7 de jun. de 2014

Você precisa conhecer: Wynter Gordon muda tudo com o novo projeto, The Righteous Young

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por Caio Coletti

A história de Wynter Gordon no showbusiness começou em 2005, quando a nova-iorquina, então com 20 anos, foi contratada pela Atlantic Records e escreveu canções para Mary J. Blige, Danity Kane e Jennifer Lopez. Depois de cantar em "Sugar" com Flo Rida e em "Toyfriend" com David Guetta, a moça ganhou a oportunidade de gravar um disco de estreia. With The Music I Die é um gema perdida da nossa década, cheia de canções para encher a pista de dança e um uso perfeito da voz poderosa de Wynter, cujo verdadeiro nome é Diana Gordon. As vendas nada impressionantes do disco, no entanto, fizeram com que a cantora não lançasse um sucessor e abandonasse a Atlantic.

Em selos independentes, ela lançou dois EPs que só fizeram ampliar a nossa visão do quão maravilhosa como artista ela é. Doleo e Sanguine são os dois volumes do projeto Human Nature, incluindo canções incríveis como "Stimela", "Don't Waste Your Time", "Lucky Ones" e "TKO", misturando uma gama enorme de referências, de música africana a hip hop e synth-pop.

Agora, em 2014, próxima de completar 30 anos de idade, e uma década de carreira, Wynter resolveu mudar tudo e sair com um projeto novo, completamente fora do esquema de gravadoras, que quer apostar na audiência online para conseguir relevância. É o The Righteous Young, um sexteto encabeçado pela cantora, que além de assumir os vocais também escreve as canções, dirige os vídeos e faz o styling para os mesmos. “Everything Burns”, a única canção liberada da banda até agora, traz bem o clima que o Righteous Young quer passar.

O vídeo traz Wynter cantando em uma floresta, filmada por uma câmera de VHS (pense em A Bruxa de Blair), e também vestindo uma roupa macabra, que inclui chifres feitos de galhos de árvores e flores, de forma parecida com os vistos na primeira temporada de True Detective (creepy, right?). A estética se mistura à produção muito “orgânica” da música, com violões, pianos e cordas acompanhando a voz de Wynter, mais crua e mais potente do que nunca. O resultado é uma mistura de Florence + The Machine com um toque estético de Bastille e a angústia existencial de Fiona Apple.

Sobre a letra, Wynter diz: “’Everything Burns’ é uma carta aberta para todos os homens protagonistas da minha vida, começando pelo meu pai”. A julgar pelos versos, esses tais homens da vida da cantora deveriam tomar mais cuidado, porque a fúria vingativa da moça não é pouca: “Agora está chovendo, mas você vai aprender/ Brincando com fogo você está condenado a se machucar/ Eu não vou ficar brava, eu não vou dizer nada/ Eu simplesmente não vou parar até tudo queimar”.

O Righteous Young está trabalhando com Mike Eliozondo (Alanis Morissette, 50 Cent, Carrie Underwood) em estúdio para produzir mais canções. Estamos esperando ansiosamente já.

Pra quem gosta de: Florence + The Machine, Laura Marling, Dia Frampton, Alanis Morissette, Bastille, Fiona Apple, Delta Rae

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