Os primeiros três meses do ano são indiscutivelmente da britânica de 40 anos que lançou no início de Março seu quarto disco de estúdio, intitulado Girl Who Got Away. A carreira bissexta de Dido (os quatro álbuns vieram num espaço de 14 anos) apenas valorizou o impacto de sua nova obra no mundo pop. Como disse um crítico do Digital Spy: “Dido (ainda) pode ser tão durona quanto qualquer outra”.
E por isso é com ela que começamos essa nossa primeira edição de um top 5 que pretendemos tornar recorrente n’O Anagrama. Como todo álbum tem aquela pérola escondida que (ninguém entende porque) não se torna single, a gente resolveu listar para você aquelas que valem a pena garimpar nos álbuns de 2013. Sempre que a gente reunir cinco dessas, a gente posta aqui.
1ª posição – “Girl Who Got Away” (Dido, Girl Who Got Away)
A gente sabe que é faixa-título, mas isso não impede “Girl Who Got Away” de ser uma pérola escondida no álbum homônimo da britânica. Em meio ao single “No Freedom”, ao promocional “Let Us Move On” e ao já escolhido sucessor “End of Night”, a canção é uma que merece ser ouvida e apreciada pela delicadeza do arranjo eletrônico e pela beleza da letra definidora do espírito do álbum. Não sejamos bobos de deixar Dido ser “a garota que escapou” dos nossos ouvidos dessa vez.
Do mesmo álbum, atenção para: "Blackbird", "Go Dreaming", "Happy New Year"
2ª posição – “Strawberry Bubblegum” (Justin Timberlake, The 20/20 Experience)
O hype em torno de Justin Timberlake e de seu retorno a música foi tão grande que, mesmo com canções pop que serias consideradas “invendáveis” se apresentadas por qualquer outro artista (clima retrô, inovações R&B, duração quase sempre entre 7 e 8 minutos), o The 20/20 Experience ainda se tornou um dos grandes eventos musicais do semestre. A mágica funcionou e o disco deve passar fácil a marca de 1 milhão de cópias vendidas. “Strawberry Bubblegum” tem melodia hipnotizante e clima bossa nova.
Do mesmo álbum, atenção para: "Spaceship Coupe"
3ª posição – “Migraine” (twenty one pilots, Vessel)
Entre as diversas pérolas produzidas pela primeira investida em uma grande gravadora do duo twenty one pilots (tudo em minúsculas mesmo), “Migraine” representa o casamento entre o pop tradicional do século XXI, com as trucagens eletrônicas e filtros de voz, e o hip hop que é a marca de uma parte das canções dos moços. É uma mistura feliz como quase todas as empreendidas por eles no excelente (e incansavelmente surpreendente) álbum Vessel, lançado em Janeiro desse ano.
Do mesmo álbum, atenção para: "House of Gold", "Car Radio"
4ª posição – “Be a Man” (Megan Hilty, It Happens All The Time)
Uma das bem-vindas surpresas do semestre até agora, o álbum de estreia da estrela de Smash, Megan Hilty, agrada principalmente pela maturidade das composições inéditas. “Be a Man” é uma pérola tocante de piano e voz levada brilhantemente pela voz da moça, casando com o clima de pop acústico do restante do álbum e nos dando mais uma boa razão para amar Megan, que cada vez mais mostra-se o “pacote completo”.
Do mesmo álbum, atenção para: "It Happens All The Time", "Dare You to Move"
5ª posição – “Laura Palmer” (Bastille, Bad Blood)
O álbum de estreia eternamente adiado (que finalmente saiu) do Bastille trouxe várias pequenas pérolas, mas quase nada que se compare ao refrão épico e a referência a Twin Peaks dessa “Laura Palmer”. O estilo versátil da banda, com a percussão forte combinada com os sintetizadores e uma ocasional intervenção de piano, arranja um meio termo entre rock de arena e folk-rock à la Mumford & Sons, com a pitada sempre presente de soundtrack de uma banda que não deixa as referências cinematográficas por nada.
Do mesmo álbum, atenção para: "Things We Lost in The Fire"
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