9 de fev. de 2013

05 álbuns que fazem dez anos em 2013 (e merecem ser celebrados)

Beyonce-DangerouslyInLove

1ª posiçãoDangeroulsy in Love (Beyoncé)

por Thiago Santos

O primeiro álbum solo de Beyoncé Knowles completa 10 anos em 2013. O Dangerously in Love rendeu à cantora cinco Grammy’s e o primeiro lugar na Billboard 200 em seu ano de lançamento. Um álbum composto por muitas baladas e canções com seus elementos principais ligados ao hip hop, R&B e soul, o cd tem canções em parceria com músicos conhecidos no universo do rap, hip hop, R&B e soul, como Jay-Z, Sean Paul e Missy Elliot. Mesmo tendo sido lançado há 10 anos, o Dangerously in Love não sai da cabeça dos fãs. “Crazy in Love” e “Baby Boy” são algumas das canções de grande sucesso que ainda são ouvidas em baladas, rádios e claro nos DVDs da cantora, que faz questão de mesclar seus novos trabalhos com seus grandes e inesquecíveis sucessos.

Uma curiosidade sobre a capa do álbum: o fotografo Markus Klinko, responsável pelas fotografias do cd recomendou que Beyoncé usasse um top de brilhantes, mas a cantora estava insegura pois não sabia o que usar para combinar com o top, foi então que Markus sugeriu que ela usasse a calça jeans que ele estava usando no dia das fotos. A calça coube perfeitamente, gerando assim as fotos promocionais do cd.


2ª posição – The Soul Sessions (Joss Stone)

por Amanda Prates

O grande triunfo de Joss Stone é sempre expor sua alma em suas músicas. Há 10 anos, a moça causava impacto no mundo com seu incrível e, hoje inconfundível, talento ao debutar no mercado fonográfico com o The Soul Sessions, um compacto de covers de algumas raridades da soul music e do R&B. A então inglesinha de apenas 16 anos chegava para ser além de um rostinho bonito que apareceu na TV por acaso, quando fez, dois anos antes, um teste para um programa de talentos da BBC. Desde então, foi apadrinhada por Steve Greenberg, que revestiu-a dos melhores profissionais para que pudesse trabalhar num possível álbum, cuja proposta, inicialmente, era um trabalho de inéditas. Entretanto, os incríveis covers pela cantora das suas influências clássicas do soul mudaram os rumos da produção, e resultou numa “sessão de soul”.

O que poderia resultar num álbum extremamente datado (já que as faixas eram dos anos 60 e 70) e nada criativo, na verdade conseguiu se destacar em razão do seu enorme e inquestionável talento, o que a faz brilhar em todos os trabalhos. Joss deu ao disco novos arranjos às canções de White Stripes, Willie "Sugar Billy" Garner (que escreveu e interpretou a ótima “Super Duper Love”), Bettye Swann e Aretha Franklin, mas sem a intenção de “fazer melhor que as originais”. Ela apenas deu uma roupagem mais contemporânea a esses clássicos, e acertou em cheio! O The Soul Sessions entrou no UK Albums Chart como número 47 em 17 de janeiro de 2004 e permaneceu na mesma posição por três semanas consecutivas, sem mencionar com maiores detalhes a ótima recepção pela crítica especializada.

Depois de 9 anos, a moça resolveu fazer uma segunda versão da sessão de soul, lançada no ano passado, que não impressionou, mas mostrou que a bela ainda dá alma às suas canções, algo que poucos artistas são capazes de fazer atualmente.

 

3ª posição – Fallen (Evanescence)

por Rubens Rodrigues

Quando o Evanescence surgiu em 2003, aparentemente do nada, eles rapidamente tornaram-se conhecidos como a sensação daquele ano. O hit “Bring Me To Life” apresentou uma banda pronta para dominar as paradas do rádio, entretanto a surpresa estava nas demais faixas do álbum.

Apesar de ser impossível rotular a banda de tal forma, faixas como “Going Under” e “Everybody’s Fool” são repletas de riffs característicos do New Metal que se contrapõem à voz afinadíssima da vocalista Amy Lee. O piano, portanto, é um dos grandes destaques do disco. Usado para estabelecer certa sensibilidade em canções mais pesadas como “Taking Over Me”, consegue se assumir como elemento principal na melodia de “My Immortal”, por exemplo.

A mistura poderia ter soado com certa estranheza, mas o mérito de Fallen é justamente mesclar todos esses elementos sem forçar para nenhum dos lados. Guitarras, piano, orquestra, corais e elementos eletrônicos. Até versos em latim podem ser ouvidos na apocalíptica “Whisper”. Está tudo aqui, em perfeita harmonia. Não é de se admirar que o grupo tenha levado dois Grammys para casa no ano seguinte.


4ª posição – Elephunk (The Black Eyed Peas)

por iJunior

Que o Elephunk foi um dos álbuns mais marcantes da ultima década ninguém nega, afinal, quem não lembra de algum dos singles como “Shut Up” tocando incansavelmente nas rádios? Ainda mais numa época onde se ouvia mais musica pelas radios do que nos dias de hoje. A The Black Eyed Peas, maior banda de hip-hop que existe em minha opinião, havia passado por um milagre - duplo até diria eu - chamado Fergie, o que é anunciado em um trecho de “Hey Mama” por "Fergie, Black Eyed Peas" no que talvez ainda fosse apenas uma parceria. Com o lançamento do primeiro álbum onde ela entra na banda passam de "mais uma banda de hip-hop" para uma banda mundialmente conhecida, não apenas pelo seu hip-hop, mas no que considero um novo pop. Em uma fase onde o hip-hop e o R&B estava em alta (a chamada por muito "black music") era um tanto diferente o destaque que recebiam. Até quem não dava muita preferência ao estilo deles ouvia, ou ao menos conhecia e sabia de quem eram as musicas sem nem ter dúvida. E aqui entre nós, quem não amou o clipe de “Lets Get It Started”? O Elephunk é um álbum de múltiplos estilos, onde se nota uma pegada da soma de diversos estilos de musica como a latina, do hip-hop mais clássico a um pop menos sintetizado. Um álbum único, de geração, com músicas daquele tipo onde ouviremos em nossos anos e lembraremos de uma época que "não volta mais". O impacto do Elephunk com certeza foi suficiente para influenciar a musica da época e do que viesse após seu sucesso e até a própria banda que vivia essa nova fase antes de sua separação e seus novos estilos.

 

5ª posição – American Life (Madonna)

por Caio Coletti

Há algumas músicas que, quando você emerge de verdade nelas, abrir os olhos após o acorde final é quase como despertar de um sonho. "Nothing Fails" é uma dessas músicas. Definida pelo dedilhar do violão e pela produção impecável de Mirwais Ahmadzai, a canção ganha uma abordagem genial com a entrada da sessão de corais performada pelo London Community Gospel Choir especialmente para o álbum. Como uma love song que resvala em elementos religiosos (como quase toda boa grande canção de Madonna), “Nothing Fails” hipnotiza e encanta aos ouvidos porque faz o ouvinte construir uma imagem mental enquanto a escuta. Grande parte do triunfo de American Life está nesse mesmo procedimento.

Esse é um álbum que muitos críticos classificaram como “essencialmente folk”, e é fácil ver porque quando se tem "Love Profusion" e "X-Static Process", duas faixas puramente levadas pelo violão e pela voz (mais pura do que nunca) da cantora. Por outro lado, a faixa-título representa melhor o som geral do álbum, misturando elementos do electro e do pop de Kylie Minogue (vide "Slow", da moça) com a influência acústica e até mesmo passagens de hip hop. É um equilíbrio de generos essencialmente acertado. E quando Madonna realmente acerta, você não quer estar no caminho dela.

Tambem de 2003…
Life For Rent (Dido) - "White Flag" 
Try This (P!nk) – "Trouble"
At Last (Cyndi Lauper) - "At Last"

1 comentários:

Bazar Masculino disse...

Esse álbum da Madonna foi lamentavelmente subestimado. Acho que tirando uma ou duas faixas, ele se torna um de seus melhores trabalhos, superior até aos antecessores Ray of Light e Music.
O trabalho mais musicalmente maduro dela, a meu ver, junto com Bedtime Stories.
Abraços
Pierre
www.bazarmasculino.blogspot.com.br