28 de mar. de 2013

Review: Suburgatory, 02x17 – Eat, Pray, Eat/02x18 – Brown Trembler

Suburgatory-Season-2-Eat-Pray-Eat

por Caio Coletti
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ATENÇÃO: esse review contem spoilers!

No pique do último episódio, “How to Be a Baby”, uma pequena pérola que resgatou muito do que Suburgatory é feito para representar, “Eat, Pray Eat” continua empurrando a série para a fase final da sua segunda temporada no caminho que ela deveria ter seguido desde o começo. E, essa semana, temos também um resgate do caráter cartunesco que marca alguns dos melhores momentos e algumas das melhores storylines da série. Suburgatory se lembrou de tudo que tem a capacidade de ser, e não parece disposta a esquecer tão cedo.

“Eat, Pray, Eat” é um tomo de apenas uma história densa, doce e engraçada, com dois subplots leves e de poucas consequências, e esses três elementos convivem com uma harmonia que nos lembra do início da série, no ano passado. Não por acaso, esse 17º episódio da segunda temporada é escrito pelo casal Charlie Carlisle e Aimee Jones, a dupla responsavel pelo script do episódio piloto da série. São pessoas que conhecem esse núcleo de personagens, principalmente o quinteto principal formado por George, Dallas, Tessa, Dalia e Noah.

Os coadjuvantes tem pouco a fazer aqui, é verdade, mas é impressionante como isso incomoda pouco (mesmo que os Shay sigam fazendo falta) quando temos storylines tão familiares para os protagonistas. Suburgatory é (e não há problema nenhum nisso) sobre relacionamentos nessa temporada, e a trama entre George e Dallas, a mais doce e deliciosa que o casal recebe em algumas semanas, é prova disso. Mas é prova também de que é possível ser sobre relacionamento sem se esquecer de que é também sobre família. Resgatar as cenas de diálogo entre George e Tessa é apenas um dos passos que a série deu nesse sentido.

A subtrama de Tessa, por sua vez, rebate aqueles críticos que andam dizendo que Suburgatory ficou coração mole demais com as idiossincrassias dos seus personagens suburbanos: o retrato de “festa trance” de Dalia é equilibrado delicadamente entre sátira, crítica ácida e uma afeição torta. Por fim, a trama de Noah nos lembra do porque ter Alan Tudyk em uma série não tem preço. Respirem aliviados, amigos. Suburgatory está de volta.

***** (4,5/5)

Suburgatory-Season-2-Brown-Trembler

Os Shay voltaram! E, melhor ainda, Suburgatory não precisou sacrificar sua temática familiar para tê-los por perto. Não há sinal de Ryan nem de Lisa (a quantas anda o relacionamento do moço com Tessa, e o da moça com Malik?), mas Sheila e Fred fazem um retorno triunfal com a melhor storyliine de um episódio que tem outras duas premissas bobinhas que funcionam bem para a unidade. Chris Parnell e Ana Gasteyer estão brilhantes e hilários como sempre, e é bom pensar que Suburgatory está lentamente carregando sua trama maior para um final de temporada interessante.

Em “Brown Trembler”, a trama principal envolve Fred sendo initimado pela esposa a conseguir um cargo superior ao ocupado por ele em sua companhia. O vizinho de Tessa se vê obrigado a pedir ajuda à moça quando descobre que seu potencial novo chefe é um jovem de Manhattan que acha que “qualquer pessoa com mais de 30 anos é um dinossauro” (“I know what you’re thinking. Dinossaurs are awesome, right?”), pedindo a ela para versá-lo nas manhas e estilos da nova geração. Excelente oportunidade para Chris Parnell brilhar com um alargador nas orelhas e enumerando todas as “Katie” do panteão de celebridades atual.

Interessante que a roteirista Patricia Breen, já no oitavo script cedido para a série, reconheça que na dinâmica da relação dos Shay, Sheila é a “leoa” dominante e Fred deveria ser “aquele que inventa um prato para acompanhar a gazela” que a esposa traz da caça. Também esperta a jogada da moça em fazer Noah se confrontar com sua situação de pai solteiro e, principalmente, quebrado financeiramente. Alan Tudyk, que ultimamemente anda afiado, e Jeremy Sisto mostram a química de sempre e carregam uma subtrama deliciosa.

O terceiro plot envolve Dallas confrontando a filha Dalia e exigindo que ela jogue uma parte de suas tranqueiras de infância, todas guardadas no armário do quarto, fora. Oportunidade para Carly Chaikin arrancar gargalhadas com sua imitação de voz demoníaca e brincando em uma Lamborghini em miniatura. E também para Cheryl Hines mostrar porque ainda é a pessoa mais adorável da TV americana hoje em dia. Suburgatory é definitivamente cheia de seus pequenos prazeres.

***** (4,5/5)

Próximo Suburgatory: 02x19 – Decemberfold (03/04)

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