25 de fev. de 2015

Você precisa conhecer: Ji Nilsson é a mais nova de toda uma geração de grandes artistas suecas

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por Caio Coletti

Duas das melhores amigas da sueca Ji Nilsson já apareceram aqui no “você precisa conhecer” d’O Anagrama: Beatrice Eli e Marlene. Esse tipo de peso forma a nova geração da música pop vinda do país que nos deu o ABBA e Robyn, entre muitos outros – a própria Nilsson ajuda a explicar porque o país nórdico é uma fonte tão inesgotável de bons artistas: “Nós estudamos música desde muito pequenos e é tudo bancado pelo Estado, então eu acho que é natural para a maioria das pessoas”, contou ela para o site Scorpio Jin. Nilsson ainda cita que seu pai é musicista, e que a maioria dos jovens suecos se voltam para a criação de canções graças aos 7 meses anuais de clima “deprimente”, nas palavras dela, do país.

Os primeiros lançamentos vieram no começo do ano passado, com os singles “Tell Them” e “I’m Her” (ambos abaixo), com um clipe acompanhando esse útlimo. Com batidas marcantes e harmonias vocais assistidas pelo auto-tune (utilizado com muito bom gosto, claro), Nilsson trouxe uma voz bastante climática e certeira para o synthpop já na sua estreia.

A virada na carreira de Nilsson até agora, no entanto, veio com “Heartbreakfree” (abaixo), uma canção geniosa com letra ainda mais, que articula as principais influências da artista em uma única e brilhante peça de música pop. Tão notável o feito da moça que até a diva Gwen Stefani notou, colando a produção e a harmonia da canção para o seu single “Baby Don’t Lie”, o que não passou em branco pela internet. Logo os fãs da cantora do No Doubt e curiosos afins passaram a conhecer o trabalho da sueca, que chegou a marca inédita (para ela) de 300.000 visualizações no Youtube para o clipe de “Heartbreakfree”.

“As pessoas tem sido muito legais e eu ganhei muitos novos fãs por causa disso, mas eu jamais esperava que algo assim acontecesse. Foi uma semana bem louca!”, descreve Nilsson sobre a polêmica com a diva americana. Não tão surpreendente que tenha sido Gwen quem tenha “encontrado” a cantora, no entanto, uma vez que uma das principais referências moldadas na música de Nilsson é a batida rítmica do reggae, além de elementos oitentistas que a própria atribui a sua admiração por “canções pop clássicas”. É uma característica bacana dessa nova geração de suecas o resgate da importância do R&B para a formação da música pop, e Nilsson faz isso com ainda mais destreza que suas BFFs.

Depois da inesperada notoriedade de “Heartbreakfree”, Nilsson apareceu com um novo single que coloca um pé na música eletrônica, um outro nos ritmos latinos, mas mantem o espírito todo no indie pop. “Encore” (abaixo) é uma canção de amor tão machucada quanto o lançamento anterior da sueca, com tintas mais próprias para a pista de dança e uma melodia hipnotizante.

Sobre o distintivo estilo visual, Nilsson insiste que os cabelos azuis de jeito diferente de se vestir vêm da infância: “Eu acho que meu gosto por roupas não mudou desde os 9 anos, eu ainda amo as mesmas coisas. E azul, sempre azul, eu amo tanto azul. Talvez por ser a cor do oceano, e eu ser obcecada por sereias”, ela contou ao Scorpio Jin.

Nilsson também lançou parcerias com Marlene ("Love You Anyway"), Sum Comfort ("Watch Your Step"), Up to No Good ("Midnight Sun") e Julia Spada, do Breakup ("Ring Mig").

Pra quem gosta de: Marlene, Gwen Stefani, Jessie Ware

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