22 de set. de 2011

iJunior #2 – Já me lembro da minha velhice

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Tenho notado ultimamente uma grande quantidade de jovens que acreditam não estarem aproveitando sua vida - fazem com grande naturalidade diversas pequenas lamentações, reflexões rápidas, com seus olhares distantes ao tocarem no assunto, passando a mão no cabelo, percorrendo toda a testa, cobrindo o rosto com um tom de "o que é que eu estou fazendo?" - o que me levou a refletir a respeito de o que é o ser humano satisfeito, e se um dia ele estaria bem consigo mesmo. Afinal, aparentemente nunca estamos contentes com o que fazemos.

Ou estudam de mais, ou saem de menos, ou namoram pouco, ou então querem se cortar e ver seu sangue escorrer para preencher algum vazio. Talvez seja falta de juízo juvenil, talvez seja falta de racionalidade. Afinal, se não gostamos do que somos, então por que não mudamos? Se não achamos suficiente então por que não corremos pelo que queremos?

Vivemos em uma geração onde os destemidos vivem, e os medrosos apenas empurram os anos com a barriga. Porque no final das contas o que mais tememos é a terrível frase “eu poderia ter aproveitado mais”. Com a única certeza da morte, a reflexão a respeito do tempo aproveitado aqui se complica a cada movimento do ponteiro do relógio. Planos são feitos, poucos completados, sonhos deixados de lado e a procrastinação tem tomado cada minuto nosso.

Não queremos um dia invejar os jovens, porque não devemos nunca perder nossa juventude. A velhice vem com a sua própria aceitação. Se você quiser, poderá morrer jovem, por mais que impossibilitado. Morrerá com espírito vivido, e sem arrependimentos, pensando em cada minuto aproveitado e não nos minutos desperdiçados.

Arriscar é necessário. A vida é como um abraço, quem o nega ou o aceita é você mesmo. Sendo ele apertado ou confortável, o que importa é usar de cada segundo pra si e para quem vale a pena. Quem decide o que é ou deixa de ser somos nós, então não deixe de viver pelo medo do futuro nem pelo arrependimento do passado, que nos atrapalham como fantasmas.

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Os anos podem enrugar a pele, mas é o desinteresse que enruga a alma.Você é tão jovem quanto a sua fé, tão velho quanto a sua dúvida; tão jovem quanto a sua autoconfiança, tão velho quanto o seu medo; tão jovem quanto a sua esperança, tão velho quanto o seu desespero”  (Douglas MacArthur)

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