31 de out. de 2012

Top 05: Halloween indie pop.

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por Caio Coletti

Eu tenho certeza que você reconheceu a imagem acima. Tenho certeza também que uma linha de baixo começou a tocar em sua mente, e talvez os passos da dança-zumbi mais famosa do mundo tenham vindo à sua memória. Michael Jackson é o rei do pop o ano todo, mas é nesse glorioso 31 de Outubro, Halloween, que ele e seu "Thriller" reinam ainda mais absolutos. A obra-maior do nome-maior da música pop está tão arraigada na memória coletiva que não é preciso mais que um detalhe dela para disparar uma série de lembranças e sensações. Seja você rocker, metaleiro, fã de música pop ou hipster-indie, “ninguém pode resistir à maldição do thriller”.

E é nesse espírito que chegamos com o nosso top 05 especial de Dia das Bruxas. Monstros, vampiros, zumbis e muita referência pop passam pelos nossos cinco eleitos do universo da música indie. Deleitem-se, e happy halloween pra vocês:

1ª posição – “Alive” (Goldfrapp)

Dançarinas aeróbicas, bandas de heavy metal usando simbologia satanista, vampiros que bebem sangue de purpurina: “Alive”, do Goldfrapp, é a coisa mais anos 80 produzida… bom, desde os anos 80. E é um pequeno deleite de Halloween. Segundo single retirado do último álbum do duo composto por Alison Goldfrapp e Will Gregory, o Head First de 2010, “Alive” tem melodia grudenta e humor afinadíssimo que pode passar despercebido por aqueles não-familiares com, entre outros, "Physical" e "The Number of The Beast".

2ª posição – “Dusk Till Dawn” (Ladyhawke)

Sem programação pro Halloween? A festa da neo-zelandesa Ladyhawke certamente é uma boa pedida. Se você for um nerd, é claro. A cantora e compositora de "My Delirium" dança ao lado de Freddy Krueger, Leatherface, Jason e Drácula em “Dusk Till Dawn”, de seu primeiro álbum de estúdio, o Ladyhawke de 2008. Mas ela também é perseguida pela casa assombrada de seu clipe pelo não menos temível “monstro do Cubo Mágico”, entre outras piadinhas que elevam o nível de nerdice a patamares inéditos.

3ª posição – “Something Else” (I Am Harlequin)

Em “Something Else”, a cantora, compositora e multiinstrumentista Anne Freier, sob o pseudônimo de I Am Harlequin, canta o refrão mais pegajoso (e saboroso) de sua carreira enquanto atua na pele de uma garota que foje de casa para ter um encontro com uma “criatura” peluda vítima de bullying. Quase um Frankenstein moderno com a “pelagem” emprestada do lobisomem. Mas grande mistério aqui não é “o que diabos são esses pêlos?” e sim “porque diabos a I Am Harlequin ainda não esoturou?”.

4ª posição – “Sleep Alone” (Two Door Cinema Club)

O mundo dos sonhos pode ser bastante assustador também. O Two Door Cinema Club misturou Poltergeist, Contatos Imediatos de Terceiro Grau (Spielberg um dia já foi digno de Halloween) e a mais pura viagem lisérgica em seu “Sleep Alone”. O primeiro single do segundo álbum dos norte-irlandeses, o Beacon, ganhou vídeo em que Alex Trimble viaja em uma cama voadora, foge com seus companheiros de banda de uma guitarra gigante, e cai da cama para descobrir que foi tudo um sonho.

5ª posição – “Vampire Smile” (Kyla La Grange)

Uma mistura curiosa de A Bruxa de Blair e horror tribal, “Vampire Smile”, o primeiro single por uma gravadora da talentosíssima Kyla La Grange (sua estreia, Ashes, é um dos álbuns que mais valem a pena ouvir no ano), ganha o posto de vídeo mais realmente assustador da nossa lista. Kyla deixa a dramaticidade da encenação crescer junto com a música, uma composição urgente de letra brilhante (“I want a scar that looks just like you”) enquanto é perseguida por monstros na floresta.

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