ATENÇÃO: esse review contem spoilers!
por Marlon Rosa
Na maioria esmagadora das vezes, a sequência que acontece antes da abertura de American Horror Story, dá o tom e apresenta a trama central do episódio. Em “Head”, 9º episódio da temporada, não é diferente. O ano é 1991, a floresta fica ao norte da Geórgia e o pai que está cheio de expectativa e conselhos, lidera o inocente e apreensivo Hank, seu filho, em sua primeira caçada. Ao encontrarem o alvo, Hank hesita em meio às palavras e suspiros de piedade da bruxa, e, é neste espaço de tempo que ela resolve fazer o Smaug e esbaforar uma labareda em direção a Hank. Seu pai consegue pular em direção ao filho e salvar livrá-lo da magia, mas não sem antes ficar com a mão queimada.
Em New Orleans, Fiona decide fazer uma visita a Marie Laveau, acompanhada da cabeça de LaLaurie, que lhe foi entregue no episódio anterior. Ela tenta propor uma aliança com a rainha do vodu para que juntas, elas enfrentem a ameaça dos caçadores de bruxas. Laveau encara a situação toda com deboche e risadas que só Angela Basset consegue invocar. Ela dispensa Fiona e pede a Queenie que queime a cabeça de LaLaurie.
Com todos os problemas que uma cegueira pode invocar, Cordelia parece odiar mais o fato de quando as pessoas mudam os objetos de lugares. Este drama é acompanhado por Myrtle, que aproveita o fato e se defende da acusação de que foi ela quem cegou Cordelia. É então que vemos o sentimento maternal que Myrtle desenvolveu por Cordelia durante tantos anos reaparecer, o que faz com que ela mate os dois membros do conselho, retire seus olhos, e os dê a Cordelia para que ela volte a enxergar, mas como consequência, ela perde o poder de enxergar o passado e a verdade das pessoas.
Somos apresentados a Delphi Trust, empresa por traz dos caçadores de bruxas e também os responsáveis por jogarem ácido no rosto de Cordelia. Ela é comandada pelo pai de Hank, que tinha a missão de se infiltrar no coven de Fiona e adquirir o máximo de informações possíveis. O fato de terem cegado Cordelia, tinha como objetivo deixa-la mais dependente de Hank, já que ele só havia se casado com ela por ordens do pai. É evidente que tudo deu errado, uma vez que Hank realmente se apaixonou por Cordelia, e se vê um conflito: buscar a admiração do pai matando a mulher que ama ou poupá-la e continuar sendo uma decepção?
Nan, que está no hospital à espera de Luke, consegue a ajuda de Madison e Zoe para invadir o quarto do paciente que está sob proteção de sua mãe. Luke decide falar através do poder Nan, e diz ter descoberto toda a verdade sobre o que causou a morte de seu pai. A culpada é a mãe, que ao descobrir a traição do marido, decide matá-lo.
Do outro lado, temos Queenie, que ao invés de fazer o que a rainha do vodu havia ordenado e queimar a cabeça de LaLaurie, decide por educá-la com um coquetel de filmes sobre a raça e cultura do seu povo.
Porém, o ponto dramático mais alto da temporada e quiçá de toda a série acontece logo em seguida, quando Hank (depois de ter levado uma voduzada de Laveau que queria que o trabalho para o qual ela o contratou fosse concluído rápido), não consegue matar Cordelia e decide ir atrás dos praticantes de magia negra. É ao som de “Oh Freedom – The Golden Gospel Singers”, que Hank massacra o reino da rainha do Vodu. Na bagunça, Queenie, que havia levado um tiro na barriga, consegue se arrastar até uma arma que estava no chão, e atirar em sua própria cabeça pare evitar que Hank mate Laveau. Ela consegue, porém, fica o mistério se seu cérebro também está imune à habilidade de boneca vodu ou se ela está realmente morta.
Por fim, o episódio termina com Marie Laveau fazendo o que todos já esperavam e correndo para as asas da Suprema, algo que já foi mostrado nos materiais de divulgação da série, lá no começo de tudo, onde todas pareciam estar reunidas contra um inimigo em comum, os caçadores de bruxa.
Que a guerra comece!
***** (4,5/5)
Próximo AHS Coven: ep. 10 – The Magical Delights of Stevie Nicks (08/01)
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