1 de fev. de 2013

Review: 30 Rock, 07x12 – Hogcock!, 07x13 – Last Lunch

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por Caio Coletti
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ATENÇÃO: esse review contem spoilers!

Esse não vai ser um review imparcial. A bem de verdade, se formos ser sinceros, nenhum review realmente o é, mas algumas ocasiões pedem por esse esclarecimento logo no começo. O series finale de 30 Rock, executado em um episódio duplo no último dia 31, é uma dessas ocasiões simplesmente porque toda e qualquer consideração de quem acompanhou a série desde o início vai ser fundamentalmente influenciada pelo inevitável envolvimento do autor com os personagens e as situações que se desenvolveram frente a seus olhos por anos a fio. Dito isso, o que se segue é uma leitura essencialmente emocional de um dos melhores, mais satisfatórios e mais engraçados series finale da história da televisão.

O episódio abre com Liz tentando se acomodar como uma dona de casa para seus gêmeos adotados e para o marido Criss. Claro, a coisa não funciona por muito tempo, e logo ela está de volta ao 30 Rockfeller Plaza e é informada por Kenneth (novo CEO da NBC, se vocês se lembram bem) que o contrato de Tracy exige que mais um episódio do TGS seja produzido – o programa teve 149 capítulos, e ele exige que sejam 150 (ou uma multa de 30 milhões de dólares deve ser paga). Dessa premissa surgem os conflitos finais dos personagens: Jenna não consegue achar um novo emprego; Tracy não sabe lidar com despedidas; os roteiristas lutam pela oportunidade de pedir o último almoço de graça que quiserem; e Jack percebe que ainda não é feliz.

Ironicamente ou não, esse é o episódio mais formulaicamente 30 Rock dessa última temporada. Tendo seu último conflito com a maternidade e com o marido logo no começo do finale (Liz e Criss decidem que ela é o “pai” da relação, e ele – que odeia o trabalho – deve ficar em casa cuidando das crianças), Liz passa o restante dos 40 minutos do capítulo lidando com o problema de outras pessoas. E é um deleite vê-la render seu adeus mais confessional e honesto a Tracy  (no meio de uma boate de strippers); prender Lutz em sua sala, arrancando a maçaneta, para que não seja ele que escolha o local de onde vai se pedir o almoço; e correr salvar Jack de uma suposta tentativa de suicídio, o que surpreendemente, de uma forma que só 30 Rock conseguiria conceber, leva ao diálogo mais doce entre ele e Liz.

Isso tudo sem contar o retorno de Julianne Moore e Salma Hayek como as amantes de sotaque exótico de Jack, em rápidas cenas, e a storyline perfeita de Jenna encontrando em seu espelho do camarim a única coisa de que ela vai sentir falta no programa. Tina Fey, Alec Baldwin, Tracy Morgan, Jane Krakowski, Jack McBrayer, Scott Adsit, John Lutz, James Marsden e Katrina Bowden entregam rendições perfeitas de seus personagens. Personagens que, seja isso algo brega de se dizer ou não, estiveram nas nossas vidas por sete longos anos. E vão fazer falta.

Talvez, como Tracy, eu não seja exatamente bom em despedidas. Mas à moda da cena derradeira em Liz e Jack, acho que basta dizer: “I love you too, 30 Rock”.

***** (5/5)

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