Todo mundo, pelo menos uma vez, perguntou a si mesmo o que queria ser da vida, e enquanto ainda crianças diversos sonhos se criam em nossa mente; o menino que quer ser bombeiro, policial, arqueólogo, a menina que quer ser secretária, médica, advogada, mas com o passar do tempo tudo se torna mais difícil, os leves sonhos ilusórios se rendem a sonhos um tanto mais reais.
O passar da pré-adolescência ainda nos trás belos sonhos - para aqueles que querem ser como os pais, seguir a carreira tão elogiada pela mãe, ou fugir das reclamações diárias feitas pelos mesmos - gerando diversos novos planos, estes aos quais nos despreocupamos, seguimos imaginando no dia em que tentaremos, ou não. Nesta fase nada é tão complicado, ainda há tempo pra muita coisa. Na adolescência as coisas se complicam um pouco mais, muitas vezes deixamos os sonhos em busca de algo que apenas nos estabilize na vida.
Ao longo de certa idade paramos de sonhar tanto, apenas fazemos planos, estes agora mais realistas, buscamos aquilo que nos parece alcançável e não aquilo que queremos realmente ser. E o motivo? Não sei. Nós resolvemos ao longo das nossas escolhas seguir algo que poderia apenas nos fazer ser “alguém na vida”. Mas quantos de nós não corremos de nossos sonhos? O filho que queria ser artista e os pais disseram que isso não era profissão, aquele que seria um grande médico, mas teve que manter a administração dos negócios da família, o grande musico que hoje é arquiteto porque ninguém acreditou nele.
Mas afinal: por que motivo precisamos que alguém acredite em nós? Por que precisamos que alguém sinta orgulho de nós? Por que esse vazio naturalmente humano acompanha as pessoas, tirando-as de caminhos gloriosos por simplesmente carregar algum tipo de moral consigo que nos impede de seguir nosso caminho?
Devemos colocar na cabeça que ninguém irá sentir nada por nós, que ninguém irá viver por nós, que tudo que somos é destinado primordialmente a nós mesmos, e que as pessoas são aquelas em que irão nos glorificar futuramente, porque quem lhe ama sabe bem o que você é, acredita, te dá forças, cai e levanta contigo.
Então pra que viver com esse medo, essa insegurança? Se levar primeiro a ganância como ponto primordial da vida deverá ter em mente que a vida poderá ser dura, e que as vezes o luxo não sacia a satisfação, o amor próprio, o amor à vida. Que nossos caminhos devem ser decididos bem desde cedo, e mesmo que haja quedas, ainda teremos tempo para lutar pelo que desejamos. Afinal, o gostinho final da luta é sempre bom, e antes chorar por algo que não foi alcançado mas foi suado do que chorar pelo tempo não aproveitado.
“Reaching for something in the distance/ So close you can almost taste it/ Release your innhibitions/ Feel the rain on your skin/ No one else can feel it for you/ Only you can let it in/ No one else, no one else/ Can speak the words on your lips”
(Natasha Bedingfield em “Unwritten”)
0 comentários:
Postar um comentário