25 de nov. de 2013

Três performances que roubaram o show no AMA 2013

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Katy desafinou, tirando a graça da lindíssima “Unconditionally”. Miley e seu pseudo-kitsch não empolgam mais ninguém. A maravilhosa “Say Something”, do A Great Big World com participação de Christina Aguilera, ganhou a apresentação sóbria e lacrimejante que todo mundo esperava. E apesar da boa energia, artistas como Imagine Dragons, Luke Bryan, Florida Georgia Line, One Direction, Jennifer Lopez e Pitbul (com Ke$ha!) não chegaram a empolgar, mesmo com apresentações bem calculadinhas. Eis que sobrou, portanto, para três nomes titânicos do pop levantarem a bola do AMA 2013, que aconteceu ontem (24): Lady Gaga, Rihanna e Justin Timberlake.

Com muita gente taxando o ARTPOP como um flop sem precedentes (injustamente, visto que todos os grandes lançamentos pop de 2013, com pouquíssimas exceções, fecharam sua primeira semana de vendas com números bem parecidos com os do novo álbum da ítalo-americana), Lady Gaga realizou uma performance que não pode ser descrita de outra forma: uma piece de resistance. Em mais uma de suas elaborações narrativas, a cantora viveu a secretária do presidente R. Kelly, numa referência mista de Marilyn & JFK com Bill Clinton & Monica Lewinski. O importante é que o affair entre os dois termina – não antes da já polêmica dança sexy em cima da mesa presidencial, com o comandante-em-chefe americano negando para os repórteres que conhece a secretária de Gaga.

Daí para os vocais crus em cima de um piano, enquanto no telão do fundo apareciam imagens de Gaga na infância e manchetes do tipo “Lady Gaga is over! Lady Gaga is fat!”, foi um pulo. Tudo ao som do genial refrão de uma canção que, além dele, tem muito pouco de realmente bom: “You can’t stop my voice ‘cause/ You don’t own my life, but/ Do what you want with my body”. É preciso se render ao novo single do ARTPOP, no entanto, e dizer que é uma das canções que melhor capturam a relação de amor e ódio de Gaga com a cultura da celebridade e, especialmente, com as consequencias que a exposição tão completa dos seus ideais nada convencionais traz para ela. A performance de ontem no AMA valoriza muito a música ao expor esse lado perfeitamente.

2013 marcou a entrega do primeiro prêmio honorário concedido pelo AMA, e quem levou o Icon Award para casa foi Rihanna. Aos 25 anos, a cantora foi celebrada pelo seus recordes absurdos de vendas e posições em paradas, pela contribuição à música pop e pela inspiração que tem dado às mulheres da nova geração. A premiação foi marcada primeiro por uma performance de “Diamonds”, um dos seus doze singles a alcançar o #1 na Billboard Hot 100, toda diferente. De cabelo preso e elegante em seu vestido preto, Rihanna cantou acompanhada de orquestra e deu um show de magnetismo e voz no palco, passeando facilmente por uma das canções que mais marcaram sua carreira.

Antes ainda de receber seu prêmio, no entanto, a barbadiana foi pega de surpresa pela entrada da mãe, Monia Fenty, no palco para discursar sobre a filha (momento que rendeu um “how cute Rihanna’s mom is, though?” de Justin Timberlake quando o moço subiu no palco logo depois receber outro prêmio). Emocionada e extremamente delicada como sempre, Rihanna não se alongou no discurso e levou com graça e elegância um prêmio mais do que merecido para casa.

Por falar em Justin Timberlake, o moço (re-re-re-re)confirmou que 2013 foi mesmo o ano dele ao levar três troféus na noite: Favorite Pop/Rock Male, Favorite R&B/Soul Male, Favorite R&B/Soul Album, esse último pela edição completa do The 20/20 Experience, reunindo as duas “partes”  do álbum. Foi também a primeira vez que Justin performou uma da canções da segunda fatia da sua experiência musical, que saiu no final de Setembro último. A escolha foi sábia, porque “Drink You Away” é mesmo uma das melhores faixas do álbum, introduzida pelo cantor da maneira insinuante que já conhecemos (“We are JT and The Tennesee Kids, and this is a song about alcohol”) e executada com garra e soul. Um absoluto deleite.

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