27 de jun. de 2013

Top 05: Preciosidades escondidas em álbums de 2013 (edição #4)

Sandy

Uma estrela brasileira no Top 05 d’O Anagrama! Como proclama na deliciosa “Aquela dos 30”, Sandy entra de vez na idade adulta com Sim, um álbum maduro e bem delineado, que articula as influências MPB, sertanejas e pop da artista de maneira elegante, enquanto mostra a evolução clara de sua voz e de sua expressão compositiva. Ela lidera essa quarta edição do top 05 de músicas de álbuns de 2013 que não são singles, e ninguém entende o porquê.

Edição #1
Edição #2
Edição #3

1ª posição – “Morada” (Sandy, Sim)

O dedilhar de violão logo no começo e a melodia dos versos não disfarçam a influência do sertanejo de raiz (o mesmo tipo que aparece nos bons momentos de Paula Fernandes), e Sandy mostra-se comprometida a manter a beleza singela desse tipo de música (“Como cortar pela raiz se já deu flor?/ Como inventar um adeus se já é amor?”), ao mesmo tempo que o violino que a acompanha e a estrutura de ponte-refrão-pós adicionam polimento pop a canção, uma das melhores do Sim.

Do mesmo álbum, atenção para: "Ponto Final", "Saudade"

2ª posição – “Kangaroo Court” (Capital Cities, In a Tidal Wave of Mystery)

Os moços espirituosos do Capital Cities estrearam em 2013 com menos barulho do que deveriam ter feito, mas isso não significa que as canções do In a Tidal Wave of Mystery são menos incríveis. “Kangaroo Court” é a mais dançante e provavelmente a mais viciante delas, com sua batida contagiante e sua melodia deliciosa nos versos e no refrão. Com um quê de Chad Valley mas um espírito mais dançante, é fácil de apaixonar por eles.

Do mesmo álbum, atenção para: "I Sold My Bed, But Not My Stereo", "Farrah Fawcett Hair"

3ª posição – “Ghost Town” (Bo Bruce, Before I Sleep)

Segunda colocada no The Voice UK de 2012, Bo Bruce mostrou a que veio com o álbum de estreia lançado nesse ano, Before I Sleep. Entre as baladas bem escritas e interpretadas pela voz inconfundível da moça, “Ghost Town” se destaca pelo instrumental atmosférico e pelo uso inteligente dos agudos de Bruce, menos explorados do que deveriam pelas outras canções do álbum.

Do mesmo álbum, atenção para: "Speed The Fire"

4ª posição – “The Object of My Affection” (Emmy Rossum, Sentimental Journey)

Atriz consagrada em um musical (O Fantasma da Ópera, que lhe rendeu indicação ao Globo de Ouro), era de se esperar a inclinação musical de Emmy Rossum. A voz de soprano da moça é uma força fundamental para Sentimental Journey, segundo álbum de Rossum, mas mesmo que outras canções a explorem melhor do que “The Object of My Affection”, essa faixa sintetiza bem a musicalidade teatral e deliciosa do disco.

Do mesmo álbum, atenção para: "I'm Looking Over a Four Leaf Clover", "These Foolish Things (Remind Me of You)"

5ª posição – “Monsters” (Lenka, Shadows)

Mezzo-lullaby mezzo-balada assustadora, “Monsters” se beneficia do ritmo ditado pelo baixo, em uma escala influenciada pela música new age de artistas como Enya e Lorena McKennitt, para discursas sobre “monstros embaixo da cama” e outros medos primitivos e relacioná-los com tribulações reais de qualquer ser humano. A voz de Lenka, encantadora como sempre nesse terceiro álbum que passou quase despercebido pelo público, ajuda.

Do mesmo álbum, atenção para: "The Top of Memory Lane"

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