27 de ago. de 2012

50 anos sem Marilyn Monroe (e três de O Anagrama).

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por Gabis Paganotto
(TwitterTumblr)

Marilyn Monroe. O que lhe vem a cabeça quando esse nome lhe é dito?

Aposto que cabelos curtos e encaracolados, loiríssimos. Um corpo escultural, e raro hoje em dia.

E acima de tudo Channel Nº5. São essas as primeiras coisas que esse nome lhes remete.

E é sobre isso que vamos falar. Aliás, sobre isso não, sobre ELA, a mulher, o ícone da moda e do cinema, e, acima de tudo, a inspiração e orgulho da mulher moderna: Marilyn Monroe.

Esse mês comemora-se (se é que é possível comemorar uma perda tão precoce e lastimável para o mundo) 50 anos de sua morte. Mas tenho certeza que a pequena notável Norma Jeane – nome real de Marilyn – não é apenas lembrada nessa data. Seria impossível.

Norma Jeane nasceu dia 1 de Junho de 1926, e apenas mudou de nome quando decidiu definitivamente seguir na carreira artistica. A mudança de nome permitiu que a iconoclasta escondesse boa parte de seu passado difícil. Filha de mãe solteira, Marylin ficou órfã muito cedo,

pois sua mãe sofria de esquizofrenia, e logo foi parar em um orfanato onde seus primeiros instintos artísticos já apareceram. Mais tardem Jeane foi morar com parentes, e já adulta decidiu definitivamente seguir a carreira artística. Aí, adotou o nome que mais tarde se tornaria inesquecível: Marilyn Monroe.

Logo no inicio da carreira, pela beleza estonteante, conseguiu papéis não muito grandes em produções igualmente pequenas. Sua atuação não era lá muito elogiada pela critica – o que fez Marilyn tempos depois trabalhar duro sempre na área da atuação. Seu surgimento real como ícone se deu inicio após o ano de 1949, quando, por fazer um anúncio de cervejas – coisa raríssima para a época, uma mulher em uma propaganda volta para homens –, chamou a atenção de uma empresa que fazia calendários e foi chamada para ser fotografada nua (por Tom Kelley).

Aceitou. Algum tempo depois era lançada por Hugh Hefner a primeira Playboy, e na primeira edição – graças a compra de uma das foto clicadas para o calendário – não poderia ser dada a ninguém além de nossa Marylin Monroe. E não preciso dizer mais nada, preciso? Nascia ali uma mulher ousada, a frente de seu tempo, que lançou o bordão “os diamantes são os melhores amigos da mulher” em Os homens preferem as loiras de Howard Hawks. Que eternizou o perfume Channel Nº5. Que utilizou pela primeira vez no mundo o biquine de duas partes - mesmo que a parte de baixo fosse até o umbigo –, um ultraje para a época. Marylin tem tudo a ver com moda, ela é a única mulher no mundo que caberia dentro de uma garrafa de coca dos anos 20, moldando-a perfeitamente.

Marylin exalava sexualidade, era a inspiração das mulheres que já não aceitavam mais a submissão, ou aquelas que queriam ser glamourosas. Embora Marylin não tenha ficado glamourosa e sim tenha nascido assim. Foi musa de todos os homens da época, entre eles, seu affair mais famoso, John Kennedy – que por confusões foi um dos maiores motivos da entrada de cabeça da diva na depressão – e o breve namoro com Frank Sinatra. Marylin é uma ERA, que nenhuma outra mulher através dos séculos conseguiu ou conseguirá ser. Brigitte Bardot, Elizabeth Taylor, nem aos pés de Marylin chegaram... Nenhuma uma outra mulher desse mundo terá a capacidade de tornar “Parabéns pra Você” sexy. Ou tornar uma cena, como a famosa cena das saias ao vento de Marilyn do filme O pecado mora ao lado, de Billy Wilder,eternizada no cinema mesmo que a critica não tenha aplaudido de pé sua performance.

Marylin é a mãe do estilo LadyLike (copiado por lindas mulheres como Dita Von Teese e Amy Winehouse), e é a personificação do Nunca fui santa, filme que lhe rendeu o Globo de Ouro de melhor atriz.

Marylin é o exemplo das mulheres modernas, que só são modernas pelos passos gigantes que essa pequena notável deu. Mesmo que tenha sido por tão pouco tempo. Aos 36 anos Marylin foi encontrada morta ao lado de remédios.

Ela pode não ter sido a melhor atriz, a melhor humorista, ou a mulher mais forte do mundo. Mas Marylin com certeza foi a grande pequena mulher, menina dos olhos de gerações passadas a nossa e de absolutamente todas as gerações futuras.

Hoje, O Anagrama faz três anos. Desde 27 de Agosto de 2009, quando este que vos fala decidiu juntar cinema, música e ficção em um lugar só, muita coisa mudou por aqui. A moda entrou na roda através da primeira colunista do blog, a mesma Gabis Paganotto que falou tão bem da eterna Marilyn Monroe ali em cima. Política, opinião, literatura, fotografia, arte, internet e mais colunas foram agregadas ao nosso espaço, e após uma reformulação em Abril último, ganhamos posts mais informativos. O Anagrama passou a fazer jornalismo. E, nesse espírito, é cada vez mais feito para você, leitor.

Hoje, temos uma equipe de 16 pessoas, entre colunistas e colaboradores. É imprescindível agradecer a todos e a cada um deles por construir um site cada vez melhor para quem lê (site, sim, viramos oanagrama.com alguns dias atrás!). E que venham mais muitos anos por aí.

Obrigado a colunistas, colaboradores e leitores, MUITO OBRIGADO,
Caio Coletti

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