3 de jul. de 2014

Você precisa conhecer: Pawws, uma candidata a diva do synth-pop que não quer ser superficial

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por Caio Coletti

Lucy Taylor é o nome da britânica que responde pelo nome artístico de Pawws. O motivo do nome, de acordo com a própria, é a paixão por gatos (sério!), mas não deixe isso te enganar: dentre as candidatas a nova diva do synth-pop, nenhuma leva o ofício mais a sério do que ela.

Pawws surgiu em meados de 2013 com o melancólico single “Time to Say Goodbye” e seu b-side mais balançadinho, “Slow Love” (ouça ambos abaixo), e desde então já mostrou que sua formação única trazia uma visão diferente para o gênero: o site The Line of Best Fit, em um perfil que fez da moça, revelou que o background de Pawws inclui tanto música clássica (ela fez parte de uma orquestra durante a adolescência) quanto clássicos soft rock como Fleetwood Mac e Peter Gabriel, sem contar a vibe oitentista (ela diz que ama Cyndi Lauper, e dá mesmo para ouvir nas melodias) que é obrigatória para o synthpop século XXI.

Desde esse primeiro lançamento também, a moça se destacou pelas letras suavemente melancólicas e pela vontade de estruturar sua identidade em cima de canções de amor contemporâneas. A tendência se confirmou com o lançamento do primeiro EP, intitulado Sugar, uma coleção de quatro canções que a autora confirma como a história não de um, mas de vários relacionamentos com o mesmo destino. “Eu peguei partes de relacionamentos e os costurei nessa história completa sobre estar apaixonado por alguém e não funcionar”, ela disse à BEAT Magazine.

Quando perguntada se não tem vontade de escrever uma canção sobre “ir à balada com strippers e dançar ao som do DJ”, ela fica horrorizada: “Não! Talvez um dia, nunca diga nunca. É engraçado, eu estava ouvindo uma música ontem e li a letra – eu não vou dizer qual era a música porque não quero ofender ninguém – e ela não significava absolutamente nada. Era apenas palavras aleatórias jogadas em uma canção. Eu pensei, ‘Deus, eu espero nunca fazer isso’. Eu me sentiria envergonhada. Não ia ser verdadeiro para mim”.

Com um som mais cheio de camadas e quatro canções que dão um jeito de se elaborar de forma diferente mesmo sem fugir da proposta geral da artista, o Sugar EP (veja o vídeo da faixa-título e ouça o EP todo logo abaixo) é uma ótima pedida para quem curte o synth-pop do século XXI, mas está cansado das mesmas referências e temas.

Pra quem gosta de: Cyndi Lauper, Robyn, La Roux, Betty Who

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