(Da dir. para a esq.) Michael Emerson, Kevin Chapman, Taraji P. Henson e Jim Caviezel na promo shoot da segunda temporada de Person of Interest
por Caio Coletti
(Twitter – Tumblr)
Person of Interest é o tipo de série que o espectador simplesmente sabe que vai vingar por algumas temporadas a fio. A fórmula da durabilidade é simples: nunca pare de surpreender, e nunca pare de explorar as possibilidades que sua premissa inicial lhe abre. Séries que se confinaram a um esquema e esqueceram de colocar adiante a jornada de seus personagens foram condenadas ou a uma curtíssima carreira (Eli Stone, alguém?), ou a uma busca moribunda por audiência e um final indigno (Heroes, alô!). Até aqui, meio caminho andado na segunda temporada, Person of Interest tem sido um dos melhores exemplos de como explorar e destrinchar não só os personagens, mas o universo em que eles são mantidos, e as formas de lidar com o tipo de trama exigido pela série.
Criada e em boa parte escrita por Jonathan Nolan (irmão menos famoso de Christopher, porém seu parceiro de roteiro de longa data, portanto igualmente responsável por Cavaleiro das Trevas, por exemplo), Person retorna da holiday season no próximo dia 03 com um episódio intitulado “2-Pi-R”, contando como décimo primeiro da temporada. O sneak peak liberado no último dia 28 de Dezembro revela que Mr. Reese (Jim Caviezel) está preso, deixando Mr. Finch (Michael Emerson) sozinho na missão de seguir as orientações da máquina que vê potenciais alvos de perigo através de acesso a todas as câmeras e dispositivos de áudio do mundo. O caso escolhido pela máquina dessa vez é a de um estudante hacker que, aparentemente, é um perigo contra si mesmo.
Don’t Trust The B---- in Apartment 23 é um dos achados cômicos de 2011. Para começar, qualquer série que tenha James Van Der Beek, o Dawson em pessoa, interpretando uma versão egocêntrica, mimada, derrotada e confusa de si mesmo merece sua atenção, mas as atrações não param por aí: a história trata de June Colburn (Dreama Walker), garota do interior que se muda para Nova York e vê seu sonho de trabalhar em Wall Street ruir quando a empresa pela qual fora contratada vai à falência. Ela vai ter que trocar seu apartamente perfeito por um dividido com Chloe (Krysten Ritter, talvez a grande performance cômica do ano). O problema é que a moça tem “morais de pirata”, uma língua afiada e nenhum escrúpulo. O fato de que tudo isso, no curso de uma temporada de 7 episódios e outros 7 até agora na segunda, se tornou um buddy show adorável que inclui as bem-vindas coadjuvâncias de Ray Ford (o assistente gay de James), Eric André (o colega de trabalho de June em uma cafeteria) e Liza Lapira (a vizinha obcecada por Chloe) mostra o quanto a série é digna de se acompanhar – e segue por um caminho pouco provável.
O retorno de June, Chloe, James e companhia acontece no próximo dia 06, com o oitavo episódio da temporada, intitulado “Paris…”. Numa estratégia inédita, a ABC vai exibir dois episódios por semana, logo, no dia 08, assistiremos ao nono episódio, “The Scarlet Neigh...”. A trama tem a reponsabilidade de seguir o anterior, “A Weekend in the Hamptons…”, no qual uma série de mudanças ocorreu com os personagens: June arrumou um emprego de verdade em Wall Street, James escreveu um livro e resolveu tomar a carreira em suas próprias mãos ao produzir e estrelar uma adaptação do mesmo, Mark está decidido a contar a June sobre seus sentimentos por ela.
Já em Suburgatory, a estrela é o humor ácido (porém cada vez mais doce) de Jane Levy e sua Tessa Altman. A moça ruiva se muda com o pai, George (um simpático Jeremy Sisto), para um subúrbio de Nova York após viver a vida toda na metrópole. A força da premissa e a abordagem tão irônica quanto carinhosa das idiossincrasias do lugar garantiram a Suburgatory uma boa base de fãs já na primeira temporada. Nessa segunda, a série vem se estabelecendo como uma das melhores comédias (e, surpreendentemente, também um dos melhores dramas) da televisão americana. A história de Tessa com sua mãe é tão afiadamente engraçada quanto é graciosamente tocante. Da mesma forma, o relacionamento de George com Dallas Royce (Cheryl Hines, minha pessoa preferida na televisão no momento, se me permitem), é uma storyline com a qual o programa tem lidado lindamente.
Como toda qualquer boa série de família, Suburgatory fechou os trabalhos em 2012 com um episódio de Natal. Em “Krampus”, Tessa ganha como presente, do pai, uma viagem com a mãe – ausente durante toda a vida da moça, e reaparecida recentemente – para um hotel luxuoso em Nova York. É claro que as coisas acabam, é claro, com a ruiva se dando conta que seu lugar, no Natal, é ao lado do homem que a criou, por mais que a mãe, intepretada por Malin Akerman (Antes Só que Mal Casado), esteja se mostrando uma pessoa decente. O retorno da série é no próximo dia 09, com o oitavo episódio da temporada, intitulado “Black Thai”.
A única velha conhecida da lista, 30 Rock está, caso o leitor não saiba, em sua temporada derradeira. A comédia criada e estrelada por Tina Fey deve seus longos sete anos no ar ao respeito imenso que a comediante tem no meio televisivo, porque os índices de audiência nunca realmente decolaram. Uma pena, porque se seguir amarrando as pontas dos personagens com a mesma habilidade com que vem fazendo até agora, 30 Rock como obra completa está no caminho para se tornar uma das melhores comédias já produzidas pela televisão. Nesse último ano, Liz Lemon já se casou (com Criss, interpretado por James Marsden, o Ciclope), assim como Jenna Maroney, interpretada pela brilhante Jane Krakowski, que se juntou com Paul, um fã que se veste como ela. No último capítulo antes do break, Jack (Alec Baldwin, que deve o ressurgimento de sua carreira a essa série) perdeu a mãe, Colleen, que o atormentava ano após ano na trama.
Entrando no nono episódio dessa sétima temporada, 30 Rock retorna no próximo dia 10, com o capítulo intitulado “Florida”. Pelo menos mais dois depois dessa reestreia já estão agendados, e é possível que a série continue até fechar com 23 episódios essa última temporada, tamanho padrão de todas as anteriores. O TGS vai deixar saudades.
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