por Caio Coletti
(Twitter – Tumblr)
ATENÇÃO: esse review contem spoilers!
O romance entre Dallas Royce (Cheryl Hines) e George Altman (Jeremy Sisto) tem se provado uma das melhores coisas da televisão americana no momento. A forma como Suburgatory vem tratando a concretização do casal que esperávamos acontecer desde o início da série, no final de 2011, é a exata mistura que faz da série criada por Emily Kapnek uma das comédias mais histericamente engraçaças e, ao mesmo tempo, um dos dramas mais deliciosamente tocantes da atualidade. O momento em que os dois se veem disputando uma batalha de dança de rua é simplesmente impagável, ao mesmo tempo que a conclusão da mesma é um passo a frente no desenvolvimento de um casal cada vez mais adorável.
“Black Thai” é o oitavo episódio da segunda temporada da série, primeiro depois do holiday break precedido de “Krampus”, o melhor capítulo de Natal do ano na TV americana. Não há sinal de Malin Akerman (Antes Só que Mal Casado) como a mãe da protagonista Tessa (Jane Levy), que a garota nem mesmo conhecia até poucos episódios atrás, quando ela resolveu fazer parte da vida da filha. E provavelmente a série vai carregar as coisas assim até o season finale, quando a personagem deve voltar para causar algum conflito. Por enquanto, temos Tessa se envolvendo em uma rixa com Dalia (Carly Chaikin) graças as notas do S.A.T., o vestibular americano. A filha mimada de Dallas quer tirar as diferenças, é claro, na pista de dança. Enquanto isso, os Shay ainda estão atrás de Ryan (Parker Young), que descobriu ser adotado e fugiu de casa para a da família do ex-namorado da irmã Lisa (Allie Grant).
Um dos muitos trunfos de Suburgatory é o seu elenco coadjuvante absurdamente bem adaptado aos respectivos personagens. Não me faça começar a falar de Cheryl Hines, minha pessoa preferida na televisão no momento. Basta dizer que sua Dallas é uma hilária perua com um coração enorme, uma daquelas personagens que poderíamos odiar, mas não podemos evitar de amar. A família Shay conta com Ana Gasteyer (Saturday Night Live) na pele da paranóica Sheila, Chris Parnell (o Doctor Spaceman de 30 Rock) como o desconexo Fred, e Allie Grant (Weeds) construindo uma personagem única – e hilária – como Lisa. Os três dignos de Emmy. Ainda sobra Carly Chaikin como a absurdamente alienada Dalia, e sua insistência em possuir timing cômico absolutamente nulo (o que só a deixa mais engraçada), e Rex Lee como o afetado Mr. Wolfe, aqui delegado à missão de se tornar tutor do bebê de nove meses dos Werner.
Muitos críticos gostam de se referir a Suburgatory como “um desenho animado filmado em live-action”. A comparação é bem adequada às situações absurdas por vezes propostas pelo roteiro (o que é uma virtude e tanto para uma comédia), e também a doce visão dos personagens criados pela mesma. Aqui, embora não tenhamos a melhor narrativa que a série apresentou nessa temporada, temos esses dois elementos em afinação perfeita.
**** (3,5/5)
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