ATENÇÃO: esse review contem spoilers!
Eu não sou vidente, bruxo e nem pai de santo, mas se teve uma coisa que eu (e provavelmente milhares de pessoas) previ, foi que Jessica Lange e Kathy Bates seriam os destaques da 3ª temporada de AHS. Todo o repertório artístico da carreira dessas atrizes justificam e muito, toda saraivada de elogios que ambas recebem trabalho após trabalho. Porém, minha previsão estava turva, superficial e limitada, eu não vi que logo ali ao lado da dupla havia uma terceira pessoa; uma mulher que eu nem notei em Lanterna Verde e que me roubou um soslaio de atenção em Ataque à Casa Branca: Angela Bassett, que na série interpreta Marie Laveau.
Nos episódios anteriores a apariação de Angela não havia sido tão expressiva quanto em "The Replacements", terceiro episódio da série, e que ela protagoniza uma das melhores sequências da temporada até então. A cena já havia aparecido no trailer de divulgação da série, que trazia uma frase difícil de ser entendida e com o idioma irreconhecível da personagem: "Too late for tears. Damages done." Eu não vou contar muito da cena, só vou dizer que ela vai além, não se acanha apenas no sotaque, é cheia de expressões corporais que surgiam tão naturalmente do corpo da atriz que me elevaram minha admiração por ela em níveis astronômicos.
Um ponto relevante do episódio é que muito do passado de Fiona Goode é contado, e até nos revela uma informação que ainda não tínhamos sobre a hierarquia; quando uma nova Suprema desperta os seus poderes, a anterior começa a enfraquecer, uma vez que esta é a fonte de poder da mais jovem. Essa explicação leva à morte de uma das alunas da escola, interpretada por uma atriz que eu já não gostava muito, mas que vinha fazendo um trabalho O.K. na série, Madison Montgomery. Ela vinha despertando uma multiplicidade de poderes, característica comum às bruxas supremas, que recebeu a atenção de Fiona, que não tardou a tomar uma decisão "definitiva".
Queenie também tem uma cena de respeito e até mais séria do que de costume, quando ela decide salvar de um jeito único e carente a cabeça de Madame LaLaurie (que pasmem, existiu na vida real, assim como Marie Laveau), que recebe a visita do escravo/minotauro magia que ela torturou no passado.
O único fator que me faz torcer um pouquinho só o nariz pra essa temporada de AHS, é que ela tem se mostrado a temporada menos assustadora e aterrorizante dentre as três. Coven tem seus momentos bizarros e nojentos, mas pàra por aí (a abertura me deu mais medo do que qualquer outra cena da série, por exemplo). Entretanto, isso não a torna uma temporada ruim: o argumento, enredo, direção e atuações ainda são ótimos e com certeza merecem nossa audiência e atenção. O problema é que o fator cômico e dramático parecem ter mais espaço do que as bizarrices que transbordavam das temporadas anteriores.
***** (4,7/5)
Próximo American Horror Story Coven: Ep. 4 – Fearful Pranks Ensue (30/10)
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