8 de set. de 2012

Revolution: Primeiras impressões.

Revolution-4

por Rubens Rodrigues
(TwitterTumblr)

O canal NBC juntou dois nomes conhecidos do público para desenvolver o projeto: J.J. Abrams (Lost, Fringe) e Eric Kripke (Supernatural). Quer estratégia de marketing melhor do que esta? Não bastasse, o piloto de Revolution, liberado para exibição online pela própria emissora, foi dirigido por Jon Favreau (Iron Man, Cowboys & Aliens). A série merece o mínimo de crédito, contudo os nomes de peso não garantem 43 minutos agradáveis.

Sustentando-se na hipótese da sobrevivência em uma Terra pós-apocalipca, o argumento de Revolution baseia-se na seguinte pergunta: E se a eletricidade do mundo inteiro acabasse e não houvesse nenhuma outra forma de energia além da humana? No primeiro momento, a série lembra diversos fiascos que surgiram nos últimos anos, e não mostra a que veio no episódio piloto.

Logo nos minutos iniciais conhecemos o casal Ben (Tim Guinee, de The Good Wife) e Rachel Matheson (Elizabeth Mitchell, de Lost), que sabem do desastre que está por vir. De repente, a eletricidade acaba, assim como a qualquer outro tipo de energia, deixando as pessoas completamente no escuro. 15 anos passaram e Charlie e Danny, os filhos do casal, agora crescidos, vivem em uma colônia juntamente com outros sobreviventes em Chicago. Tão logo a trama da série começa a se desenvolver, os problemas de execução começam a surgir.

Após a morte do pai, Charlie quer recuperar o irmão que foi levado pela milícia. Só que para isso ela precisa encontrar o tio Miles, que pode ter respostas para o maior problema da humanidade: a falta de energia. Os personagens até que são bem apresentados, mas ficou a impressão de que a escolha do elenco poderia ter sido mais feliz. Faltou carisma da parte Tracy Spiridakos e, principalmente, faltou convencer de que ela tem competência para o posto de protagonista. O problema é maior ainda com o intérprete de Danny, o jovem Graham Rogers, que se tivesse morrido junto com o pai, não faria a menor falta.

A impressão é diferente quando se trata do elenco mais experiente. Billy Burke (Rizzoli & Isles), que interpreta o quase-ninja Miles Matheson, mostra que é um dos personagens mais promissores de Revolution, assim como o capitão Neville, que ganha vida através do premiado ator Giancarlo Esposito (Breaking Bad, Once Upon a Time). Os dois ficaram com o destaque do episódio piloto. Se de um lado, Miles consegue derrotar vinte homens melhor equipados do que ele, de outro, Neville mostra que não vai medir esforços para manter os Matheson por perto. Já imaginou quando esses dois se encontrarem?

Com uma trilha-sonora nada empolgante, a trama só melhora mesmo nos últimos minutos, quando o chefão da milícia é revelado e conhecemos uma pessoa que tem um dispositivo gerador de energia, mostrando que faz parte de "algo maior". Apesar de não revolucionar logo neste primeiro episódio, que mais entedia do que mantém o interesse (juro que esses 43 minutos foram longos, juro!), a série, assim como qualquer outra criação de JJ Abrams, tem seus mistérios e promete uma temporada de reviravoltas.

Revolution e seus personagens precisam de tempo para desenvolver melhor a trama, mas que esse tempo não demore muito, pois vai ser difícil aguentar mais espisódios como este.

Rubens Rodrigues escreve todo dia 08.

2 comentários:

ED CAVALCANTE disse...

Primeiramente, que belo post, Rubens, parabéns! Essa é uma série que pretendo conferir. Gosto desse mote apocaliptico, apesar dos últimos fiáscos. Verei o piloto amanhã e tirarei minhas conclusões!

Abraço!

Guilherme disse...

Achei um bom piloto. A dupla de jovens protagonistas é realmente fraca, realmente não é nada empolgante até perto do fim do episódio, mas conseguiu dar esperanças de que a série tenha futuro. Vamos acompanhar.