por Amanda Prates
(Twitter - O Que Vi Por Aí)
ATENÇÃO: esse review contem spoilers!
Sam: Se você quer ser alguém nesse mundo, você tem que ser especial.
Blaine: Mas você é especial. Até sem seu corpo.
Há muito tempo eu não via diálogos tão enternecedores como eu vi neste último episódio de Glee. Tio Ryan surpreendeu desta vez e mostrou que ainda se pode ter esperanças para a salvação da série. “Naked” foi um dos episódios mais carregados de mensagens inspiradoras, e nos convidou a ficar nus, não apenas no sentido literal da palavra, mas despir-se de todos os nossos limites, de nossas concepções. Tirar a capa de expectativas que costuramos dentro de nós. Expor-nos e tomar controle do que somos.
O episódio já começou com a polêmica que envolveu os Warblers e a consequente desclassificação das Regionais, dando esperança ao New Directions – afinal, o que seria de Glee sem os concursos de canto? O coral do McKinley, por sua vez, precisava recuperar o tempo perdido e arrecadar verba para a viagem. Eis que Tina, na sua quase única fala, salva a situação e propõe que se faça o Calendário dos Homens do McKinley. A partir daí, Sam protagoniza as cenas de crítica à “cultura do corpo”. Na sua ânsia por acabar com os excessos de gordura em seu corpo, em razão de sua decepção quanto a uma prova que poderia levá-lo a uma faculdade, ele tira a lição de que ser especial vai além de ter uma “casca” bonita, é o seu interior que define quem você é.
Enquanto isso, Brittany volta com “Fondue for Two” com Marley Rose, numa cena épica. Em meio às tiradas sem noção e cômicas, Britt aconselha a moça a abrir seu coração a Jake, e é daí que sai a melhor performance do episódio. “A Thousand Years” foi no mínimo brilhante e transformá-la num dueto entre Melissa Benoist e Jacob Artist foi o grande triunfo. A voz da moça aparece parecidíssima com a de Christina Perri e talvez comprove quem é de fato a “nova Rachel”. Jake, em outro plano, se despoja e fala de seus sentimentos a Marley por meio da música “Let Me Love You”, do Ne-Yo, apenas reforçando o “poder” do cast em fazer versões melhores que as originais.
A maneira como os roteiristas estão ligando as tramas do colégio com as de Nova York tem funcionado bastante, mas talvez seja a hora de dar um rumo definitivo para essa parte do elenco antigo e deixar o novo falar por si só. A ideia de transformar Becky na nova Santana, só que pior, veio mais acentuada e ridícula, e foi o maior erro de tio Ryan nesta temporada. Por fim, “This is New Year” fecha o episódio numa das performances mais naturais, jamais vista em qualquer outra.
**** (4/5)
Próximo Glee: 04x13 – Diva (07/02)
0 comentários:
Postar um comentário