18 de set. de 2012

God save the FASHION queen!

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por Bebé Ribeiro
(My Petit Closet)

Queridos e queridas! Depois de um tempinho sem dar as caras por aqui (vida de artista não é fácil, hahaha) retornei para contar um pouco sobre a trajetória da minha designer favorita: Vivienne Westwood.

A musa inglesa do punk fashion nascida em 8 de abril de 1941 revolucionou a moda e deu uma nova cara ao movimento. De família de classe média, sua mãe trabalhava em uma fábrica de algodão e o pai pertencia a uma família de fabricantes de calçados. Aos 17 anos de idade saiu de sua cidade natal, Glossop, e mudou-se para Londres. Lá começou a dar aulas de inglês e conheceu seu primeiro marido, Derek Westwood, com quem teve um filho.

Estudou por pouco tempo moda na Faculdade de Arte de Harrow, mas não acreditava que uma pessoa como ela pudesse viver no mundo da arte. Influenciada pelo clima rebelde da década de 1960, decidiu se divorciar. Logo depois, conheceu seu futuro sócio, Malcolm McLaren, casou-se pela segunda vez e teve outro filho.

A relação profissional entre Vivienne e Malcolm fez com que, em 1971, inspirados pelo rock dos anos 50 fundassem sua primeira loja, a Let it Rock. A ex-professora começou então a criar suas próprias peças, inspirando-se nos que vivem à margem da sociedade: negros e rockers. Em 1972, a loja passou a se chamar "Too Fast to Live, Too Young to Die". A ousadia de suas roupas começou a se destacar em peças de couro, t-shirts com estampas eróticas, africanas, entre outras.

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Com a polêmica criada, eles chegaram a ter problemas com a justiça e, em reação, o nome da loja mudou novamente, agora para "Sex", onde suas t-shirts ganharam ainda mais ousadia com mensagens mais explícitas, além de venderem objetos sadomasoquistas. Nesse período, a borracha tornou-se a principal matéria-prima de suas criações.

Vivienne Westwood se apresentava com roupas de couro, t-shirts rasgadas (as "catalyst-shirts") e acessórios feitos de correntes e cadeados. A partir daí, nasce o conceito de vestir punk. O trabalho do casal começou realmente a se difundir quando Vivienne criou um modelo novo, feito de borracha e vinil vermelhos. Além disso, Malcolm era o produtor da banda punk mais influente da época, os Sex Pistols, vestidos pela estilista. Daí o fato de ser chamada de estilista punk até hoje. Ela mesma afirma: "Na época, não me via como estilista. Procurávamos motivos de rebelião para provocar. O resultado dessa procura foi a estética punk".

Em 1981, Westwood mostrou sua primeira coleção seminal em Londres, intitulada Pirata. Criou uma fragrância (Boudoir), deu cara nova às famosas sandálias de plástico Melissa e nunca mais parou de produzir tendências e novidades. Destaque para a linha de alta joalheria feita em colaboração com a Palladium Alliance, com peças que misturam símbolos pagãos e metais raros.

Mesmo sendo uma das estilistas mais importantes do século – Vivienne ganhou o prêmio como designer do ano da Grã-Bretanha em 1990 e 1991, além de ter sido nomeada membro de honra da Royal College of Art – “Dame Westwood” combate como uma rebelde o consumismo exagerado. Chegou a declarar em 2007: “Se você tem dinheiro para comprar roupas, compre-as de mim. Mas não compre muito.” Ainda assim consegue manter quatro linhas sob sua direção: a semi-couture Gold Label, a prêt-à-porter Red Label, a masculina Westwood Man e a diffusion Anglomania. Westwood não segue regras, cria as suas imposições.

Constantemente busca inspiração e transita pelo submundo, mas as causas politicamente corretas são sempre seu foco, como os manifestos que escreve para alertar o mundo sobre as mudanças climáticas e a devastação da Amazônia. E hoje o preto, o vermelho e as peças destroyed, tão características de sua moda, dividem a cena com acessórios com mensagens como “respeite o planeta”. Atualmente, ela veste estrelas como Kate Winslet, Pamela Anderson, Alice Dellal, entre outras. Dotada de muita personalidade e um talento natural para os negócios, Vivenne soube sustentar sua marca como ninguém e até hoje é símbolo de rebeldia, estilo e atitude.

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Bebé Ribeiro escreve todo dia 19.

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