21 de fev. de 2013

Review: Suburgatory, 02x14 – T-Ball and Sympathy

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por Caio Coletti
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ATENÇÃO: esse review contem spoilers!

Há algo que tem me incomodado constantemente sobre essa segunda temporada de Suburgatory, e que de certa forma ficou mais claro para mim em “T-Ball and Sympathy”, episódio dessa semana. Embora essa segunda temporada seja claramente tematizada como voltada para destrinchar relacionamentos e a forma com que eles fazem os dois lados envolvidos crescerem e mudarem os pontos de vista, é fonte de constante incômodo o fato que, para abordar isso, Suburgatory tenha jogado de escanteio quase tudo que a primeira temporada construiu. Se fosse apenas uma comédia sketchy, seria uma boa ideia construir temporadas com temas claros e isolados. Mas Suburgatory fez o espectador se importar com os personagens, em meio ao draminha familiar do seu primeiro ano, e não pode mais se dar ao luxo de apertar o botão de reset a cada nova fase.

Dito isso, “T-Ball and Sympathy” é mais um bom exemplar dessa segunda temporada do programa, engraçado de forma moderada e habilidoso o bastante para reverter alguns problemas que haviam sido criados pela repetição de premissas básicas. A começar por George e Dallas, que se envolvem em uma partida de basebol para que a briguinha entre a moça e Noah (que vem a ser melhor amigo de George, algo que Suburgatory se lembra depois de uns bons episódios “esquecendo”) seja resolvida de forma justa e esportiva. De início, parece que vai ser o de sempre, com Dallas se metendo em uma trapalhada e George tendo que salvá-la, mas dessa vez, na verdade, quem acaba errando é o moço, embora o roteiro não absolva Dallas. Mérito para a roteirista Patricia Breen, veterana de sete episódios na série, que parece conhecer o terreno em que está pisando.

A subtrama da vez envolve Tessa se tornando uma espécie de conselheira amorosa devido ao sucesso de seu relacionamento com Ryan (ausente no episódio, para o desespero dos fãs de Parker Young), e acabando por “ajudar” o conselheiro de sua escola, Mr. Wolfe (we love Rex Lee!), quando ele vê seu relacionamento com o cozinheiro Chef Alan ameaçado pelo retorno do primeiro amante do amado. Essa parte do episódio é especialmente engraçada, em contraste com a parte de Dallas e George, que parece confiar no fator irresistível de ter crianças pulando em uniformes rosas de basebol, por ordem de Dallas. Confiar em Jane Levy, Rex Lee e em Allie Grant (Lisa) é sempre uma boa ideia, e o desfecho da “Oscar party” do Chef Alan com o amante é hilário.

Suburgatory ainda é uma das melhores comédias (senão a melhor) em exibição na televisão americana. Sua habilidade de conjugar o engraçado e o doce de forma a nunca ser histérico nem piegas é única, e o retrato de relacionamentos e seus precalços continua sendo eficientíssimo. Mas talvez fosse interessante ver um episódio que juntasse novamente todos os personagens da série para que pudessemos ser lembrados que, além de namorados e namoradas, temos ali pais, mães, filhas e filhos, amigas e amigos, vizinhos. Para nos lembrar do porque, afinal, essa série escolheu ser tridimensional.

**** (3,5/5)

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Próximo Suburgatory: 02x15 – Hash and Eggs (27/02)

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