19 de dez. de 2012

Top 05: One hit wonders

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por Caio Coletti
(TwitterTumblr)

Se você conhece essa música, das duas uma: ou você tem mais de 35 anos, ou passou a infância grudado no Cinema em Casa do SBT. A faixa-tema do cantor Limahl para o filme A História Sem Fim foi o hit solitário da carreira solo do moço, na época com seus 26 anos, ainda no armário e com o corte da cabelo que inspirou o personagem Longshot, da Marvel Comics (é sério, quem disse foi o próprio criador). Hoje, o britânico adotou esse visual, participou de um reality show em que “celebridades” são jogadas em meio a um ambiente selvagem, e completa 54 anos… exatamente no dia 19 de Dezembro! Parabéns pro Limahl!

Abaixo você tem mais 5 one-hit-wonders, cantores(as) e bandas que marcaram a cultura pop, mas nunca mais conseguiram repetir o feito. Tem de tudo, aproveitem a nostalgia:

1ª posição – “Ice Ice Baby” (Vanilla Ice)

Há alguma dúvida de que nenhum outro artista poderia estar no topo dessa lista? I mean, a gente ama absolutamente tudo em “Ice Ice Baby”. Desde o sample da linha de baixo de “Under Pressure” do Queen até a glamurização desajeitada do estilo de vida urbano da década 90, passando pelo arquétipo da garota oriental e pela dancinha em trajes de gala no telhado. Quem quer saber de Eminem? Vanilla Ice não foi só o primeiro rapper branco a dominar o gênero (ainda que brevemente), como também o primeiro rapper a chegar ao topo da Billboard. Gênio incompreendido.

Por onde anda? Vanilla, depois de problemas com drogas (e com a falência monetária, aliás), e de loucuras como lançar carreira como cantor de rock pesado (acredite!), parece estar feliz na posição de estrela de reality show (The Vanilla Ice Project) e até gravou um álbum novo em 2011 – não que alguém tenha realmente ouvido.

2ª posição – “Touch Myself” (Divinyls)

O Divinyls é uma espécie diferente de one hit wonder. Naturais da Austrália, a banda formada em 1980 foi um hit absoluto no país até 1996, emplacando todos os seus cinco álbuns no top 10 australiano. Foi só “Touch Myself”, no entanto, que ultrapassou as fronteiras da ilha e reinou na Billboard por algumas semanas. É preciso admitir que a canção é um pastiche delicioso de fantasia romântica e insinuação sexual, com um clipe que pode muito bem ser o precursor do illuminati pop (me deixa, quero que vire gênero!).

Por onde anda? O Divinyls se separou em 1997, depois de cinco álbuns. Um ensaio de comeback foi feito em 2007 com "Don't Wanna Do This", mas o single acabou não resultado em um novo álbum. A vocalista Christina Amphlett, conhecida pelas performances violentas, engatou carreira de atriz de musicais.

3ª posição – “Never Gonna Give You Up” (Rick Astley)

Talvez tenha sido a mania do rickrolling, meme virtual que consistia em hiperlinks aparentemente relevantes para o assunto de um artigo, mas que na verdade levavam direto ao vídeo de Astley. Mas a verdade é que a música do cantor britânico é um pequeno deleite dos anos 80. Os pacotes de cordas da disco music e a mistura da música eletrônica com a voz grave de Astley são uma mistura que influencia gente como Patrick Wolf, Diamond Rings e Hurts até hoje. Então não o subestime.

Por onde anda? Depois de 2007, quando houve o pico do rickrolling, Astley viu sua carreira ser renovada. Lançou single solto em 2010, intitulado "Lights Out", e arranjou um emprego permanente como DJ e apresentador da Magic FM de Londres.

4ª posição – “You Get What You Give” (New Radicals)

O inconstante Gregg Alexander já tentou carreia solo no final dos anos 80, escreveu músicas para Santana, Enrique Inglesias e Geri Halliwell, e ganhou um Grammy por "The Game of Love". Mas sua marca mais indelével na cultura pop, por incrível que pareça, é uma banda que esteve ativa durante dois anos, lançando no total um álbum e dois singles. Acontece que o primeiro deles é “You Get What You Give”, canção-símbolo de toda uma geração do final dos anos 90. A figura desajeitada de Alexander e a rebelião-de-shopping do clipe completam o pacote de um one-hit-wonder delicioso.

Por onde anda? Alexander segue como compositor, participando de gravações de ronan Keating, Sophie Ellis-Bextor, Texas e Melanie C. Outra integrante do grupo, Danielle Brisebois, se tornou conhecida pelo papel na sitcom All in The Family, e ainda escreveu “Unwritten”, hit de Natasha Bedingfield.

5ª posição – “Tainted Love” (Soft Cell)

Pioneiros da tecno music, performers e músicos brilhantes… e inegáveis one hit wonders. O duo Soft Cell tornou “Tainted Love” um dos grandes hits dos anos 80, marcando a música mesmo que ela seja, na verdade, uma versão: a original foi gravada por Gloria Jones em 1965 (ouça aqui). Mas não dá para resistir ao clipe de fantasia mitológica, com um Marc Almond afetadíssimo vestindo coroa de louros e se revoltando com sua “esposa” ao conhecer o fruto da paixão da mesma pelo guarda negro do palácio.

Por onde anda? O Soft Cell teve carreira curta, entre 1981 e 1984, com três álbuns lançados, e se reuniu em 2002 para mais um. A longa carreira solo do vocalista Marc Almond, no entanto, rendeu-lhe 18 álbuns de estúdio, tendo vendido aproximadamente 20 milhões de cópias.

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