2 de dez. de 2013

Review: American Horror Story Coven, ep. 7 – The Dead

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ATENÇÃO: esse review contem spoilers!

“Beautiful”; última palavra do 7º episódio de American Horror Story Coven, e primeira do meu review. É sério! Apesar de algumas pessoas terem me dito que o episódio foi chato e entediante, o que em partes eu até concordo, não há de se negar que este foi um episódio essencial para o desenvolvimento da trama e também de alguns personagens-chave. Começo então, citando a primeira evolução do episódio: Kyle.

Tudo se inicia em algum momento do passado, com Kyle Spencer (o eterno Tate) e seus amigos em um estúdio de tatuagem, enquanto alguns deles destilam testosterona e tentam convencer Kyle a fazer uma tatuagem, que está mais preocupado com a imagem que ele terá no futuro, quando se tornar um engenheiro. A cena corta para os dias atuais, onde Kyle, que está preso no QG de Cordélia, observa em seu braço e perna as tatuagens que seus amigos tinham feito naquela época. Ele, que imediatamente recupera essa memória, entra em desespero e começa a se perguntar: “o que eu sou?”.

Zoe aparece em cena, e, ao invés de consolar Kyle, aponta uma arma para o rosto do zumbi mais fofo e lindo da face da terra. Ela, que nos últimos episódios tem provado que nada teme, confessa possuir a melhor das intenções e querer apenas corrigir o erro de ter ressuscitado alguém que deveria continuar morto. Mas ele, que mesmo zumbi consegue ser mais vivo do que ela, rouba a arma e tenta se matar. Porém é impedido pela bipolar Zoe, que muda de ideia e decide que ele deve continuar vivo e mostra que ainda sente algo por ele.

Os pombinhos sobem para o quarto e Zoe revela ter um manual intitulado “Como treinar o seu Zumbi”. Ela tenta ensinar como ele deve se comunicar e indicar quando está com fome, raiva, dentre outras coisas.

É interessante ver como, em apenas algumas cenas, Evan Peters conseguiu aprofundar e evoluir o seu personagem. Ele, que no começo veio aparentemente para ser o par romântico de Zoe, se afastou um pouco desse objetivo quando precisou ficar no spa da Misty para se curar e depois foi direto para casa ser abusado pela mãe. Mas agora, o personagem que até então só gemia, esbravejava, derrubava as coisas, parece ter retomado um lugar de prestígio e atenção na trama, que é bem ali, no centro do coven.

Somos então reapresentados a Madison, a segunda zumbi consciente da série, que nos dá uma lição de como é ser e fazer parte da geração Y, e também acrescenta fatos importantes à mitologia da trama, nos informando como é a vida de um morto-vivo, que não sente fome, não sente dor, frio ou calor, o que faz com que ela se sinta no direito de buscar algo que a faça conseguir se sentir viva novamente. É incrível como Emma Roberts (a quem eu já demonstrei meu desprezo anteriormente), consegue trazer sua personagem de volta de forma coerente e interessante para a trama como um todo, uma vez que percebe-se o paradoxo de que quando ela era viva, ela possuí uma personalidade bitch e impenetrável, e agora que está morta, se mostra mais humana e vulnerável. Ela salva Cordelia, que quase cai da escada enquanto procurava Delphine (que tinha ido comer uns bons lanches com sua BFF Queenie). Obviamente, Cordélia consegue enxergar as memórias de Madison e descobre que foi Fiona quem a matou.

Madison vai até o quarto onde Zoe está ensinando Kyle, e informa que Cordelia quer vê-la, ou melhor, conversar com ela. Conseguimos resumir a conversa de Zoe e Cordelia em uma frase:

“We’re going to kill my mother. Kill her once, kill her good, kill her dead.”

Enquanto isso Madison tem um papo reto de ressuscitada pra ressuscitado com Kyle, e eles começam então a falar LITERALMENTE na mesma língua, uma vez que os dois são pegos em flagrante fazendo cego por ninguém menos que Zoe. Boom, triângulo amoroso formado. Porém, Ryan Murphy foi além, e em outra cena, Madison tenta convencer Zoe de que Kyle é seu par perfeito, uma vez que ela é uma pussycopata que mata todos com quem transa e ele é um zumbi que já está morto e não pode ser afetado por essa maldição/feitiço. E é então que Madison a chama para o quarto e eles fazem um threesome, porque não, né gente?! Tá todo mundo ali, de boa, sem nada pra fazer, sem Marie Leveau pra atazanar, bora transar. Mas falando sério, essa é uma reviravolta que só vem ressaltar a importância e o significado da volta Madison, que em menos de um episódio, conseguiu dedurar a Fiona e também abalar e acrescentar na relação de sua amiga.

Além dessa baita evolução desses três personagens em questão, vale ressaltar que Fiona decidiu dar uma chance ao Axeman e ambos se envolveram fisicamente ou espiritualmente, já que não ficou muito claro se ele voltou do mundo dos espíritos como um ectoplasma ou se realmente se transformou em um humano. Ele revela que vem acompanhando Fiona desde sua infância e que o sentimento que ele nutria por ela foi de fraternal a sexual. Ela se faz relutante de início, mas acaba cedendo aos encantos e ao jazz do moço.

Por fim, mas não menos importante, temos uma Queenie em dúvida sobre a bondade de Delphine, o que faz com que ela vá buscar conselhos de alguém que conhece bem o passado de LaLaurie, Marie Laveau. A rainha do vodu tenta convencer Queenie de que o lugar dela é ali, junto às pessoas de sua raça e que para conseguir permissão, ela deve trazer Madame Delphine para ela. Queenie se mostra não tão BFF de Delphine assim, e por um motivo que eu particularmente não achei muito convincente, decide entregá-la para Laveau, que por sua vez, faz com o pâncreas de Delphine a famosa pasta da juventude que ela costuma fazer com os escravos no passado. O episódio termina de forma épica, com Laveau passando a fórmula sangrenta em seu rosto e dizendo aquela palavra que eu nem preciso repetir.

***** (4,5/5)

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Próximo American Horror Story Coven: ep. 8 – The Sacred Taking (04/12)

Marlon

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