Review: Dirty Computer (álbum e filme)

Janelle Monáe cria a obra de arte do ano com um álbum visual espetacular - e que desafia descrições.

30 de jun. de 2017

Antes da segunda temporada, vale lembrar: Stranger Things é a série mais gay da TV

por Caio Coletti Eu demorei quase um ano para finalmente me obrigar a ver Stranger Things, série da Netflix que causou comoção sem precedentes na internet em julho de 2016. Desde o primeiro episódio, foi fácil identificar os motivos pelo qual a trama capturou a imaginação do público – nas mãos dos irmãos Matt e Ross Duffer, Stranger Things é tanto uma viagem nostálgica (visual e sentimental) pela mentalidade cinemática americana dos anos 80, quanto...

29 de jun. de 2017

Review: Mesmo cancelada cedo, Downward Dog é uma das melhores séries do ano

por Caio Coletti O ato mais corajoso de Downward Dog, comédia que a emissora americana ABC estreou no último dia 17 de maio e levou pouco mais de um mês para cancelar, poderia ter sido desafiar as expectativas para uma produção envolvendo um cachorro falante. O estigma em torno desse elemento narrativo usado por tantos filmes da Sessão da Tarde segue bastante enraizado na mentalidade popular, e caso conseguisse meramente superar esse preconceito...

Diário de filmes do mês: Junho/2017

por Caio Coletti Nem todos os filmes merecem (ou pedem) uma análise complexa como a que fazemos com alguns dos lançamentos mais “quentes” ou filmes que descobrimos e nos surpreendem positivamente. É levando em consideração a função da crítica e da resenha como uma orientação do público em relação ao que vai ser visto em determinado filme que eu resolvi criar essa coluna, que visa falar brevemente dos filmes que não ganharam review completo no...

28 de jun. de 2017

Review: GLOW, da Netflix, troca o apelo kitsch de seu tema por uma dramédia contida e inteligente

por Caio Coletti O mundo da luta livre é mais rico de paralelos e significados sociais do que a maioria das pessoas costuma pensar. Suas narrativas arquetípicas tiram sarro de estereótipos raciais, econômicos e sexuais, parodiando através dos “personagens” de seus competidores a própria mentalidade americana, tudo enquanto entregam uma história apoiada no menor denominador comum de entretenimento, um verdadeiro melodrama encenado na base da porrada....

Review: A Múmia, com Tom Cruise, só quer ser medíocre – mas consegue ser muito pior

por Caio Coletti Poucos dias após a estreia de A Múmia nos cinemas americanos, que ocorreu no último dia 09 de junho, a imprensa começou a divulgar matérias em que “fontes de dentro da produção” garantiam que o controle criativo exagerado exercido pelo astro Tom Cruise no set foi o responsável pelo desastre do filme. De certa forma, essa “tomada de rédeas” por parte de Cruise não é surpreendente – com um diretor semi-estreante (Alex Kurtzman)...

5 de jun. de 2017

Review: Na quinta temporada, The Americans encara a mortalidade de frente (e não gosta do que vê)

por Caio Coletti Entre muitas outras coisas, a genialidade de The Americans sempre residiu na forma como a série da FX era capaz de retratar o processo de amadurecimento das crianças Jennings, Paige e Henry, e refletí-las nos temas maiores da série. Nós assistimos Holly Taylor se tornar uma força da natureza em tela, com uma performance de quebrar corações, enquanto The Americans introduzia Paige aos cantos mais moralmente escusos da vida adulta,...

3 de jun. de 2017

Review: House of Cards dispensa os fogos de artifício e entrega sua temporada mais magistral

por Caio Coletti Eu tinha minhas dúvidas ao apertar o play no primeiro episódio da quinta temporada de House of Cards. Esse era o primeiro ano da série em que seu criador, o genial Beau Willimon, não agia como showrunner, ou seja, como principal roteirista no comando da equipe criativa. O afastamento amigável de Willimon, que partiu para produzir uma série de ficção científica (The First) para a Hulu, concorrente da Netflix no mercado de streaming,...

2 de jun. de 2017

Review: Mulher Maravilha nos lembra que cinema de super herói também pode (e deve) ser arte

por Caio Coletti Os leitores d’O Anagrama com certeza podem me apoiar nessa declaração: eu nunca fui de considerar arrasa-quarteirões hollywoodianos como diversão descompromissada. A ideia de que a arte do cinema vive só nas salas cult pelo mundo me parece falsa e presunçosa, e é mais do que óbvio que uma medida de arte existe dentro do cinemão comercial, quando ele está disposto a aceitá-la. A edição clara e precisa de Capitão América: Guerra...

1 de jun. de 2017

Cancelar Sense8 não foi uma boa ideia (criativa e comercialmente) para a Netflix

por Caio Coletti Era uma vez o serviço de streaming que ia suprir as ânsias criativas de um público cansado da falta de ousadia das emissoras tradicionais. Era uma vez a produtora de conteúdo que começou com House of Cards, uma deliciosa e fundamental ópera política que só se mostrou mais relevante com o passar do tempo. Era uma vez o local de trabalho em Hollywood no qual criadores e performers juravam ter tanta liberdade que era quase assustador....