por Caio Coletti
(Twitter – Tumblr)
Acho melhor o leitor se sentar para ouvir a informação que vem a seguir: a imagem que encabeça esse texto é uma pintura. Difícil de acreditar, mas é obra em tinta a óleo sobre tela de linho, produzida pela americana Alyssa Monks, que descreve seu trabalho como uma exploração dos limites entre o hiperrealismo e a abstração.
Nascida em 1977 em New Jersey, a moça faz experiências com pintura a óleo desde a infância, tendo estudado arte em New York, Boston e Florença, na Itália, onde concluiu sua formação em 2001. Obcecada pelo corpo humano e sempre perseguindo o realismo na representação do mesmo, Alyssa, no entanto, diz que seu trabalho também se aproxima da pintura abstrata: “Quando eu comecei a pintar o corpo humano, eu estava obcecada por ele e precisava criar o máximo de realismo possível. Eu persegui isso até que o realismo começou a revelar e desconstruir a si mesmo. Estou explorando a possibilidade e potencial de quando a pintura representativa e a abstração coexistem no mesmo momento”, diz a moça na parte biográfica de seu site oficial.
Usando filtros como vidro, vinil, água e vapor, eu distorço o corpo em espaços de pintura rasa. Esses filtros criam áreas de desenho abstrato – ilhas de cor com superfícies ativadas – enquanto partes da forma humana não submergem nesse filtro. (…) Pinceladas fortes e camadas grossas de tinta, em relações delicadas entre as cores, são feitos para imitar vidro, água, vapor e pele a distância. No entanto, de perto, as deliciosas propriedade físicas da pintura a óleo são aparentes. Assim, encontro-me com o momento em que pinceladas abstratas se tornam algo além disso. (Alyssa Monks)
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