26 de ago. de 2012

Top 05 “beijei uma garota, mas você não precisa ver isso no meu clipe”.

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por Caio Coletti
(TwitterTumblr)

O que não falta no mundo pop é música com temática gay. Só o Scissor Sisters bastaria para saciar o público todo, mas não: esse ano, tivemos pelo menos dois videoclipes absurdamente gays, vindos de Madonna ("Girl Gone Wild") e Little Boots ("Every Night I Say a Prayer"), isso para citar só dois exemplos mais gritantes. A questão aqui, no entanto, é: e as moças? Tirando o Elektra e o seu "Don't Do Boys", elas são notavelmente negligenciadas. O voyeurismo masculino (hétero) ama ver duas garotas juntas, e o lesbian chic é uma tendência um tanto quanto passada, mas elas também tem que ter voz!

Nem todas precisam gritar para o mundo como Katy Perry fez na brilhante "I Kissed a Girl", nem matar os namorados e fugir para o México como Lady Gaga e Beyoncé no sutil (só que não muito) "Telephone". Assim, segue aí embaixo 05 clipes pseudo-lésbicos para você, amiga aventureira (ou amigo de mente aberta! ou hétero voyeur!) se divertir:

1ª posição – “Me Against The Music” (Britney Spears feat. Madonna)

Eu não vou falar do beijo, eu não vou vou falar do beijo, eu não vou falar do beijo… Ok, vamos falar do beijo. Dez anos antes de ser passado na música pop (um passado muito talentoso e ainda produzindo boa música, mas passado), Madonna iniciou a até então semi-Lolita-semi-ingenue Britney Spears no mundo do lesbianismo pop. O resultado, além do beijo já mencionado no VMA 2003, foi “Me Against The Music”, lead single do quarto álbum da moça, In The Zone. E um dos melhores (e mais sexy) clipes pop da história.

2ª posição – “Sumertime Sadness” (Lana Del Rey)

Essa nossa segunda posição criou todo um novo subgênero: o “lesbian deprê”, como eu gosto de chamá-lo (outro lindo exemplo é "My Kind of Love", da escocesa Emeli Sandé). Com sua constante obsessão pela ligação entre o amor e a morte, Lana Del Rey, a revelação pop do ano, teve seu caso de amor feminino no vídeo co-protagonizado por Jaime King (você deve conhecê-la de Sin City), que serviu como quarto single promocional do Born to Die. Em se tratando de Lana, a história, é claro, termina em tragédia.

3ª posição – “Te Amo” (Rihanna)

Em 2010, quando o lesbian chic estava no auge de sua fama século XXI, Rihanna, esperta que é, fez de “Te Amo” um improvável e brilhante single. A canção escrita e produzida pelo duo Stargate, com o seu ritmo latino e seus sintetizadores suaves e marcantes, ganhou superlativo videoclipe dirigido por Anthony Mandler (“Roussian Roulette”), e co-estrelado pela supermodelo Laetitia Casta, que mais tarde interpretaria Brigitte Bardot na biografia Gainsbourg. O rala e rola da vez ganhou tons sado-masoquistas, é claro.

4ª posição – “All The Things She Said” (t.A.T.u.)

Decepção de toda uma geração: descobrir que as moças do t.A.T.u. não eram lésbicas de verdade, embora Yulia Volkova e Lena Katina nunca terem afirmado estarem em um relacionamento amoroso. Lena, inclusive, disse: “Nós não fingimos ser lésbicas – nós nunca dissemos que somos. Yulia teve um bebê e tem uma namorada, e nós sempre tivemos outros namorados. Temos uma ligação especial”. Mas ouse tentar tirar as imagens de “All The Things She Said”, primeiro single do grupo, de 2002, do inconsciente coletivo.

5ª posição – “Laura” (Bat For Lashes)

A britânica Natasha Khan, mais conhecida pelo nome artístico Bat For Lashes, é mais discreta que as suas companheiras de lista, mas não engana ninguém. Ainda que o clipe não tenha uma parceira para a moça, o refrão vai mais ou menos assim: “Você é o trem que explodiu meu coração/ Você é o brilho na escuridão/ Oh Laura, você é mais que uma superstar”. Só tais versos valem a presença na lista, mas ainda trata-se de uma belíssima balada, com um clipe teatralmente tocante. Então sem discussões.

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