ATENÇÂO: esse review contem spoilers!
por Sâmela Silva
3x05 – Fishing
“Fishing” veio para mostrar que o resto da temporada não vai ser como “Clovis”, e igualou-se a “Alicia” no quesito qualidade. No meio da decisão sobre o chefe de campanha, Selina precisa se encontrar com Maddox para, talvez, se livrar de um possível – e forte – concorrente.
E aqui temos Julia Louis-Dreyfus entregando alguns de seus melhores momentos na série como um todo, aproveitando ao máximo os diálogos do inteligente roteiro. Não teve uma cena sem um jogo de palavras bem construído e engraçado. Tony Hale também mostrou estar em sua melhor forma, usando as tramas de Gary a seu favor (Hale brilhou nas últimas cenas do episódio com facilidade).
Por outro lado, Amy deixa Dan passar à frente na corrida para chefe de campanha. A moça não consegue ao menos fingir simpatia, algo que Egan tira de letra. Além disso, descobrimos que Amy tem um namorado e mal sabe quanto tempo tem o relacionamento deles, o que explicita como nunca seu comprometimento com o trabalho que faz. E, bem, toda essa dedicação não foi recompensada como ela gostaria, visto que, após não conseguir o chefe que queria, Selina escolhe Dan para mandar na campanha. Esse plot teria infinitas possibilidades, mas, por sorte, a série escolheu a melhor saída, deixando Amy ter seu momento.
Cheio de cenas memoráveis como a bizarra conversa entre Dan e Selina no fim, “Fishing” foi um episódio bem estruturado e sagaz, que dá gosto de assistir.
3x06 – Detroit
“Detroit” foi basicamente uma saia justa em forma de episódio. Com a participação especial de Christopher Meloni e a volta da finlandesa interpretada por Sally Phillips, o caos foi bem-vindo mais uma vez. Foram 30 minutos simples, mas divertidos.
Catherine vem trazendo bastante substância nessa temporada, apesar de ter que trair seus princípios em prol de sua mãe. A melhor cena de “Detroit” foi sua, dando um soco em um manifestante e participando de uma confusão hilária. As esquisitices de Minna também foram interessantes, assim como as interações do personal trainer de Meloni. A tristeza do episódio é a volta de Andrew, que não se cansa de ser chato – e Selina não se cansa de cair na dele toda vez.
O que nos traz ao assunto Dan, que contratou Ray para que a Veep não se jogasse nos braços de Andrew na primeira oportunidade. Outra prova de que Egan não se importa com o quão baixo deve ir nesse trabalho, que entende perfeitamente onde está e tenta tirar proveito disso. Uma pena que os eventos acabem destruindo sua força, e que o aparente melhor chefe de campanha possível falhe, como acontece em “Special Relationship”.
3x07: Special Relationship
Incrível como os episódios no exterior rendem tanto. Situado em Londres, “Special Relationship” deu uma ótima oportunidade para atores já conhecidos pelos fãs de Armando Iannucci darem o ar da graça, além de trazer mudanças importantes na série.
A maior mudança foi Dan, pobre e querido Dan, ter um colapso nervoso e ser demitido de seu tão almejado cargo. Daí vemos a esperteza de Amy, que de forma sorrateira fez Jonah soltar uma história podre sobre Ray, fazendo com que a Veep se livrasse do tóxico personal trainer e complicando ainda mais a vida de Dan. Claro que ela não teria como saber que Gary contaria para Selina sobre o verdadeiro motivo da contratação de Ray, mas tudo funcionou a seu favor. Entretanto, não acho que Amy vá durar muito de campaign manager. Veremos.
Nesse ponto da série, quando Selina consegue o que quer, a pergunta que fica na minha cabeça é: que diabos ela está fazendo? A necessidade de se livrar de Andrew era clara, mas Ray substituiu o ex-marido de Meyer até na hora de dar ideias estúpidas que a vice-presidente ouvia. Sério mesmo que nessa altura do campeonato ela esteja se dando ao luxo de errar feio? Pelo menos Ray está fora, assim como Dan, então não dá pra saber ainda como isso vai funcionar.
O episódio teve bons momentos, principalmente com todo o discurso de Selina sobre pessoas gordas e o que ela de fato pensava do assunto depois, sem contar com o chapéu horrendo que usou e acabou lhe rendendo problemas. Mas o destaque fica por conta da atuação de Reid Scott, ainda mais na hilária cena final, com Jonah listando seus sintomas e a câmera se focando em sua face desolada. Reid não ganha muito crédito por parte de premiações, e deveria, visto que está fazendo um trabalho incrível nessa temporada. Talvez os Emmys lembrem seu nome ano que vem. Talvez.
Próximo Veep: 3x08 – Debate (01/06)
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