1 de set. de 2012

Conhecendo a equipe: nossos colunistas e os seus filmes preferidos!

193-Moulin Rouge

A ideia é simples: juntar a equipe toda do blog (teoricamente, 19 pessoas, entre este editor que vos fala, colunistas regulares e colaboradores eventuais) para responder uma mesma pergunta, todo último dia do mês. Além de dar as devidas boas-vindas aos novos colunistas que estão sempre chegando, dá para você, leitor, se familiarizar melhor com a gente, e participar também, respondendo a pergunta nos comentários!

Bom, a pergunta de estreia é:

Qual é o seu filme preferido? Qual a sua história com ele e de que formas ele te inspirou?

por Caio Coletti – editor
Vocês já devem estar saturados de me ouvir falar de Moulin Rouge! aqui no blog. Mas é meio impossível fugir do filme que me fez me apaixonar, ao mesmo tempo, por cinema, música e arte pop. A obra-prima de Baz Luhrmann juntou um roteiro recheado de ideais boêmios encantadores, uma encenação teatralmente minuciosa, direção de arte barroca (em uma definição modesta), Nicole Kidman no auge do talento e da beleza, e canções que precisavam ser recolocadas no imaginário pop do mundo. O resultado é, para definir em uma palavra, encantador.

Contar de que formas Moulin Rouge! me inspirou é missão para mais de um texto. No sentido crítico, foi o filme que me abriu os olhos para uma série de questões técnicas do cinema que passavam batidas por mim antes dele (um exemplo simples é a cena da canção “El Tango de Roxanne”, que me fez atentar aos cortes e a direção de fotografia). No sentido artístico, foi o primeiro sinal, para mim, que uma obra de arte não deveria pedir desculpas por ser intensa na sua abordagem, ou fantasiosa em seus meandros – não desde que, no final das contas, ela produza encantamento. E, como espectador, Moulin Rouge! é simplesmente o filme que me faz acreditar na verdadeira força do idealismo, mesmo que sob as mais cruéis realidades. “Os franceses ficariam felizes em morrer por amor”. Talvez devêssemos ficar felizes em morrer por qualquer coisa em que acreditamos.

por iJuniorcomportamento (todo dia 01) - veja os textos dele aqui
Nomear um filme como seu preferido pode levar diversos conceitos como forma de avaliação: enredo, direção, trilha sonora e etc. E, na minha opinião, até se torna uma forma simples de avaliar algo. Complicado mesmo é quando se sabe qual é o seu preferido e não se sabe dizer com tanta certeza quais são os conceitos que te levam a isso. É como se apaixonar e ficar cego achando que algo é perfeito. Meu filme preferido se chama Um Olhar do Paraíso, e os motivos podem ser diversos: a trilha sonora que até hoje me inspira, a ótima atuação de Saoirse Ronan como Susie, os efeitos especiais, o cenário, a história, tudo isso pode ser levado em consideração, mas meu critério de avaliação vai muito além disso, pois nada seria mais importante do que o "You are beautiful Susie Salmon", entre diversas frases marcantes que simplesmente penetraram em minha mente.

Um Olhar do Paraíso é suspense, romance, comédia e tudo o que eu quiser que seja, é o amor platônico em que eu tenho muito medo de nunca ter ao menos uma chance, é a coragem que eu nunca pensei em ter, é o dilema de ter que se dividir entre diversas coisas que amo, é uma sequencia de audio e video que me prende segundo-a-segundo, e domina cada piscar do meus olhos. Mas no fundo eu prefiro não o avaliar metricamente - até nem poderia - pois basta dar o play e ter certeza de que é o melhor filme que já vi na minha vida até hoje.

por Marlon Rosa – HQs (estreia no próximo dia 04)
Eu Matei Minha Mãe
! Um tanto quanto pesado dizer isso pra alguém que você não conheça, que dirá para várias pessoas leitoras deste blog, mas é exatamente essa minha resposta quando alguém me pergunta qual o meu filme mais xodó e definitivamente o que mais mudou minha vida. Seja num diálogo ou grupo, minha resposta é sempre um homicídio.

Fiquem calmos, não, eu não matei minha mãe, pelo contrário, eu a amo, a situação é que eu percebi o quão morta o estado da nossa relação se encontrava depois de ter visto J'ai tué ma mère pela primeira vez. Xavier Dolan, diretor e protagonista do filme, escreveu a história com apenas 16 anos, tendo como base suas próprias experiências, o que torna as atuações e situações intima, pessoal e estranhamente sinceras. Aliás, os filmes dele fazem isso comigo, abrem meu olho, me fazem parar pra sentir, tanto que além de reaver a minha relação filho/mãe, eu também enxerguei o quão mal eu me vestia, (e era MUITO mal, mesmo) com os figurinos lindos apresentados no filme.

por Isabela Bez – moda (todos dias 07 e 21) – veja os textos dela aqui
Nunca fui do tipo que teve banda favorita, artista favorito ou filme favorito. Mas depois que assisti According To Greta, me apaixonei. A história é considerada meio fraquinha e o final é bem decepcionante, mas a trilha sonora e a parte cinematográfica me prenderam. O filme é independente e tem como protagonista Hilary Duff, que passa por uma crise na adolescência. O tópico é suicídio, mas ao longo do filme é possível perceber que tudo não passa de uma menina de dezessete anos de idade querendo atenção de seus pais.

Não entendo absolutamente nada de cinematografia, mas há diversas cenas emocionantes, como a que Greta (Hilary Duff) sai andando brava pela rua com um vestido de gala verde antigo de sua avó, e mergulha no mar com o mesmo. Ela também mantém um pequeno caderno de anotações com as coisas que deseja fazer antes de morrer, ou melhor, se matar. Como perder a virgindade, fazer uma tatuagem e entrar numa briga com um homem mais velho. O filme é bem doce e ingênuo, e a trilha sonora é cativante. Pode não se tornar o seu filme favorito, mas vale a pena se divertir um pouco assistindo.

por Rubens Rodrigues – cinema/TV (todo dia 08) - veja os textos dele aqui
Titanic foi um dos filmes que vi ainda cedo, antes dos dez anos, e não saiu mais da minha cabeça. A obra-prima de James Cameron se tornou a minha referência não apenas de drama ou romance, mas de Cinema. É incrível pensar como o filme me emociona toda vez que assisto, e ainda me faz torcer pelo casal principal. Tive a oportunidade de ver o filme pela primeira vez no cinema quando reestreou em 3D, uma experiência que, não digo apenas como cinéfilo, ficará marcada na minha vida.

por GuiAndroid – moda/cinema/TV (todos dias 11 e 28) - veja os textos dele aqui
Por mais que soe clichê, o meu filme favorito é Titanic de James Cameron, por seu figurino perfeito e totalmente de acordo com a época, pelo romance emocionantemente trágico entre Jack e Rose, pelo roteiro impressionante e pela qualidade das cenas num todo. É um filme que eu vejo e adoro desde que me conheço como gente; lembro de estar no sofá da casa dos meus avós aos meus seis ou sete anos de idade, a chuva caindo lá fora, um pote enorme de pipoca e estar assistindo Titanic em fita cassete, e por mais incrível que pareça aquela não era a primeira vez que assistia aquele filme.

PS: Assisto a esse filme em torno de 10 a 15 vezes todos os anos.

por Fernanda Martins (estreia no próximo dia 13)
Quem nunca escutou Kate Winlest sussurrando ‘’meet me in montauk’’ no ouvido de Jim Carrey não sabe como é imaginar-se tendo uma segunda chance para o amor perdido e apagado. Eternal Sunshine of the Spotless Mind não é um filme que se esquece. Mas, engana-se você que pensa que o entenderá de primeira. Confesso que fui entender realmente como tudo se encaixava na terceira ou quarta vez que o assisti e, depois disso, o filme virou uma canção de ninar, que é reproduzido várias vezes até eu dormir e, com o tempo, virou até uma tatuagem no meu pulso esquerdo que eu sempre tenho que explicar o significado, o que é só mais um motivo para eu poder falar desse filme ‘’auto inspirador’’.

O filme de Michel Gondry foi lançado em 2004, mas se encaixaria perfeitamente em qualquer época ou ano. Quem nunca quis apagar alguém que tanto amou e que não deu certo que atire primeira pedra, de preferência, ao som de uma versão destruidora de Beck da música “Everybody’s gotta learn sometime”, a qual direcionou o filme para um lado mais hard do que simplesmente brincar de apagar lembranças. E sem contar, também, os competentes efeitos utilizados no processo de ‘‘apagamento’’ da memória. Lacuna Inc. é um lugar fictício, no qual as mais duras lembranças das personagens são apagadas, mas duvido que ninguém nunca o desejou na realidade.

por Gabis Paganotto – moda (todo dia 15) - veja os textos dela aqui
Disse que pensaria muito, mas seria uma injustiça a minha memóravel infãncia critativa. Sem dúvida nenhuma meu filme favortio foi Harry Potter (impossivel escolher apenas 1 da série). Eu e Harry tivemos sem dúvida um amor a primeira vista. O dia em que assisti ao primeiro filme no cinema me marcou muito. Me lembro de ter em torno de 7 anos, estava de férias com meu pai no guarujá, e numa noite que choveu e não havia nada para fazer, fomos ao shopping Santos Dumon na cidade.

Foi mágico assisitir Harry Potter, a história me cativou completamente na primeira cena do castelo de Hogwarts, quando as crianças chegam lá com enormes lamparinas a mão dentro de um pequeno barco. O filme me insipirou para o resto da vida, me fazendo compreender que mesmo as pessoas mais puras de coração também tem seu lado sombrio, e que a diferença das pessoas está no fato de qual lado, sombrio ou de luz ,elas decidem seguir.

por Amanda Prates – música (estreia no próximo dia 18)
Escolher UM filme favorito é algo muito difícil, pois todo bom filme nos marca de alguma forma. Creio que eles, geralmente, surgem com os nossos primeiros contatos com o cinema. Eu poderia dizer que o meu é Bridge to Terabithia, em que me lembro de ter assistido pela primeira vez na escola e o primeiro a me intrigar, de certa forma; mas estaria negando meu vício por A Walk to Remember. Sim, é simples e carregado de clichês (afinal, é roteiro de Nicholas Sparks). E sim, é um drama enfadonho adolescente. Não sou e estou longe de ser uma espécie de cinéfila, mas esse filme foi um dos poucos que eu tive vontade de ver outras vezes. Devo confessar que A Walk to Remember foi o meu primeiro contato, sincero, com as artes cinematográficas, o primeiro e único que adquiri em DVD e que chorei todas as dezenas de vezes em que o assisti. Não tenho nenhuma história de inspiração com esse filme, mas foi com ele que passei a perceber o quão fascinante é a indústria cinematográfica.

por Andreas Lieber (todo dia 20) - veja os textos dele aqui
Let them eat cake!”. Pronto, todo mundo já sabe qual é o “meu” filme. Creio que não há frase melhor para se começar a falar qualquer coisa sobre Marie Antoinette do que essa, embora controversa até hoje e de muitos negarem sua existência: a rainha consorte pode ou não a ter proferido. O fato é que, de qualquer modo, Marie (com toda a liberdade) foi uma figura marcante da França. Em seu filme Marie Antoinette, Sofia Coppola retrata o auge o e declínio do império pomposo de Luís XVI que precedeu a Revolução Francesa.

Explicar sucintamente como esse filme me transformou e influenciou não é um trabalho fácil, a História é um dos meus maiores interesses, se não o maior. Sendo assim, ele foi o primeiro em que eu realmente senti a parte humana de uma figura histórica; ele me fez perceber que a história vive, e não apenas mofa em livros. Cheia de floreios, a direção de Coppola joga o espectador nas portas de Versailles e nos faz assombrar os corredores infinitos, acompanhando os personagens, querendo dar palpites nos vestidos, correr pelos gramados, comer as deliciosas tortas e participar das festas e bailes. Marie Antoinette funde a história com o presente utilizando uma fotografia, trilha sonora e figurino impressionantes. Afinal de contas, quantas rainhas consortes adolescentes vocês já viram com um Converse rosa no meio dos saltos? Sim, nós vimos isso, Sofia, e foi brilhante!

por Gabryel Previtale – música (todo dia 24) - veja os textos dele aqui
Gosto de Ponte Para Terabítia não pela produção ou as técnicas aplicadas de direção e cinema (claro que foram pontos a favor), mas o filme em si traz consigo algo de misterioso e simples, algo que todos temos e poucos usamos no nosso dia-a-dia, nossa imaginação. Confesso que quando fui assistir ao longa, pensei que seria outro que seguiria a temática “Narniana” em uma terra de fantasias, onde tudo é possível e o bem vence no final. Muito pelo contrário, é trágico o desfecho deste filme, que já fora um clássico da literatura infantil de 1977. Tenta externar a idéia principalmente para os adultos (destaque para a enigmática e bela atuação de AnnaSophia Robb), de algo totalmente diferente do que vivemos na vida diariamente, um bosque com aventuras imaginárias, sem esquecer o mundo real, ter sua válvula de escape, mas ter os “pés no chão”.

Deixar a mente aberta é a chave para o entendimento deste filme, a morte da garota mostra como fez efeito no personagem principal, como ele amadureceu embora tendo seu mundo fantasioso, as dores da perda foram bem reais. E acho que isso é o que temos que agregar para nossas vidas, deixar nossa imaginação fluir nas horas certas (e ter o fio da realidade), um filme nada entrópico, muito simples e vagaroso, mas foi com essa simplicidade que transcendeu algo maior para quem captou a idéia de que temos que nos permitir e nos deixar levar, talvez isso amenize e suavize muito dos problemas de hoje em dia. “A mente é como um pàra-quedas. Só funciona se estiver aberta”.

por Luciana Lima – comportamento/política (todo dia 26) - veja os textos dela aqui
Pode ser clichê, e com certeza o é, mas não há como pensar em um filme favorito, pra mim, sem pensar em O Fabuloso Destino de Amélie Poulain. Sem contar a beleza do filme, com uma fotografia impecável, a personagem em si, também me chama muito a atenção. E principalmente, me identifica. Amélie encara a vida de uma forma um tanto voyeur, vendo as situações passarem, sem envolver com elas, com medo de se envolver com elas. Muitas vezes eu sou como a Amélie, me privo de viver certas coisas por medo de que elas não deem certo, como muitas vezes não dão.

Mas uma frase em especial, dentre as várias que poderiam me definir,  é uma que soaria como um mantra algumas vezes: “Então, pequena Amélie, os teus ossos não são feitos de vidro. Podes levar algumas pancadas da vida. Se deixares escapar esta oportunidade, eventualmente o teu coração vai ficar tão seco e quebradiço como o meu esqueleto”. Sempre que surge uma oportunidade, procuro lembrar que não sou feita de vidro, que posso aguentar as pancadas da vida, e embora, possa não ter dado certo, não fui mais uma vez só um espectador do meu enredo, tentei ser o protagonista. Algumas histórias nem sempre terminam com “Felizes para Sempre”.Mas a vida não é um conto de fadas, afinal de contas.

por Fabio Christofoli – comportamento (todo dia 29) - veja os textos dele aqui
Sem dúvida alguma, o melhor filme da minha vida é Na Natureza Selvagem. Há vários motivos. O elemento principal é minha identificação com o protagonista, com sua luta interna e seus conceitos sobre a natureza e sobre a vida. Me vejo muito ali. Depois, gosto do modo como o filme é executado. A fotografia, a trilha sonora, o elenco e a grande direção de Sean Penn.Tudo funciona e trabalha em harmonia, criando uma atmosfera particular - até hoje não sei como não foi premiado com Oscar. Outra coisa que me fascina é a capacidade de surpreender. Cada vez que vejo novamente, aprendo uma nova lição, percebo um detalhe que passou despercebido. Filmes assim são raros! Por fim, destaco o roteiro. Raras vezes eu vi pessoas duvidarem se o livro era melhor que o filme, neste caso a dúvida é frequente.

por Raissa Garcia – cinema - veja os textos dela aqui
Difícil pensar em um filme favorito, já que falamos de uma cinéfila aqui. Mas acho que eu teria que dizer De Repente 30. Não sei explicar que tipo de conexão eu tenho com esse filme e nem se ele me inspirou de alguma forma. É um filme comum, comédia romântica, mas eu adoro! E quando se trata de filmes, eu tenho uma “quedinha” por comédias românticas, devo confessar. Lembro que esse foi um dos primeiros filmes (que não era uma animação) que assisti quando era nova, já que ele foi lançado em 2003 e eu tinha apenas 10 anos.

A história de Jenny me fascina somehow, e eu não sei exatamente o porquê. Eu acho que é aquela magia do sonhar, mas ao mesmo tempo mostrando a realidade e que nem tudo é como você imagina. Também sou APAIXONADA pela trilha sonora! As músicas anos 80 são fantásticas e vão desde Madonna, passando por Billy Joel e Pat Benatar para aterrissar no moonwalk de Michael Jackson. De Repente 30 pode ser só mais um filme, mas de alguma forma inexplicável ele me marcou. E todas as, pelo menos, 30 vezes que eu já assisti, eu me emocionei, ri, e aproveitei aquelas horas de filme como se fosse a primeira vez. OPA, pera.

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