12 de nov. de 2012

O caso Balenciaga

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por GuiAndroid
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A maison francesa Balenciaga nos últimos meses/anos tem sido assunto por NÃO ser assunto no cenário da moda atual. O porque é bem simples: as coleções já não agradam mais os consumidores, críticos, empresários e nem mesmo os fãs.

O tom de preocupação é necessário, tendo em vista que a Balenciaga é uma das mais tradicionais marcas de Paris. O fundador Cristóbal Balenciaga era considerado por Coco Chanel, Christian Dior, entre outros grandes estilistas, como o mestre da Alta Costura, por sua grande habilidade em conseguir o design, o corte e a costura perfeitos, já que a maioria dos estilista apenas desenha suas coleções de haute couture. Muitos anos depois, em 1997, Nicolas Ghesquière assumiu a direção criativa da casa.

E por longos quinze anos foi no comando dele que a Maison Balenciaga se manteve, firme e forte nos primeiros dez anos e com um leve enfraquecimento nos últimos cinco, mas foram nos últimos dois anos que a situação ficou precária em termos criativos. A marca já não produzia nada inovador, a couture já não era mais a mesma. Não se pode dizer que a Balenciaga se perdeu nas mãos de Nicolas e nem que ele é o total culpado por isso, afinal no mundo da moda não surge nada grande há bastante tempo, clamar desesperadamente por algo assim é como pedir por uma tempestade tropical em pleno deserto do Atacama.

A verdade é que Nicolas G., após 15 anos, está deixando a Balenciaga, sem maiores explicações, o que logo resulta em boatos e especulações e alguns deles fazem todo o sentido.

A moda atual passa por uma ar de renovação. A última década foi marcada pelo “adeus”, como a morte de Yves Saint Laurent e a demissão de John Galliano da Dior e 2012 é o ano da entrada dos novos estilistas dessas que são umas das maiores marcas do cenário mundial, Hedi Slimane na YSL, agora Saint Laurent Paris (decisão do próprio estilista) e Raf Simons na Christian Dior. O que foi divulgado pelo site WWD é que Nicolas está saindo da Balenciaga por “falta de apoio e recursos”, palavras da diretora financeira Isabelle Guinchot, do grupo Pinault-Printemps-Renoute (PPR) proprietário da Balenciaga, dado ao fato do grande investimento na Saint Laurent Paris de Hedi S.

Indiferente do motivo que levou a saída de N. Ghesquière, o grupo PPR já se pronunciou dizendo que possuem interesse em Christian Bane, designer que fez tomar sucesso as famosas estampas de galáxia e que renasceu a linha Versus lançada por Gianni Versace; Mary Katrantzou, inovadora por suas estampas que não engordam e perto de lançar uma coleção para a loja de fast fashion Topshop; J. W. Anderson, londrino de destaque na London Fashion Week por sua singularidade em criar peças estruturadas porém largas e com inspiração no clássico estilo inglês; e por fim Thomas Tait, futurista e seguidor de tendencias que aposta em coleções bastante comerciais.

“Muito devido à história da casa, eu tive de olhar para o futuro e respeitar o passado para ter o meu próprio momento" – Nicolas Ghesquière

Em tempos de uma Dior minimalista, uma Saint Laurent Paris à la velho oeste, percebe-se que as surpresas não se limitam apenas a essas duas maisons e que Balenciaga é o próximo nome a causar furor e esperança no meio fashionista.

Talvez Nicolas queira investir em uma marca própria, o que não é uma ideia ruim. E não seria uma ideia ruim se alguém como Bernard Arnault (LVMH, concorrente do grupo PPR) investisse em uma marca nova, já que existem tantas marcas velhas” – Karl Lagerfeld quando perguntado sobre a saída de Nicolas na exposição do Little Black Jacket em Paris.

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GuiAndroid escreve todo dia 11.

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