Depois de dezesseis anos no comando da Louis Vuitton, Marc Jacobs anunciou no começo desse mês que deixará o cargo de diretor criativo da maison para focar na label que segue seu nome. A notícia veio somente um dia antes do desfile de verão 2014 da grife em Paris, mas os rumores de sua saída não são de agora.
Fundada em 1854, a Louis Vuitton foi originalmente uma pequena loja de malas para viagem localizada em Paris, muito conhecida na cidade por fabricar maletas elegantes e extremamente modernas para seu tempo. Foi só em 1997, quando Marc Jacobs foi contratado, que a Louis Vuitton passou a ter sua própria coleção ready-to-wear e a ocupar um papel importantíssimo no mundo da moda. Ele foi o responsável por deixar o logo LV tatuado na nossa sociedade atual e por desenvolver a mulher única que a Louis Vuitton representa.
Para sua última coleção, Marc Jacobs fez referência a inúmeros outros desfiles que desenvolveu para a grife, revivendo seus melhores momentos em comando dela. Como cenário, foi utilizado um relógio (o mesmo usado no inverno 2012), um carrossel (verão 2012), duas escadas rolantes (verão 2013) e elevadores de hotel (inverno 2011). Tanto o cenário quanto a paleta de cores foram limitados ao preto, o que aumentou involuntariamente o clima de despedida e nostalgia.
Exatamente às dez horas, o relógio começou a girar no sentido anti-horário e a modelo Edie Campbell caminhou pelo cenário com o logo de graffiti que Stephen Sprouse criou para a Louis Vuitton em 2000 pintado por todo seu corpo, simbolizando todas as conquistas que somente Marc conseguiu trazer para a Louis Vuitton.
Com calças jeans, jaquetas de couro, vestidos transparentes e muito bordado, Marc Jacobs inspirou-se em artistas e figurantes para criar sua última coleção, adicionando cocares pretos na cabeça de todas as modelos. Todos os looks insinuavam o street style sofisticado, com direito até a jerseys feitas de moletom com pedrarias. Os saltos foram deixados de lado, dando lugar a botas pretas planas.
Foi a perfeita despedida. Marc Jacobs relembrou todas as conquistas que proporcionou à Louis Vuitton durante seu tempo como diretor criativo da grife, mas não deixou que a melancolia atrapalhasse o rumo que a marca ainda há de tomar. Quanto ao futuro da Louis Vuitton, alguns cogitam que Nicolas Ghesquière, antigo diretor criativo da Balenciaga, vá assumir o cargo, mas nada ainda foi confirmado.
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