ATENÇÃO: esse review contem spoilers!
Dualidade é o tema central do 5º episódio de AHS: Coven, “Burn Witch Burn”.
Primeiro temos a dualidade de LaLaurie que no começo do episódio nos leva novamente ao passado e mostra sua postura autoritariamente sádica. Mas, quando retornamos para o presente, encontramos uma LaLaurie diferente, passível de sentir compaixão, pena e culpa pelos erros do passado, encontramos uma mãe que sente saudades das filhas.
Em seguida, nos deparamos com a dualidade de Zoe, que apresenta um indício que já estava para acontecer: ela provavelmente será a nova suprema. A atriz até se esforça quando a personagem tenta fugir do seu lado sonsa e sai matando os zumbis de Marie Laveau loucamente com uma serra elétrica. Ela tenta parecer uma boss ass bitch e até descobre um novo poder que consegue borrar até o abadá de Laveau, mas na verdade, ela só consegue continuar sendo a ZzzZoe que sempre dá um tédiozinho.
Já em terceiro lugar encontramos a dualidade de Fiona Goode, que, após presenciar o acidente com sua filha Cordelia, entra em desespero e corre atrás de socorro. No hospital, Cordelia age como toda mãe agiria em um momento como este; fica ao lado do leito da filha até que ela melhore, ou, nesse caso, até que o namorado apareça e ela decida ir se drogar de remédios e embalar em uma das cenas mais assustadoras (finalmente) da série. Sério, a cena do hospital em minha humilde opinião foi de dar uma certa agonia e apreensão que até então eu não tinha presenciado na série. Aqui também vemos Cordelia descobrir um novo poder, o de enxergar a verdade e as lembranças de quem a toca. Do outro lado encontramos a Fiona que já estamos acostumados e amamos tanto, aquela que tem dentro de si uma leoa feroz que não quer largar do posto de rainha do bando. Com uma maestria de bitch suprema, ela consegue fazer com que o conselho mude de ideia quanto a sua renúncia. Quando Myrtle acusa Fiona de ter cegado Cordelia, Fiona responde apresentando provas e indícios de que na realidade foi Myrtle quem matou Madison e atacou Cordelia. O que não deixa escolha ao conselho a não ser dar o seguinte ultimato: “BURN THE WITCH!” E é então que nos deparamos com uma das melhores cenas da série, e também com uma trilha nada convencional para o acontecimento; a condenação de Myrtle à fogueira, que definha aos gritos depois que Fiona acende a fogueira com um cigarro. Entretanto, como ninguém nessa série morre de forma definitiva, vemos novamente a aparição de Misty Day, que ressucita Myrtle e deixa aquele ar de “quero logo o próximo episódio”!
O roteiro do episódio ficou a cargo de Jessica Sharzer, que nos entregou uma história redonda, mas com falhas estrondosas, como por exemplo no hospital, onde Fiona faz um bebê voltar a vida, porém nos faz pensar o motivo de ela ser incapaz de curar algo tão simples como os olhos da filha. É claro que como estava sob efeito de drogas sobra espaço para nossa imaginação supor que foi apenas uma viagem e que nada daquilo foi real! Além disso, vemos uma Nan confusa e despreparada quanto ao ataque dos zumbis de Laveau. Oras, mas Nan não era vidente?
Outro ponto importante é que a temporada tem tido cortes bruscos de continuação, até agora já contei dois: o primeiro foi no 4º episódio, onde não vemos como Fiona cortou a cabeça do Minotauro; já o outro foi neste, no momento em que a filha de LaLaurie a segura pelo pescoço e, no instante seguinte, somos transportados para o quarto de Queenie sendo invadido e que em seguida é salva por ninguém menos do que uma LaLaurie descabelada. Acredito que seja proposital, porém, me causa um incômodo tremendo, uma vez que os acontecimentos teriam resultado em duas ótimas cenas.
Já a direção de Jeremy Podeswa aparece com alguns exageros, e os famosos e cansativos olhos de peixe, mas que na visão geral agrada.
**** (3,7/5)
Próximos American Horror Story Coven:
Ep. 6 – The Axeman Cometh (13/11)
Ep. 7 – The Dead (20/11)
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