Dois Globos de Ouro e o prêmio do American Film Institute como Melhor Programa de TV do Ano já em sua primeira temporada não são o bastante para você? O voto de confiança de guest stars como Andrew Ranells (The New Normal) e Donald Glover (Community), para citar só dois, não te diz nada? Tudo bem, tudo bem! A gente reuniu três escritores que assistem a série para te dar outros nove motivos irrepreensíveis para assistir Girls.
“Mas pera, não eram 10?”. Motivo numero um: hoje é transmitido o décimo quinto episódio do programa, 5º da segunda temporada, intitulado “One Man’s Trash”, na HBO. E a gente sabe como é bom conhecer uma nova série logo no comecinho.
por Andreas Lieber
(Tumblr)
Motivo número dois: a trilha-sonora
Regina Spektor, Oh Land, The Vaccines, Mark Ronson & the Business INTL, Robyn, Fun, Santigold, Tegan and Sara, Icona Pop, Demi Lovato (sim, em uma cena de heartbreaking!)… Girls já apresenta uma míriade infindável de boas razões para se tornar um amor de série, agora acrescente um soundtrack incrível como esse e ela apenas vira muito amor! Escolhidos a dedo, esses grupos acompanham a vida das garotas e transformam situações do dia-a-dia em momentos épicos (mais ou menos o que acontece com a gente quando andamos pela rua com fone de ouvido e fazemos shows mentais).
Motivo número três: anti-maniqueismo
Ninguém dando uma de essencialmente do bem, irrevogavelmente do mal. Nada de good cop, bad cop. Em Girls, somos apresentados as pessoas como elas realmente são: humanas. Com um estilo de escrita hipnótico, Lena Dunham conduz cada episódio com precisão e nos faz perceber que a vida não é apenas um borrão em preto e branco, regida pela cartilha do maniqueismo. Pessoas boas podem ser cretinas e impulsivas, assim como pessoas más podem ser capazes de um ato de bondade. O sarcasmo da vida real escorre pela série e vai de encontro com nossa realização de que também somos assim.
Motivo número quatro: botando a boca no trombone!
Quem não adora alguém que bota a boca no trambone e diz o que tem que ser dito? (Quando são ideias boas, claro). Girls é assim e, ainda por cima, nos faz refletir sobre questões importantes que, as vezes, deixamos de lado. Desde o término da deliciosamente engraçada Sex and the City (we miss you!) e do espaço que a série abriu para a liberdade feminina em vários aspectos socioculturais, a televisão vem passando por diversas evoluções na expressão feminina, andando em caminhos como o de The L Word e atingindo seu ápice em Girls. Com uma voz altiva e única, a série berra pros quatro cantos da Terra que a vida não é simples, que o mundo é desigual, as pessoas não são robôs programados, mas sentar e chorar não vai adiantar nada.
por Campi
(Twitter)
Motivo número cinco: Lena Dunham
Pra começo de conversa... she's just awesome! Com apenas 26 anos, já é atriz, roteirista e cineasta; Girls conquistou cinco indicações ao Emmy, o prêmio que equivale ao Oscar da TV americana, inclusive uma de melhor série cômica!
Motivo número seis: vida real
Nada daquelas coisas impossíveis e que nunca aconteceriam na vida de jovens sem dinheiro morando em New York! Nessa série, você encontra personagens bem escritos e de personalidades fortes. Ao longo dos episódios, essas características são desenvolvidas brilhantemente e cada personagem cresce em seu próprio ritmo.
Motivo número sete: vício instantâneo
Sabe aquela série muito HBO feelings que você quer assistir um episodio atras do outro? Pois é. A primeira temporada tem apenas 10 episódios (que passam voando), assim como a segunda! E, para a felicidade geral, já há uma terceira temporada confirmada!
por Caio Coletti
(Twitter – Tumblr)
Motivo número oito: Zosia Mamet
O primeiro nome é pronunciado “ZAH-shah”, segundo a própria moça em uma entrevista para o New York Times Magazine, e o sobrenome vem do pai famoso, o diretor, roteirista e autor teatral David Mamet (criador da série The Unit). Zosia Mamet, 25 anos completados no último dia 02 de Fevereiro, vem se mostrando uma revelação e uma das melhores coisas em Girls. Embora seja a menos favorecida com storylines significativas (das quatro garotas protagonistas, ao menos), sua Shoshanna é simplesmente cativante. E a forma como Zosia trabalha as emoções da moça, aliada ao seu timing cômico perfeitamente verborrágico (há de se argumentar que ela é a personagem mais engraçada de Girls) a fazem uma preciosidade.
Motivo número nove: ninguém é um herói/heroína romântico(a)
Estamos acostumados, na televisão, a assistir personagens que, mesmo quando passam por arcos de narrativa perfeitamente bem construídos, continuam sendo, essencialmente, o que foram escritos para ser: protagonistas e, portanto, heróis e heroínas românticos. Girls simplesmente se recusa a compactuar com isso, e essa postura (embora não haja nada de fundamentalmente errado com heróis e heroínas românticas) é simplesmente refrescante. Essa é uma série que não tem medo de pintar suas protagonistas como, a bem da verdade, tremendamente egoístas. Pelo contrário, entende que essa postura faz parte do amadurecimento e ao mesmo tempo nunca cai na armadilha de ser indulgente demais com seus personagens. E isso só os faz mais apaixonantes.
Motivo número dez: crescer é inevitável (mas depende de cada um)
Última instância e último argumento: você vai gostar de Girls simplesmente porque se trata de uma série honesta, com um olhar novo e excitante, mas essencialmente realista, sobre quatro garotas tentando descobrir quem são ou quem querem ser. É tão importante que Girls faça os personagens se darem conta das besteiras que estão fazendo acontecer, mesmo que não intencionalmente, porque isso os faz crescer. E não só crescer como personagens em uma série, mas crescer da maneira universal como todos temos que crescer um dia. Talvez seja um processo contínuo, e não finito, mas ele existe. E Girls, de que eu tenha notícia, é a primeira série a tratar isso de uma maneira tão impiedosa e deliciosamente honesta.
Ah, e a trilha sonora é muito boa, a gente mencionou? Tanto que o Fun. resolveu fazer uma música especialmente pra série. I mean, awesomeness.
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