williams em uns bons anos. No lado das baladas, destaque para o vibrante single "Better Than I Know Myself" e para as belamente dramáticas "Underneath" e "Outlaws of Love".
7ª posição – Carry The Fire (Delta Rae)
“Carry the Fire é uma daquelas obras-primas de um artista (nesse caso uma banda) que chega deixando quem ouve de boca aberta. A Delta Rae consegue trazer em plena época onde a vibe musical é mais destacada no eletrônico, principalmente nos EUA, um estilo musical não novo, mas que faz falta pra muitos. Um pegada de rock pesado como em "Fire" ou uma baladinha mais romântica de estrada como "If I Loved You," cheia de vocais formando um harmonioso e doce coral, mostram o quanto este album pode nos levar pra diversos momentos sentimentais em suas 12 musicas (e mais suas 2 acústicas presentes na versão deluxe). Há ainda quem sinta um pouco uma semelhança com musicas de bandas gospel americanas (Exemplo: Hillsong United) mas ao ouvir “Bottom of the River” - que eu destaco no album - repara numa pegada mais sombria e bem contagiante, dessas em que o refrão fica na cabeça de primeira e seus curtíssimos 3:22 minutos acabam fazendo ligarmos o repeat várias vezes. Vale a pena ouvir, seja para os apaixonados, para os revoltados ou apenas para quem quer ter momentos de catarse com um album carregado de sensações como esse.”
Destaque: "Bottom of The River"
(por @iJuunior)
O Delta Rae é uma daquelas bandas que simplesmente não podem ser encaixadas em um gênero. Pop rock não é uma denominação que defina tudo o que se encerra nesse álbum de estreia, o Carry The Fire. Corais, uma percussão forte, momentos de pegada rocker intensa, com paredes de guitarras enchendo as canções, as interpretações influenciadas pelas nuances do soul, tudo aqui é uma explosão de influências traduzida em música que, se não é classificável, por isso mesmo é extremamente regozijante. O que importa, no fim do dia, é a sensação que as canções passam. Os interessados em explosão podem correr para a brilhante "Fire", quem quiser beleza campestre e modesta tem a linda "Morning Comes", e ainda um pouco de alegria de vida-após-a-morte em "Dance in The Graveyard".
8ª posição – Overexposed (Maroon 5)
“Um dos maiores trabalhos do grupo e muito ousado, com certeza o contrário do último CD da banda Hands All Over de 2010, o novo álbum do Maroon 5 vem apostando tudo em um som mais pop e até um tanto “comercial”, aproveitando a popularidade do vocalista Adam Levine, assim surgiu o titulo para o novo trabalho: Overexposed. Carregado de participações de DJ’s até rappers, a banda reparou no sucesso de “Moves Like Jagger” e continuou seguindo esta receita, deixando o grupo confortável para apostar no novo estilo musical. Há quem diga que a banda perdeu sua identidade, mas estão enganados, pois o trabalhou ficou muito bem feito e moderno. A banda apenas se atualizou com o tempo e mundo o que a deixou muito mais leve, com batidas e remixes. Usando de audição fluída é como se cada faixa fosse um single e esquivadas de solavancos, porém deveriam ter mais cautela na hora do remix para que a banda não fique tão apagada e só se ouça a voz do Adam, popularidade dele é muito positiva para o grupo, porém as guitarras dão o toque verdadeiro do Maroon 5.”
Destaque: "Doin' Dirt"
(por @gabryel55)
O Maroon 5 sempre foi uma banda pop. Não só por causa das melodias grudentas que eles, como ninguém, são capazes de escrever, mas principalmente por terem marcado sua imagem, estilo e nome no inconsciente coletivo do público do século XXI desde o clássico Songs About Jane, de 2002. O que esse Overexposed, quarto álbum de estúdio da banda, faz, é escancarar esse potencial pop em canções que não se furtam de serem grudentas, cantáveis, dançantes e tudo o mais que boa música pop deve ser, mas tampouco se privam de ser impreterivelmente Marooon 5. “Doin’ Dirt” é uma das três melhores canções para pista de dança do ano, "Tickets" tem uma letra genial (“She’s got tickets to her own show/ But nobody wants to go/ And I’m stuck sitting in the front row”), e ainda sobram as lindas "Sad" e "Beautiful Goodbye".
9ª posição – Fall to Grace (Paloma Faith)
“O Fall to Grace é um belo exemplo de que se pode amar um álbum já na primeira audição. Envolvente da primeira à última faixa, o segundo álbum da cantora, compositora e atriz britânica Paloma Faith, traz em sua tracklist melodias com essência mais pop, não deixando de lado, é claro, a levada soul presente em seu álbum de estreia. “Picking Up The Pieces” abre o disco, revelando o quão apaixonante ele é. “Just Be”, a faixa mais brilhante e cheia de sentimento e alma, talvez seja a em que a potência vocal de Faith esteja mais bem desenvolvida, acompanhada apenas por um piano. “Streets of Glory” o encerra, expressando o sofrimento de uma despedida. Sem dúvidas, a moça dos cabelos exóticos soube bem como combinar sua voz inconfundível à mistura deliciosa do soul com o soft pop, e fazer do Fall to Grace o seu melhor álbum e um dos melhores do semestre, quiçá do ano.”
Destaque: "Just Be"
(por @DonaChica_ca)
Cantoras britânicas de soul music com o tipo de timbre de Paloma Faith não faltam. Dá pra citar Duffy, Rebecca Ferguson e Adele, só de primeira, sem pensar muito. Mas se cada uma dessas tem o seu diferencial, Paloma também tem o seu: o faro para canções que não tem medo do melodrama, e ainda assim tocam o ouvinte com facilidade. Talvez seja a formação de atriz (a britânica participou de diversos filmes, inclusive O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus), mas o fato é que Paloma coloca tanto peso emocional em seus vocais que é impossível passar imune a canções como "Black & Blue", "Agony" e "Let Your Love Walk In". E ainda tem faro musical para brincar de disco em "Blood, Sweat & Tears" e Cyndi Lauper em "30 Minute Love Affair". Absolutamente louvável.
10ª posição – The Bright Side (Meiko)
“Meiko é um daqueles “achados” preciosos, sabe? A cantora tem uma pegada indie/folk/alternativa e nos encanta com sua voz doce e suave. Algumas músicas como “When the Doors Close” e “I’m Not Sorry” são extremamente envolventes e românticas, sem falar nos arranjos maravilhosos de todas as músicas do álbum The Bright Side. “Let It Go” sai um pouco do padrão da maioria das músicas do álbum e é um pouco mais animada e tem uma letra muito bonita e otimista. Destaque pessoal para “Stuck On You”, a primeira música da Meiko que me conquistou. É uma daquelas músicas pra começar bem o dia, que tem uma pegada mais country que fica nítida nos arranjos da guitarra.”
Destaque: "Stuck On You"
(por @itsraessa)
Ao contrário do que pode parecer, não se encontra uma Meiko a cada esquina. A mistura incansável de receita pop e ousadias indie que a americana faz consegue o feito de jamais soar como menos do que deleite para os ouvidos. Isso sem deixar de se arriscar. Meiko não é uma artista que se acomoda a sua zona de conforto. "Leave The Lights On" é a melhor música de Ellie Goulding que Ellie Goudling nunca escreveu, e ganha um arranjo consideravelmente mais deliado e detalhista nas mãos de Meiko. "Thinking Too Much" tem ares de folkpop, "Let it Go" poderia ser uma música de Colbie Caillat (com uma pitada a mais de sal fornecida por Meiko) e "Good Looking Loser" dispensa quaisquer descrições. Meiko é, mesmo sem os holofotes todos, uma das melhores revelações do ano.
11ª posição – A Joyful Noise (Gossip)
“A banda Gossip de Beth Ditto começa o ano de 2012 em grande estilo com seu novo album A Joyful Noise. Diferente dos outros albuns da banda americana, ele possui influências pop mais nítidas deixando um pouco de lado a identidade indie, e convenhamos, Gossip é uma das bandas que melhor fazem som pop atualmente. Beth Ditto já havia se provado capaz disso nas músicas “Heavy Cross”, “Men In Love” e na produção indepentente “I Wrote the Book”. Os singles “Perfect World” e “Move In The Right Direction” (este último com vocais bem explorados, melodia divertida e envolvente) alcançaram o esperado sucesso dentro do público da banda, sendo o último o mais recente e mais bem sucedido.”
Destaque: "Move in The Right Direction"
(por @GuiAndroid)
Nas mãos de Brian Higgins, o produtor com uma filosofia (“Há uma tendência natural à melodia e ritmo em todo mundo. É só uma questão de trazê-la à tona”) que deu a Cher o maior hit de sua carreira (“Believe”, claro), o Gossip nunca esteve tanto em seu território, e ao mesmo tempo tão fora dele, quanto nesse A Joyful Noise. Libertando a tendência pop do grupo que começou como uma autêntica banda de garagem e aos poucos incorporou elementos do glam, especialmente com a fixação da imagem da vocalista diva Beth Ditto no imaginário coletivo, Higgins cria aqui um álbum essencialmente disco e dançante, com a voz estratosférica da cantora passeando por melodias que a favorecem e instrumentais baseados em batidas, guitarras e sintetizadores. Destaque para as contagiantes "Perfect World", "Involved" e "Love in a Foreign Place".
12ª posição – The Idler Wheel… (Fiona Apple)
“A talentosa Fiona Apple retorna com o seu mais novo projeto musical - de nome longo e poético - “The Idler Wheel Is Wiser Than the Driver of the Screw and Whipping Cords Will Serve You More Than Ropes Will Ever Do” ou simplesmente chamado de “The Idler Wheel”, que se baseia num álbum repleto de sons inovadores e letras profundas, típicos da cantora. Com cerca de cinco anos de produção, o conteúdo final do Idler Wheel mostrou-se fiel à discografia de Fiona, tal como trouxe um upgrade recheado de melodias obscuras e rimas bem elaboradas, como pode ser visto no primeiro single, Every Single Night, onde uma batalha psicológica é construída ao redor de um instrumental sutil que cresce com a canção. Certamente, o novo álbum é uma raríssima obra-prima, esculpido para expressar todos os sentimentos omitidos da cantora, capaz de mostrar ao mundo que ainda é possível fazer música por prazer, e não apenas para ser vendida.”
Destaque: "Hot Knife"
(por @itspokerazzi)
Sete anos depois do polêmico e aclamando Extreaordinary Machine, Fiona Apple está de volta com The Idler Wheel is Wiser Than The Driver of The Screw, and Whipping Cords Will Serve You More Than Ropes Will Ever Do (boa sorte tentando fazer uma tradução disso que faça sentido). A americana não gosta de deixar as coisas fáceis para seus ouvintes, produzindo um som por vezes minimalista, com toques tribais e influências do indie pop moderno (Santigold ressoa em "Hot Knife") ao mesmo tempo que não abandona as raizes folk (vide a ótima "Daredevil") e a experimentação incansável que é intrinseca a sua obra. Mas trata-se de complexidade atmosférica e realmente genial, favorecida pela voz grave, quente e profunda de Fiona, absurdamente bem usada em canções como o single "Every Single Night" e a brilhantemente triste "Left Alone".
13ª posição – The Absence (Melody Gardot)
“Voz aveludada e pura sensualidade: não há como não amar Melody Gardot. Três anos após o lançamento do seu My One and Only Thrill, a “artista acidental” traz The Absence para envolver e apaixonar, e talvez fixar-se (definitivamente) no cenário musical global. Um álbum de cores musicais diversas, que passeia pelos bares de Buenos Aires, pelas praias ensolaradas do Brasil e pelas ruelas de Lisboa. “Mira”, primeiro single, introduz o disco e nos leva direito ao Brasil, com a levada da MPB e lembrando logo Elis Regina. “Se Voce Me Ama”, a única cantada em português, surpreende pela facilidade como Melody trabalha com o idioma. Produzido por Heitor Pereira e escrito pela própria Gardot, o álbum conta com 11 faixas e um conjugado de sedução e mistério.”
Destaque: "Impossible Love"
(por @DonaChica_ca)
Uma das primeiras-damas do blues e do jazz modernos, Melody Gardot se une ao produtor brasileiro Heitor Pereira para The Absence, terceiro álbum da carreira que começou quando Melody sofreu um acidente que a deixou com sequelas motoras (o médico recomendou musicoterapia, e a cantora realizou-se na atividade). Aqui, ela experimenta tanto com sua maravilhosa voz e fraseado (a aspereza que ouvimos em "Goodbye" é inédita em sua discografia, e muito bem-vinda), quanto na incorporação mais evidente de influências como a bossa-nova. "Lisboa" e "Se Voce Me Ama" tem partes cantadas em português e o delicioso primeiro single "Mira" ganha refrão com elementos em espanhol. E ainda sobrou a belíssima "So We Meet Again My Heartache".
14ª posição – Love is a Four Letter Word (Jason Mraz)
“Jason Mraz retorna com muito LOVE e um tom adolescente cativante em seu novo albúm Love Is a Four Letter Word. Trazendo do fundo do baú a canção “The Freedom Song”, que inclusive abre o disco, Jason mantem seu old style de fazer música e faz com que os fãs sintam-se mais próximos do que nunca do cantor de voz doce e ingênua, mas jamais inocente.”
Destaque: "I Won't Give Up"
(por @GuiAndroid)
Em seu primeiro álbum pós-sucesso-meteórico com “I’m Yours”, Jason Mraz não se furta de suas sutis experimentações e profundidades de sempre. Pode surpreender quem o conhece só pelo hit do álbum anterior a composição de faixas densas como a linda "93 Million Miles", dona de letra comovente e sintetizante da mistura de folk, surf e gospel que está no cerne da obra de Mraz. "Everything is Sound" ganha refrão grudento e gancho pop com corais entoando um “hallelujah” delicioso, "Frank D. Fixer" é uma das baladas acústicas mais harmonicas do ano e, depois de algumas audições, até a boba "The Freedom Song" ganha charme. Por fim, "The World As I See It" fecha o pacote com uma bela melodia, explorando brilhantemente a voz de Mraz.
15ª posição – Born and Raised (John Mayer)
“Ouvir John Mayer é tipo um calmante, relaxa a gente. E é claro que em Born and Raised não seria diferente. “Queen of California”, que abre o álbum, tem uma melodia doce, calma e uma pegada country, um diferencial no novo álbum de John. Em “The Age of Worry”, ele mantém a suavidade na melodia. Em músicas como “Shadow Days”, John Mayer expõe, em uma deliciosa melodia, a imagem construída de que ele é um bad boy depois das polêmicas amorosas em que foi envolvido. “Something Like Olivia”, com um toque um pouco groovy, foge um pouco do espírito do álbum, mas é uma música deliciosa de ouvir! “Face To Call Home”, que segue a mesma linha, é uma música romântica, motivadora, daquelas que você senta, ouve e pensa na vida. “Walt Grace’s Submarine Test, January 1967” é inexplicável! Aquela introdução, aquela melodia, é de arrepiar. Mas outra música que também não deixa a desejar nos quesitos instrumentais é “Whiskey, Whiskey, Whiskey”. Afinal, aquela gaita apaixona qualquer um! Destaque pessoal para “Born and Raised”, onde John também usa a gaita e nos conquista com aquela voz maravilhosa e envolvente. Mais uma vez, John Mayer se mostra maduro em seus trabalhos. Born and Raised é um álbum delicioso e não perde em nada para seu último disco, Battle Studies.”
Destaque: "Born and Raised"
(por @itsraessa)
Com uma capa linda e a proposta de incorporar o country ao seu som (uma direção em muitos sentidos diametralmente oposta a do álbum anterior, Battle Studies, marcado pela experimentação pop rock com timbres de guitarra recheados de ecos), John Mayer criou uma obra deliciosamente arejada e cheia de boas ideias melodicas nesse Born & Raised. O destaque vai para três baladas belamente compostas. "The Age of Worry" proclama: “vivos na era da preocupação/ sorrindo na era da preocupação/ enlouquecendo na era da preocupação/ e diga: ‘preocupação, porque eu deveria me importar?’”. "Love is A Verb" é John Mayer clássico com um chapéu de cowboy. E, por fim, "Whiskey, Whiskey, Whiskey" e seu brilhante arranjo nos faz repetir: “é só uma fase, não é para sempre”.
… e mais 10 (os que quase entraram na lista):
16ª posição – Out of The Game (Rufus Wainwright) – "Out of The Game"
17ª posição – Roses (The Cranberries) - "Schizofrenic Playboy"
18ª posição – The Magic Gift Box (Iiris) - "Weirdo"
19ª posição – Yuna (Yuna) - "Lullabies"
20ª posição – Magic Hour (Scissor Sisters) - "Baby Come Home"
21ª posição – Strange Clouds (B.o.B) - "So Hard to Breathe"
22ª posição – Listen Up! (Haley Reinhart) - "Free"
23ª posição – What We Saw From The Cheap Seats (Regina Spektor) - "Firewood"
24ª posição – A Million Lights (Cheryl) - "Telescope"
25ª posição – Scars & Stories (The Fray) - "Run For Your Life"
4 comentários:
Conheço um pouco de cada um desses álbuns, mas é só por ouvir o pessoal com quem moro ouvindo, que não me interessei verdadeiramente por ouvi-los todos e, ainda, analisá-los. E não gosto de Lana Del Rey, eu a acho muito irritante.
Pra quem não gosta de Lana Del Rey: tem quem goste, e olha, é muita gente. Ou ao menos façam uma critica descente pra ser considerável. Eu não curto o MDNA mas apenas desconsiderei porque sei que tem quem goste, ou precisava agradar a todos? são 15 albuns, poderiam ser de estilos absurdamente diferentes e não perderia credibilidade nenhuma.
Senti MUITA falta do álbum mais recente da Regina Spektor, se ele tivesse entrado nessa lista, não teria do que reclamar :).
meninas nao troquem farpas Kkk
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