1 de mai. de 2014

Mom, 1x22 – Smokey Taylor and a Deathbed Confession [SEASON FINALE]

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ATENÇÃO: esse review contem spoilers!

por Caio Coletti

Para uma sitcom, até que dá para conjurar muitos “temas” sobre os quais Mom disserta. Perdão, culpa, em certos momentos uma espécie de redenção ou compensação por erros passados, e até mesmo a decisão de tomar controle sobre a própria vida. Interessante perceber, no entanto, que em seu coração a série é capaz de juntar todas essas coisas, particulares a sua própria trama (e sem dúvida relacionáveis a história de vida de muitos dos seus espectadores), em um título ainda mais universal: a capacidade de seguir em frente.

“Smokey Taylor and a Deathbed Confession” encerra a primeira temporada do programa da mesma forma que ele sempre se propôs a ser, com uma dose de doçura que vem lado a lado com um momento de drama amargo e, mesmo assim, abre espaço para um humor que consegue soar extremamente natural. Além de tudo isso, é claro, existe o fato de que o episódio, como todos os melhores de Mom até hoje, não se prende a uma storyline convencional e se estrutura muito mais como uma coleção de momentos querendo dizer coisas sobre esses personagens e as consequências de seus atos.

Vamos aos desenvolvimentos: a setpiece central tem Violet dando luz a seu bebê, uma linda menina que, mesmo tendo fraquejado durante o parto, a garota acaba decidindo realmente dar para adoção – agradecemos aos deuses pelos escritores da série terem tido o bom senso de fazê-la ficar firme nessa decisão, ao mesmo tempo que é legal também que Mom tenha “levado a sério”, a sua maneira, os efeitos colaterais emocionais disso tudo. Ao mesmo tempo, Bonnie acaba perdoando Alvin enquanto este está internado no hospital, após alguns diálogos geniais entregues por Allison Janney e Kevin Pollak. Pena que tudo isso tenha que ser executado com uma undercurrent romântica, que parece muito mais exigência executiva do que vontade criativa.

Desde seu início, Mom bombardeou Christy de problemas e pequenas tragédias pessoais, e não dá pra discordar dela quando, na última cena desse season finale, ela define o ano que se passou como uma “crap storm”. Acontece que a missão de “Smokey Taylor and a Deathbed Confession” é mostrar que, mesmo que esses desastres individuais sejam parte indissociável da vida, existe uma qualidade muito latente dela, que é ao mesmo tempo o que faz todos os personagens de Mom fáceis de gostar: eles sabem que, querendo ou não, precisam lidar com o que o destino lhes atira. E talvez essa carga já seja pesada demais para acrescentarmos a ela, ainda, mágoas passadas.

✰✰✰✰✰ (4,5/5)

MOM

Mom está confirmada para uma segunda temporada!

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