Foto promocional do projeto Archis, postada no Facebook do duo
por Caio Coletti
Apesar do péssimo desempenho nas paradas, Red, o álbum de estreia de Dia Frampton em carreira solo, depois de terminar a primeira temporada do The Voice em segundo lugar, era admirável. Cheio de canções grudentas que não abriam mão de seu toque autoral (vide "The Broken Ones"), hoje é possível dizer que o disco saiu melhor que encomenda: Dia contou, em entrevista ao Express Milwaukee, que o processo de composição, gravação e produção do álbum foi tão apressado que o lançamento, seis meses depois do final da temporada do The Voice, foi considerado tardio pela gravadora.
De qualquer forma, Red é passado para Dia (o parágrafo aí em cima foi em parte para familiarizar os recém-chegados com a trajetória da moça). Três anos depois, ela se prepara para fazer outra estreia com o EP inaugural do projeto Archis, desenvolvido por ela e pelo produtor Joseph Trapanese, que já coloaborou com o Daft Punk na trilha de TRON e com o M83 na trilha de Oblivion. Amigos de longa data, os dois liberaram até agora só uma faixa, intitulada “Blood”, que ganhou esse enigmático e expressivo clipe ontem (veja aí embaixo). Foi o bastante para capturar o olhar d’O Anagrama.
Em entrevista ao The Music Ninja, que debutou a faixa com exclusividade duas semanas atrás, Dia esclareceu as muitas razões pelas quais resolveu deixar de lado o mundo comercial das gravadoras e lançar um projeto independente, de canções longas (reportadamente, nenhuma das incluídas no EP contam menos de 5 minutos) que não vão cair bem nas rádios: “Eu sempre quis escrever sobre coisas tristes, ou dolorosas, ou sobre sentir medo. Eles [as gravadoras] nunca quiseram que eu escrevesse isso. Eu acredito em força, mas eu acredito em vulnerabilidade. Eu sou uma pessoa muito vulnerável. Há coisas que aconteceram na minha vida que simplesmente causaram mudanças, e eu nunca fui uma pessoa super-otimista em relação a isso. [O projeto] é sobre superar algo mas não sair do outro lado parecendo a Beyoncé”, disse Dia.
Esse clima, sentido bem claramente em “Blood”, transpira para a produção de Trapanese, que segundo Dia “acrescentou um efeito dramático ao que você ouve nas letras”. Com seus pacotes de cordas típicos de compositor de trilha sonora, mas também sintetizadores sutis e batida que resvala, sim, no pop e no R&B, Trapanese é um casamento perfeito para essa nova e mais dramática Dia Frampton.
O EP de estreia ainda não tem data certa, mas dá para acompanhar as novidades do duo no canal oficial do Youtube e na página oficial do Facebook.
Pra quem gosta de: Bastille, Tom Odell, A Fine Frenzy, Ellie Goulding
Frampton e Trapanese nos bastidores do primeiro show do Archis em Los Angeles
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